Capítulo 3

Vincent Blake

Assim que cheguei em casa, estacionei meu carro e soltei o ar com força. A verdade é que estou irritado mais que o normal, e parece que essa busca por respostas só tem me deixado mais agitado.

Fechando a porta do carro, tirei o coldre da minha cintura, e abri a porta que da acesso a sala de visitas, onde encontrei a Mavie sentada no sofá com um livro em mãos. Suas pernas estavam confortavelmente dobradas sobre o estofado, onde deixava a mostra somente os seus pés descalços e assim que seus olhos recaíram sobre mim, um sorriso cresceu em seus lábios. 

Parei de andar a menos de um metro do sofá, abri meus braços devagar, fechei os olhos, e poucos segundos depois, ela já estava grudada em meu corpo. 

Seu cheiro invadiu minhas narinas me fazendo apertar meus braços em sua volta. Seu calor reconfortante me trouxe a paz que eu tanto precisava. Para mim, Mavie é como o céu azul depois de uma noite de tempestade. 

Os últimos dias têm sido tão difíceis que só estão sendo suportados porque ela está comigo, pois é sua calmaria que alivia minha agitação e furia. Só ela alivia meu fardo.

Mesmo que eu esteja preocupado por ela, ainda assim, só ela tem o poder de aliviar o peso que sinto. 

— Senti saudade, Ghost. 

Inspirei fundo enquanto acariciava o seu cabelo e murmurei. 

— Também senti saudade, minha vida. 

Me afastando de Mavie, olhei em seu rosto por alguns segundos enquanto apreciava lentamente o nosso contato, é como se estivessemos nos recarregando e foi então que vi que algo estava chateando-a, e franzindo a testa, eu peguei em sua mão e a levantei. Com um gritinho de susto, ela soltou um suspiro e sorriu quando eu a levantei em meus meus braços e a apertei contra meu peito.

— Estamos sozinhos? 

Com um sorriso de lado, Mavie concordou enquanto prendia seu lábio inferior entre os dentes e sentando no sofá, eu a posicionei sentada de frente com suas pernas em volta do meu quadril e eu disse devagar.

— Depois que eu fizer você gozar do jeito que tanto merece... 

Levei minhas mãos em suas costas, abrindo o botão do seu vestido, e descendo o zíper logo em seguida, deixando sua pele arrepiada pelo contato com meus dedos. 

— Você vai me contar por que está chateada. 

Ela posicionou seus dedos em meus ombros e olhou fundo em meus olhos e murmurou. 

— Eu não estou chateada. Eu só... 

Nesse momento minha mão desceu no centro de suas pernas, enquanto meu nariz já estava inspirando o cheiro da sua pele. Meus lábios encontraram a veia pulsante do seu pescoço, e ali me perdi nos sons dos seus gemidos enquanto ela se esfregou contra meu quadril.

Mavie se curvou em minha direção, me dando acesso total ao seu corpo, e aumentei o movimento dos meus dedos em sua intimidade, fazendo ela soltar um suspiro. Era apenas uma carícia, mas ela já estava quente e úmida. Tão entregue e receptiva que mais uma vez agradeci por essa mulher ser minha. 

Envolvendo Mavie entre meus braços, beijei sua boca devagar enquanto a posicionava no sofá, ela engoliu em seco enquanto tentava controlar sua própria respiração. Erguendo o vestido preto até seu quadril, eu me ajoelhei no chão, e enfiei meu rosto dentro do seu vestido, abrindo suas pernas afastei a calcinha e lambi sua entrada quente. 

Mavie soltou um ruído baixo quando girei a língua em sua intimidade, e senti seus dedos envolverem meus cabelos quando aprofundei a minha carne exploradora. Espalmando minhas mãos em cada coxa, as afastei para aumentar meu contato, envolvendo sua calcinha entre meus dedos, eu a rasguei e enfiei em meu bolso antes de voltar a chupá-la. 

Movido por seus gemidos, aumentei a velocidade das lambidas e intercalei com chupadas e leve sugadas. Enfiando meu rosto entre suas pernas, ergui uma coxa para cima do meu ombro e a puxei para a beirada do sofá, e pelo movimento repentino, Mavie afrouxou os dedos em meus cabelos o que me deu livre acesso para me movimentar entre suas pernas.

Me afastando, afastei seu vestido da minha cabeça e encontrei Mavie com as bochechas vermelhas, seus olhos fechados e lábios entre os dentes. Puxando-a para meus braços, eu a beijei. Nossas línguas se entrelaçaram, enquanto eu tirava seu vestido, e jogando a peça no chão, eu a levantei em meus braços e falei. 

— Acho que alguém quer gozar para o vilão.  

Ela passou a língua pelos lábios e sorriu enquanto me olhava. Um olhar quente, sensual e doce.

— Eu ouvi alguém dizer que os vilões sabem fazer bem feito. 

Nesse momento eu a coloquei no chão, lembrando do dia em que eu havia dito isso a ela e vejo que o desejo que sentia naquele tempo não diminuiu em nada, muito pelo contrário, só está aumentando, mas a diferença é que consigo queimá-lo por inteiro a cada vez que me enterro nela. 

— Acho que essa pessoa deve fazer jus às suas palavras. 

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