Kara Meu corpo parecia estar em chamas. No entanto, eu não consegui resistir ao toque dele. Foi inevitável não me entregar, quando os lábios do Gustavo tocaram nos meus e sua língua envolveu a minha em movimentos lentos e apaixonantes. Era como se ele quisesse aproveitar cada segundo. Sua mão deslizou da minha cintura até a minha nuca e ele me puxou para mais perto. Perdi o ar. Quando as lembranças das palavras de Celeste me invadiram. Naquele instante, meu coração se encheu de medo e vergonha e eu empurrei o Gustavo para longe. Perdendo totalmente a razão, levantei o meu braço e bati em seu rosto. Milésimos de segundos depois, eu percebi o que havia feito, quando ele colocou a mão no rosto e eu levei a minha até os lábios. Eu tremia de medo, arrependimento também. Eu havia dado um tapa no meu chefe depois que ele me beijou. Lentamente, o Gustavo levantou o rosto e seus olhos se encontraram com os meus. Eu estava apavorada, era como se ele mal acreditasse no que eu havia acabad
Gustavo Henri Eu permanecia distraído, enquanto Alexandre falava sobre o processo que Cassandra movia contra mim. Seu sorriso doce e inocente não saia dos meus pensamentos. O beijo que eu dei nela, sem pensar, o gosto da sua boca ainda permanecia na minha. Kara era minha única luz nos meus momentos mais sombrios. O tapa e o modo como ela fugiu de mim em seguida me fez apertar os punhos e fazer uma careta como se eu sofresse muito. — Você está bem, Gustavo? – a pergunta me fez olhar para Alexandre e o olhar intenso dele foi um pouco desnorteante. Eu mal controlava meu corpo diante das lembranças que a Kara me trazia. — Eu estava pensando em uma coisa – de repente eu voltei a mim e sorri amargamente. O que eu estava fazendo era uma loucura – posso fazer uma pergunta? Alexandre franziu a testa, certamente confuso com a minha atitude. Eu agia estranhamente e tinha consciência disso. — Fique à vontade – ele disse e no segundo seguinte minha expressão se tornou preocupada. — De
Kara Eu fiquei tão assustada com a atitude do Gustavo, que escorreguei e cai no chão. Levantando a cabeça em pânico, vi o Gustavo correr na minha direção ao lado de Afonso e outra briga começar ali. Toda a cor do meu rosto sumiu nesse momento. Me levantando do chão sozinha, cambaleei, quando senti as mãos do Gustavo me agarrem em preocupação. — Você está bem, Kara? – eu olhei para o rosto lívido de Gustavo e contorci o nariz em desgosto. — O que deu em você para agredir o Afonso dessa forma? – me afastei dele bruscamente e fui incapaz de continuar olhando em seus olhos. Gustavo se virou para me encarar com seus olhos gentis, mas falou com o seu habitual tom de indiferença. — Você realmente vai me repreender por um cara como esse? Eu olhei para Afonso e se houve algum dia qualquer traço de admiração que ele poderia sentir por Gustavo, havia desaparecido. Seus olhos flamejavam e seu punho fechado demonstrava que ele não deixaria aquela ofensa passar. — Eu sinto muito desapont
O dia do jogo. Batidas na porta me despertaram. Eu tive dificuldades em abrir os olhos e, quando olhei no relógio, eram seis da manhã. Caminhei lentamente até ali e abri, me deparando com o Gustavo, sem camisa, com Jasmim no colo, pronto para entregar-lhe a mim. Senti minha boca secar imediatamente e fiquei imóvel, apenas olhando para ele, que se despedia de Jasmim com beijos delicados. Eu desejei que aqueles beijos fossem meus. Engoli a seco quando percebi meus pensamentos. O amor que eu sentia pelo Gustavo era impossível. Quais eram as chances dele se interessar por mim também? Pelo modo rude com que ele vinha me tratando, seria quase inviável. Quando me dei conta, o olhar dele estava sobre mim e eu mal havia percebido que vestia uma camisola que mostrava o meu corpo mais do que eu deveria permitir. Me encolhi colocando os braços em volta do corpo. Seu olhar era diferente do dia anterior, no lugar da frieza, havia um brilho intenso, e ele permanecia vidrado em mim. Quando est
Gustavo Henri. Desde o acidente trágico que envolveu Bruna, eu não vinha fazendo bons jogos e as pessoas consideram o meu mau desempenho a esse fato. O que era uma grande mentira. Se as pessoas soubessem a verdade que havia por detrás do meu casamento, elas ficariam certamente enojadas. Havia apenas um pensamento quando eu estava no campo naquela tarde, Kara. Ela me assistia e isso me fez fazer hat trick e ser exaltado pela nossa imensa torcida. Os murmurinhos logo começaram e rápidos, dessa vez, até me pegaram de surpresa. Enquanto comemorávamos a goleada no vestiário, eu tentava ignorar qualquer coisa relacionada ao que os outros achavam sobre a minha vida, o que era quase impossível quando as conversas pervadiam o lugar onde eu estava. — Precisa trazer a Kara mais vezes aos jogos – Allan comentou, o que fez meus companheiros caírem na gargalhada – ela trouxe sorte e despertou a fera dentro de você. Logo eu virei a piada. No caso deles, eu reconsiderava e até entrava na brin
Kara Seus lábios eram doces como o meu e eu me deliciei neles, me entregando quase completamente. Por várias vezes, pensei que isso não aconteceria de novo, e em menos de vinte e quatro horas, Gustavo me beijava novamente. Eu estava tão fascinada, que quando ele afastou seus lábios dos meus, eu desejei por mais. Olhei nos olhos dele e me questionei sobre o que viria depois. Ele me desprezaria mais uma vez, fingindo que nada havia acontecido ou que existia algo a mais no coração do Gustavo, a qual eu desconhecia? Abrir meus olhos lentamente para olhá-lo. Suas mãos continuavam em volta da minha cintura, sem pretensão de me largar, enquanto minha respiração estava descontrolada. Gustavo ficou em silêncio por um momento antes de sussurrar gentilmente. — Se quiser me bater, a hora é agora – um sorriso repuxou os meus lábios involuntariamente, mas quando vi o quanto seus olhos brilhavam na minha direção, o sorriso desapareceu. Abaixei a cabeça e o Gustavo me soltou, embora não tenha se
Gustavo Henri Já passava da meia-noite quando estacionei o carro na garagem da mansão. Algumas luzes da casa estavam desligadas e eu entrei em silêncio, tentando ao máximo não fazer barulho para que, eventualmente, não encontrasse a Kara. Eu parecia um idiota me escondendo da mulher que eu amava. Mas a culpa me corroía. Eu não pretendia me apaixonar depois do que a Bruna havia feito a mim, muito menos me declarar e levar um fora. Meu peito ardia quando eu pensava que Kara não me amava como eu a amava e era difícil aprender a conviver com isso. Então decidi fugir, passar o maior tempo que eu pudesse longe de casa, infelizmente também de Jasmim, para não ter que encará-la, sabendo que jamais poderia ser minha. Eu queria ter paz. A casa estava quieta, caminhei lentamente ao escritório porque havia esquecido documentos importantes que deveria dar ao meu novo empresário, e tive uma bela surpresa quando abri a porta. Minhas mãos soaram quando encarei seus olhos assustados. Kara vest
Kara Jimenez Fiquei em silêncio, com a cabeça recostada em seu peito, enquanto ouvia seu coração bater. Aquele parecia o melhor lugar do mundo, o qual eu não deixaria por nada. Gustavo me abraçava tão forte que tive a impressão de que ele julgava que eu fugiria, como das últimas vezes, mas eu não pretendia ir a lugar. — O que faremos agora? – Perguntei quando fechei os olhos e afundei o meu rosto em seu peito. Senti seu beijo tocar a minha pele, quando abri os olhos e ergui a cabeça para olhá-lo. — Vamos ficar juntos – fiquei submersa no medo, de modo que me afastei dele repentinamente. Os olhos dele revelaram uma leve irritação. Eu demonstrei claramente o quanto sentia medo daquela decisão. Olhei para ele com vergonha e disse: — Eu não quero que ninguém saiba que estamos juntos – ao ouvir meu comentário, o rosto de Gustavo se tornou sombria – você ainda é um homem casado. — Não vamos entrar nesse assunto novamente, Kara – ele fechou os olhos com força e soltou um longo e pesa