"O tempo foi passando, corações estão correndo
Acho que o cupido está tramando algo"
— Não pensou em me contar? — Pergunta servindo as xícaras de chá, que foi muito insistido por ela.
— Mãe, você está sempre tão ocupada, não queria incomodar e colocar mais um problema em suas costas. — Olha rapidamente para mim. Não acredito que estou aqui ouvindo a reunião de família de duas pessoas que eu nem conheço. Onde eu fui me meter? Deveria ter ficado em casa.
— Pega, querida. — Diz com a voz meiga me alcançando a xícara, quando vou pegar, ela inclina a xícara derrubando a água quente em mim.
— AI! CARALHOO!! — Meus gritos abafam seus pedidos de desculpas, tiro a blusa que estava colada ao corpo. Me queimando e fazendo doer, minha barriga e peito já ficaram avermelhados e ardentes no mesmo instante.
— MERDA! MÃE! VAI CHAMAR A LET! — Noah pede vendo meu estado, eu vou matar essa velha desgraçada! — Isso está muito feia! Vem comigo. — Murmura tentando me puxar, mas só consigo chorar e reclamar de dor. Isso dói muito! Sinto seus braços rodearem minhas pernas e costas, me pegando no colo e me levando para um lugar que meus olhos marejados não me permitem ver.
Sinto o contato do meu corpo com a água gelada. Me fazendo grunhir e me agarrar a Noah.
Essa mãe dele é o capeta! Ela virou de propósito, para me machucar!
A água gelada vai aliviando um pouco a dor e a queimadura.
— Melhor? — Pergunta ainda me segurando dentro da banheira. Seu olhar de preocupação me faz sorrir, faço que sim com a cabeça e olho para baixo percebendo que estava só de sutiã. Não sei o que está mais vermelho agora, minha queimadura ou minhas bochechas.
— Noah? A Let falou para passar essa pomada na queimadura, a garota está melhor? — Estava na porta do banheiro, lhe lanço um olhar mortal que ela recebe com um sorriso, fazendo minha raiva subir.
Eu deveria ter ficado em casa! — Repito isso mentalmente por várias vezes, inconformada com a minha situação atual.
[•••]
— Desculpas pela minha mãe, ela não fez de propósito. — Murmura quando entramos no quarto dele. Aperto mais a toalha ao meu corpo sentindo o frio depois de sair da água em que passei mais de quinze minutos.
— Claro! Ela não queria. — Ironizo, olhando para as roupas e a pomada em cima da cama. Esperando ele sair do quarto. — Vai ficar aí? — Questiono e ele se vira no mesmo instante.
Tento passar a pomada, mas ainda estou com a mão trêmula. O que só piora meu estado.
— Merda! — Esbravejo para mim mesma, percebendo que sou inútil até para isso. Sinto seu olhar de canto de olho e ele vem em minha direção.
— Deixa que eu ajudo. — Fala pegando o excesso de pomada em meu dedo, me encarando, esperando permissão. Dou um sorriso sem ânimo e tiro a toalha envergonhada.
Por Deus, Beatriz. Como consegue passar tanto vergonha? — pergunto mentalmente sentindo Noah passar o dedo suavemente pelas queimaduras.
— Se tiver doendo você avisa. — eu apenas balanço a cabeça em afirmação. Meu rosto fica corado automáticamente quando sinto seus dedos passarem pelo meu peito, perto ao meu seio.
— Ok, já está bom. Obrigada! — Murmuro caminhando até a cama e pegando a camiseta que ele havia deixado para mim. Coloco com cuidado e vejo que mais parece um vestido.
— Vou pegar minhas coisas e te esperar no carro. — avisa e eu olho para ele, quase implorando para não me deixar sozinha na casa da mãe - sociopata - dele.
Merda! O que está acontecendo comigo? Eu não deveria ter aceitado vir junto nessa merda de mansão. Mas eu estou sem nenhuma companhia no momento, e amigos fazem falta. Só tenho minha mãe. Que é uma grande amiga e protetora, mas também é minha mãe. Não posso contar TUDO a ela.
— A máscara dele vai cair, a qualquer momento. Noah não é o amorzinho atencioso que você está achando. — A voz enjoativa e ríspida ecoa pelos quatro. Me fazendo virar em um sobressalto. Encarando a mulher bem elegante em minha frente.
— Não entendi. — Faço a egípcia.
— Noah está empolgado com a idéia de família nova. Mas quando o conhecer melhor, vai ver que ele é arrogante e egocêntrico. É só um aviso! — Termina de dizer com um sorriso. Saí do quarto me deixando a sós com meus pensamentos inquietos.
[•••]
Noah enfim para o carro em frente a minha casa, quebra o silêncio do caminho constrangedor que nos rondava.
— Eu não queria arrastar você pra isso, só achei que seria legal se nos conhecêssemos melhor. — Sua voz é baixa, como se estivesse pedindo desculpas em outras palavras.
— Tá tudo bem, Noah. Já passou, já nem dói mais. — Resmungo abrindo a porta do carro, sinto sua mão em meu braço e olho rápido.
— Deixa que eu explico pra sua mãe... — Diz me fazendo dar um sorriso e o interromper.
— Dessa vez eu deixo passar, só porque não foi proposital. — Ironizo e ele da uma risada e concorda com a cabeça.
Entro dentro de casa e já recebo vários questionamentos vindos de minha mãe.
— Cadê suas roupas? Está com os cabelos molhados? Que olhos inchados são esses? Você estava bem quando saiu daqui, aconteceu alguma coisa? — Pergunta me deixando intacta no mesmo lugar, sem falar ou até mesmo respirar.
— Nós tomamos um banho de piscina, ela teve uma câimbra debaixo d'água e começou a chorar. — O tom brincalhão de Noah surgi atrás de mim. Que mentiroso de primeira, estou o invejando nesse momento.
— Ah, menos mal. — murmura me abraçando apertado. Minha mãe é muito protetora e sempre acha que alguma coisa acontece comigo.
Oiie meus amores, tudo bem com vocês?💖
Gostaram do capítulo?💖
Aí, aí esse Noah... Já me apaixonei kkkkk 💖
O que será que a vaca da mãe do Noah quis dizer com aquelas palavras??💖
KKKKK coitada da Bea, se queimou tadinha.💖
“Preciso ter auto-controleE bem no fundo, eu sei que isso nunca funciona”Observo as paredes, tentando pensar em alguma coisa para escrever. Odeio fazer redações! Isso não faz sentido, não entra nada na minha cabeça com a pressão de que vou ter que ler em voz alta para a classe toda.Coloco as pantufas e desço as escadas com as folhas e uma caneta azul. Vejo Noah sentado na ponta da mesa enquanto minha mãe faz o jantar, estavam rindo e conversando como se realmente nunca tivessem se afastado.— Mãe, eu preciso de ajuda. — me sento e coloco as coisas em cima da mesa.— Ajuda no que? — Pergunta sem se virar, continua mexendo nas panelas sem parecer prestar atenção em mim.— Trabalho da escola, preciso fazer uma redação para entregar amanhã. — mordo a tampa da caneta e ignoro o olhar de Noah.— Querida, eu estou fazendo o jantar. Pode ser mais tarde? — Pergunt
“Isso não é amor, é fácil de enxergarMas, querido, fique comigo”As aulas passam devagar, escuto Olívia me fazer perguntas sobre o Noah a aula toda. E isso me deixa irritada, ela a recém terminou o namoro. Pra que já quer se envolver com outro?— Posso ir na sua casa depois da aula? — Pergunta Olívia quando já estávamos saindo da escola.— Ah não vai dar não, eu vou precisar sair com a minha mãe. — Respondo forçando um sorriso. Ela só quer ir lá por causa do Noah, isso é óbvio!— Achei que o gatinho tinha falado que ela ia fazer plantão... Mas tudo bem, outro dia eu vou. — Fala fazendo meu corpo gelar, minhas mentiras nunca dão certo.— Isso, é melhor outro dia. Eu tenho que ir. — Murmuro já vendo Noah parando quase na nossa frente.— Hey! Não vai me apresentar pra ele? — Pergunta vindo atrás de mim, olho para ela e depois para ele. Merda, Olívia!
“Eu não digo uma palavraMas ainda assim, você tira o meu fôlego e rouba as coisas que eu sei”— Beatriz! — Me chama fazendo eu abrir os olhos, e dar um pulo da cama. Era tudo um sonho?— E-eu já vou! — Anuncio me enrolando no lençol, a meu Deus que vergonha. Estou toda suada, descabelada e com a respiração ofegante. O que ele vai pensar? E se ele tiver ouvido eu gemer o nome dele!? — O-oi, precisa do que? — Pergunto quando abro a porta, ele está com um sorriso amplo enquanto morde o lábio inferior... É agora que eu saío correndo?— Já são quase 23h, não vai mesmo querer sair? — Questiona descendo os olhos em meu corpo, aperto mais o lençol e olho para o chão. Não consigo evitar a coloração vermelha em meu rosto, mostrando o quanto estou envergonhada.— Só me dá meia hora. — Peço rápido fechando a porta sem ouvir sua resposta. Me escoro na porta e suspiro fundo, frustrada e feliz. Não sei direito. Estou
"Eles dizem que estamos fora de controle e alguns dizem que somos pecadoresMas não os deixe estragar nossos belos ritmos"— Bea? O que está fazendo aqui? — Escutamos a voz ao nosso lado. Noah se afasta rápido e eu olho para o lado. — Pensei que não estivesse na cidade. — Diz Thales me abraçando. Retribuo o abraço olhando para Noah, o que iria acontecer? Acho que já sei.— E-eu voltei, minha mãe está trabalhando novamente no hospital. — Anuncio quando ele se separa de mim. Seu sorriso amplo e alegre me fazem ficar constrangida. Não estou nenhum pouco feliz em vê-lo, não nesse momento.— Bea, vou alí pegar alguma coisa pra comer e já volto. — Avisa Noah e eu concordo, Thales se vira novamente para mim e me observa de cima a baixo.— Tá maravilhosa! Cresceu bastante desde a última vez que nos vimos. — Fala me fazendo forçar um sorriso e agradecer. — Quem é o cara? — Pergunta olhando para Noah, que sorria o
"Mas ultimamente a cor parece tão brilhanteE as estrelas iluminam a noiteMeus pés se sentem tão levesEu estou ignorando todos os sinais"— Tudo bem então, eu aceito! Mas não me responsabilizo pelos meus atos! — Aviso e ele assente ainda com um sorriso divertido, fico sorrindo que nem uma idiota quando vejo que pediu minha comida favorita e mais uma garrafa de vinho... Eu estou ferrada!— Acho melhor você comer primeiro, para o seu estômago na ficar fraco. _ Diz e eu balanço a cabeça em afirmação, não quero ficar bêbada. Porque nem sei o que farei se estiver, já que bebi só duas vezes em toda a minha vida.— De verdade, Noah. Por que escolheu viver comigo e com a minha mãe? — Pergunto já largando os talheres no prato, sei que vou ter que beber de qualquer jeito. Então comecei com as perguntas. — Ao invés da sua família que te criou. — Completo— Eles me cobram a perfeição, e isso é desgastante. E
"Porque eu não posso admitir que você tem todas as cordasE sabe como dar um puxão nelas"Acordo sentindo minha cabeça girar e doer, o barulho do despertador me faz tapar os ouvidos com o travesseiro, está doendo muito, meu estômago está todo revirado.—Filha, vai se atrasar para a escola! — Minha mãe me chama enquanto deposita batidas na porta. Abro os olhos lentamente e dou um grito ao ver Noah do meu lado. Que merda ele está fazendo aqui?— Caramba, Bea! — Resmunga sonolento, a intenção não era acordar ele. Mas não sei o que está fazendo aqui, meu Deus será que nós... aí que horror! Ele nunca faria isso comigo.— Tá fazendo o que aqui? — Minha voz sai baixa para a minha mãe não me escutar, acho que ela não ouviu meu grito. Levanto da cama e percebo que estou de camisola, e ela está virada. Eu não lembro de ter trocado de roupa.— Você não me deixou ir embora, lembra? — Responde em tom
“Eu disse “às vezes jovens se apaixonam pelas pessoas erradas.”— O que acha do Noah? Acha que fiz errado em pedir para ele morar conosco sem ao menos conhecê-lo? — ergo o olhar para minha mãe que estava escolhendo alguma filme para assistirmos, por que essa dúvida agora?— Eu gosto dele... — digo fingindo indiferença, pois é, eu gosto dele até mais do que deveria. Mas isso já é uma coisa que ela não precisa saber. — Por que? Parece tão feliz com ele aqui.— E eu estou, mas quando pedi para o Noah morar aqui eu esqueci de perguntar a sua opinião. Por bastante tempo foi apenas nós duas, e do nada eu coloco um homem estranha para dentro de casa, só queria saber se você está bem com isso. — Sorrio feliz com suas palavras, saber que ela liga para a minha opinião é maravilhoso. Mas também me sinto culpada pelo sonho e pela minha aproximação com Noah, eles são irmãos, não deveria trair a confiança de minha mãe dessa forma. Preciso parar c
"Mas ultimamente a cor parece tão brilhanteE as estrelas iluminam a noiteMeus pés se sentem tão levesEu estou ignorando todos os sinais"— Tudo bem então, eu aceito! Mas não me responsabilizo pelos meus atos! — Aviso e ele assente ainda com um sorriso divertido, fico sorrindo que nem uma idiota quando vejo que pediu minha comida favorita e mais uma garrafa de vinho... Eu estou ferrada!— Acho melhor você comer primeiro, para o seu estômago na ficar fraco. _ Diz e eu balanço a cabeça em afirmação, não quero ficar bêbada. Porque nem sei o que farei se estiver, já que bebi só duas vezes em toda a minha vida.— De verdade, Noah. Por que escolheu viver comigo e com a minha mãe? — Pergunto já largando os talheres no prato, sei que vou ter que beber de qualquer jeito. Então comecei com as perguntas. — Ao invés da sua família que te criou. — Completo— Eles me cobram a perfeição, e isso é desgastante. E