Rowan prometera buscar Faith em casa bem cedo para que pudessem aproveitar o dia, pois queria que descobrissem o máximo de coisas possíveis. Mas ele não esperava encontrar aquela linda mulher cheia de olheiras e com o rosto pálido e cansado.
— Você está bem, Faith? — perguntou preocupado.
— Estou. Apenas não dormi direito!
— Talvez devesse desistir de me acompanhar — tentou ele mais uma vez.
— Não vou lhe dar esse gostinho — ela sorria ao entrar no carro, depois dele ter aberto a porta para ela.
Ela logo lhe falou sobre sua
Pararam em frente à porta da casa dela, e Rowan não resistiu a olhá-la por algum tempo. Depois, saltou do carro, contornou até a porta do carona, abriu-a e percebeu que ela estava acordando. — Onde estamos? — indagou um pouco sem rumo e o fez rir. Ela nunca parecera tão linda. — Na porta da sua casa. — Deus! Estou zonza de sono! — colocou a mão na cabeça. — Minha intenção era carregá-la até sua casa. Se quiser, ainda posso fazer isso. — Não é necessário — respondeu convicta. A
Faith acordou sentindo-se confortável e aquecida. Não se lembrava de ter ido para cama nem de ter se coberto com o edredom. Viu-se vestida com roupas que não eram aquelas com as quais estava acostumada a dormir, e logo todos os momentos mágicos da noite anterior voltaram a sua mente, o que fez com que ela ficasse completamente envergonhada por ter dormido e não ter tido a chance de se despedir. Ainda sentia as estranhas sensações que o beijo que trocaram despertara em seu corpo e em seus pensamentos, sentia-se feminina novamente, desejável e um pouco mais pronta para se render à paixão que Rowan lhe oferecia. Porém, ainda não sabia o quão pronta estava. Ainda era domingo, então, ela se levantou, vestiu uma roupa mais confortável e foi para a sala. Sobre a mesa, havia um Gladíolo, a mesma flor que ela
Faith começou a ajudá-la com os biscoitos, e as duas nem perceberam a hora passar. Foi quando o celular de Tatianna tocou, que elas repararam que já estava tarde e que Cailey ainda não tinha chegado. E era exatamente ela que telefonava. — Cailey, onde você está? — indagou preocupada. — Tatty, preciso de sua ajuda — sua voz era um sussurro, proferido com extrema dificuldade. Não foi difícil concluir que ela estava em apuros. — Diga-me onde está que vou buscá-la — Tatianna apressou-se em pegar um papel e uma caneta para anotar o que Cailey dizia. Ela não estava longe dali. — Tat
Quando ele chegou, jogou-se em seus braços, sem nem se importar se era certo ou errado, ou com o que ele pensaria daquela atitude. Fez apenas o que precisava e queria fazer. Rowan, por sua vez, apertou-a em seus braços com força, feliz por poder estar com ela e tentar ajudá-la, fosse qual fosse seu problema. Entretanto, ele ficava cada vez mais preocupado, pois ela não parava de tremer e de soluçar. Ele já estava quase desistindo de sua ideia de apenas ficar ali com ela, contentando-se com o silêncio. Ainda mantendo-a perto de si, Rowan conduziu Faith até o sofá, e ambos sentaram lado a lado. — Estou apavorado por vê-la assim, mas prometo não perguntar nada —Rowan fez Faith encostar-se em seu peito e beijou sua testa carinhosamente. 
Depois de conversarem com Angus Feller, Jayce e Debra tinham mais uma pessoa para interrogar. Descobriram algumas ligações na conta do telefone celular de Shelby, vindas de algum número que nenhum de seus amigos nem seu noivo sabiam a quem pertencia. A linha foi identificada várias vezes e era de um rapaz com quem eles pretendiam falar para conseguirem mais informações. Seu nome era Christopher Alson, e era a primeira pessoa que parecia verdadeiramente triste com a morte da moça. Deixara a barba por fazer, o cabelo bagunçado e tinha olheiras profundas sob os olhos. Ele não parecia assustado em ver a polícia, nem mesmo surpreso. Aliás, ele não parecia expressar nenhum sentimento diferente de dor, que não dava a impressão de ser fingimento.
Jayce e Debra foram atrás de mais evidências. Se eles precisavam de fofocas sobre a Universidade de Nova Iorque, era isso que iriam ter. Sally McGeena era formada em jornalismo, e na época da faculdade, criou um jornalzinho de fofocas onde falava sobre a vida pessoal de vários alunos. Seu alvo principal eram as moças da Kappa House, o problema era que dificilmente elas davam motivos para notícias, pelo menos não tão bombásticas que merecessem atenção especial. Os dois detetives foram ao trabalho de Sally, e a moça os encaminhou até uma salinha de reuniões improvisada. Ela não perdera o gosto por fofoca e trabalhava em uma revista especializada na vida de celebridades, que não tinha muito boa vendagem, mas conseguia se manter.
Jayce estava em sua mesa quando recebeu um aviso de seu Outlook que havia uma mensagem nova em sua Caixa de Entrada. A Internet da delegacia era bastante lenta, e ele demorou mais do que quarenta minutos para baixar todos os arquivos em PDF que Sally McGeena havia lhe enviado. Assim que conseguiu salvar todos para seu computador, ele chamou Debra. Os jornais estavam em muito boa qualidade, pois haviam sido digitalizados em uma ótima máquina. Ela disponibilizara pelo menos cinco exemplares, alegando que eram os únicos que mencionavam as moças da Kappa House. Porém, todos que foram interrogados estavam certos. Elas eram modelos de perfeição, e as maiores fofocas com seus nomes eram sobre rapazes ou sobre suas roupas não estarem tão impecáveis. Apenas coisas fúteis
Enquanto Rowan visitava a delegacia, Faith ia visitar sua irmã. Acordara bem cedo para não perder mais horas de trabalho do que já havia perdido. Tatianna a recebeu, e as duas se abraçaram. Ficaram daquela maneira por algum tempo, tentando transmitir segurança e força uma para a outra. Daquela vez, a dor não iria separá-las, mas sim mantê-las unidas por Cailey, que precisava das duas equilibradas e lúcidas para que lhe passassem segurança. — Como ela está? — Ainda está dormindo, eu a fiz tomar um calmante ontem à noite. Estava muito nervosa e teve um pesadelo que a deixou à beira da histeria.&nbs