Kara Seus lábios eram doces como o meu e eu me deliciei neles, me entregando quase completamente. Por várias vezes, pensei que isso não aconteceria de novo, e em menos de vinte e quatro horas, Gustavo me beijava novamente. Eu estava tão fascinada, que quando ele afastou seus lábios dos meus, eu desejei por mais. Olhei nos olhos dele e me questionei sobre o que viria depois. Ele me desprezaria mais uma vez, fingindo que nada havia acontecido ou que existia algo a mais no coração do Gustavo, a qual eu desconhecia? Abrir meus olhos lentamente para olhá-lo. Suas mãos continuavam em volta da minha cintura, sem pretensão de me largar, enquanto minha respiração estava descontrolada. Gustavo ficou em silêncio por um momento antes de sussurrar gentilmente. — Se quiser me bater, a hora é agora – um sorriso repuxou os meus lábios involuntariamente, mas quando vi o quanto seus olhos brilhavam na minha direção, o sorriso desapareceu. Abaixei a cabeça e o Gustavo me soltou, embora não tenha se
Gustavo Henri Já passava da meia-noite quando estacionei o carro na garagem da mansão. Algumas luzes da casa estavam desligadas e eu entrei em silêncio, tentando ao máximo não fazer barulho para que, eventualmente, não encontrasse a Kara. Eu parecia um idiota me escondendo da mulher que eu amava. Mas a culpa me corroía. Eu não pretendia me apaixonar depois do que a Bruna havia feito a mim, muito menos me declarar e levar um fora. Meu peito ardia quando eu pensava que Kara não me amava como eu a amava e era difícil aprender a conviver com isso. Então decidi fugir, passar o maior tempo que eu pudesse longe de casa, infelizmente também de Jasmim, para não ter que encará-la, sabendo que jamais poderia ser minha. Eu queria ter paz. A casa estava quieta, caminhei lentamente ao escritório porque havia esquecido documentos importantes que deveria dar ao meu novo empresário, e tive uma bela surpresa quando abri a porta. Minhas mãos soaram quando encarei seus olhos assustados. Kara vest
Kara Jimenez Fiquei em silêncio, com a cabeça recostada em seu peito, enquanto ouvia seu coração bater. Aquele parecia o melhor lugar do mundo, o qual eu não deixaria por nada. Gustavo me abraçava tão forte que tive a impressão de que ele julgava que eu fugiria, como das últimas vezes, mas eu não pretendia ir a lugar. — O que faremos agora? – Perguntei quando fechei os olhos e afundei o meu rosto em seu peito. Senti seu beijo tocar a minha pele, quando abri os olhos e ergui a cabeça para olhá-lo. — Vamos ficar juntos – fiquei submersa no medo, de modo que me afastei dele repentinamente. Os olhos dele revelaram uma leve irritação. Eu demonstrei claramente o quanto sentia medo daquela decisão. Olhei para ele com vergonha e disse: — Eu não quero que ninguém saiba que estamos juntos – ao ouvir meu comentário, o rosto de Gustavo se tornou sombria – você ainda é um homem casado. — Não vamos entrar nesse assunto novamente, Kara – ele fechou os olhos com força e soltou um longo e pesa
Kara Afonso olhava para os lados constantemente, como se temesse algo, quando voltou a se aproximar de mim e eu recuei. — O que está fazendo? – obriguei ele a parar quando coloquei o carrinho de Jasmim entre nós dois. — Eu preciso confessar algo – ele disse, abaixando o olhar enquanto sussurrava – eu não entendo por que o Gustavo me proibiu de vir até aqui. — Quer confessar isso? – ele levantou o olhar imediatamente e sorriu, me fazendo sentir uma idiota. — Quero confessar que amo você, Kara – as palavras escapuliram de forma rápida e inesperada, causando em mim ondas de choque intensas – que não suporto mais ficar um minuto sequer longe de você. Eu recuei ainda mais e minha vontade foi pegar Jasmim e fugir dali o mais rápido que eu podia. Um nó sufocou minha garganta quando eu percebi o quanto Afonso estava sendo sincero. Os olhos dele brilhavam na minha direção. Inevitavelmente, eu fiz uma careta quando me lembrei de que o meu coração já estava ocupado e que dizer isso ao Afon
Kara — Quem você pensa que é, para humilhar o meu sobrinho na frente de todos? - lagrimas escorriam dos seus olhos e os seus punhos estavam fechados, como se ela reprimisse um ódio incontrolável por mim. — Pensei que não queria me ver com ele. Um grito abafado escapuliu dos lábios de Marta, de modo que me assustei e me encolhi. Ela avançou um passo em minha direção com rosto completamente transtornado. Cerrou os dentes como um cão raivoso, só faltava espumar pela boca, quando me disse. — Não se faça de boba comigo, Kara – seu tom de voz me causou arrepios – você pediu para que ele viesse aqui, o atraiu para uma armadilha. — Do que você está falando? – eu me enfureci com as mentiras dela. — Afonso jamais faria uma loucura dessa se não tivesse sido atraído por você – o rosto de Marta ficou obscuro e o tom de sua voz de repente ficou frio – eu farei você pagar por essa humilhação. Por me fazer levar uma advertência do patrão. — Você só pode estar ficando louca – eu ri, debochand
Gustavo Contra todas as probabilidades, eu estava apaixonado novamente. Kara fazia meu coração acelerar como cavalo desgovernado e enquanto eu me arrumava para o nosso encontro, me senti um adolescente sem saber exatamente o que fazer. Havia dispensado todos os empregados, deixando a casa somente para mim e ela. Eram oito horas em ponto, quando desci as escadas e fui em direção ao quarto de Kara. O lugar estava escuro e silencioso. Devo confessar que ela era pontual. Caminhei até a sala, olhando pela janela e a vi, parada no mesmo lugar que havia nos encontrado horas antes, com Jasmim nos braços. Será que eu estou realmente nervoso, ou completamente perdido por ela? Fui ao seu encontro e os olhos dela brilhavam quando se encontraram com os meus. Eu peguei Jasmim do seu colo, sem ter notado seu crescimento nas últimas semanas. A sua duração de sono era reduzida, tendo em vista que dormia durante longos períodos e seus traços já revelavam a quem ela seria parecida. A abracei forte
Kara Eu jamais havia confessado algo parecido com isso a alguém. Uma garota de vinte e três anos, virgem? O Gustavo certamente me acharia uma boba, era exatamente assim que eu me sentia. Eu o observei suspirar, com o olhar distante e pensei por um momento que tudo estaria perdido. Um homem como o Gustavo, não aceitaria tal situação, nem mesmo por amor. Mas eu estava enganada. Gustavo sabia se comportar como um verdadeiro cavalheiro. Girou o pescoço na minha direção e olhou para mim como se sentisse orgulho do que acaba de ouvir. Era como se me ter como sua namorada desse a ele um propósito de vida renovado. — Eu nunca namorei uma garota virgem – eu abaixei a cabeça me sentindo envergonhada – sabe o quanto eu sou sortudo por saber que eu serei o primeiro homem da sua vida? A simples pergunta dele me fez sorrir, fazendo meu rosto esquentar descontroladamente. — Não deve se sentir envergonhada por isso – disse, erguendo o meu queixo e me forçando a olhar para ele – você é rara em
Gustavo HenriEu sentia a Kara segurando o meu braço e suas palavras ecoavam na minha mente, mas eu não prestei atenção. Possuído pelo ódio, eu avancei em Donovan, que dessa vez parecia preparado e me acertou antes que eu pudesse revidar.Meu corpo tombou para trás e ele avançou mais uma vez, segurando pela minha camisa e me forçando a olhar nos olhos dele.— Pensou que ninguém descobriria o seu caso amoroso, Gustavo? – o som da voz desesperada e impotente de Kara era a única coisa que eu me importava – não tem moral para me acusar de nada dessa vez.Recuperando as forças, eu o empurrei. Embora Donovan fosse mais forte do que eu, ele foi afastado com a força do meu punho. Eu pensei em bater nele, mas a rua do condomínio foi ficando cheia de curiosos e uma briga acontecendo ali geraria grandes problemas para mim.Senti Kara me agarrar novamente e sussurra no meu ouvido.— Por favor, não faça nada – eu olhei nos olhos dela, encharcados de lágrimas, e a expressão de medo estampada no ros