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Desejos Impuros

"Porque eu não posso admitir que você tem todas as cordas

E sabe como dar um puxão nelas"

Acordo sentindo minha cabeça girar e doer, o barulho do despertador me faz tapar os ouvidos com o travesseiro, está doendo muito, meu estômago está todo revirado. 

—Filha, vai se atrasar para a escola! — Minha mãe me chama enquanto deposita batidas na porta. Abro os olhos lentamente e dou um grito ao ver Noah do meu lado. Que merda ele está fazendo aqui?

— Caramba, Bea! — Resmunga sonolento, a intenção não era acordar ele. Mas não sei o que está fazendo aqui, meu Deus será que nós... aí que horror! Ele nunca faria isso comigo.

— Tá fazendo o que aqui? — Minha voz sai baixa para a minha mãe não me escutar, acho que ela não ouviu meu grito. Levanto da cama e percebo que estou de camisola, e ela está virada. Eu não lembro de ter trocado de roupa.

— Você não me deixou ir embora, lembra? — Responde em tom de sarcasmo, me fazendo corar e olhar para o chão. Espero que eu não tenha dito tudo à ele... Tudo o que se passa na minha cabeça.

— Eu estava com outra roupa... — Minha voz sai baixa e tímida, estou com tanta vergonha que não consigo encará-lo.

— Você quis tomar banho, mas dormiu antes de se vestir. Então eu pedi para a Tânia colocar uma roupa em você. — Explica se sentando na cama e bocejando. Graças a Deus! Ele não me viu nua. Seria muito mais constrangedor do que acordar de ressaca ao lado do meu tio.

Vejo os raios de sol invadindo o quarto e aperto os olhos, que claridade desnecessária. Entro no meu banheiro e tranco a porta, já cansei de passar vergonha na frente dele. Eu não deveria ter aceitado aquele jogo ontem à noite... Já que nem lembro das perguntas feitas.

Coloco uma roupa simples e desço as escadas, sentando-me à mesa para o café da manhã. 

— Cadê o Noah? — Pergunto para a minha mãe que colocava os pratos com panquecas na mesa. Antes que ela possa responder ele se pronuncia. Descendo as escadas só de bermuda e uma camiseta branca jogada no ombro, com os cabelos úmidos e bagunçados. 

— Procurando por mim? — Questiona colocando a camiseta e se sentando na minha frente após beijar o rosto de minha mãe.

Tento recuperar minha sanidade após vê-lo daquele jeito, meu Deus que gostoso! Ah merda! Eu não deveria estar pensando nele... Mas realmente é a tentação em pessoa.

Aqueles músculos e os cabelos, a barba, boca e olhos... Ele é tão perfeito! 

— Não, só... Esquece — Peço pegando um copo de suco e o levando a boca, tentando afogar as palavras que estavam na minha garganta.

— Ficou fora de casa à noite? Não estava em seu quarto pela madrugada. — Me engasgo com o suco de laranja ao ouvir as palavras de minha mãe direcionada a Noah. 

— Entrou em meu quarto? — Me meto na conversa, impedindo Noah de dar as falsas explicações. Já sei que passou a noite ao meu lado.

— A porta estava trancada. — Fala me fazendo suspirar aliviada. — Não tem problema e não precisa responder, irmão. Não quero me meter na sua privacidade, só fiquei curiosa para saber quem é a garota misteriosa.

— Lívia, uma amiga da Bea. — Murmura indiferente dando uma garfada na panqueca. Encaro Noah com uma sobrancelha arqueada, ele nem lembra o nome dela.

— Olívia, Olívia Holstein. — corrijo em voz baixa, fazendo ele me encarar confuso. Como alguém assim pode ser da minha família? Eles são tão inteligentes. Principalmente a minha mãe, se formou em medicina bem cedo, pulou propositalmente alguns anos de ensino fundamental.

— O que? — Pergunta parando o garfo no caminho da boca, franzindo a testa e olhando para mim. Isso é ótimo, quer dizer que ele nem lembra o nome dela e não se importa o suficiente.

— O nome da garota, Noah. É Olívia e não Lívia, não sabe o nome da sua própria namorada? — Provoco com um sorriso sacana, minha mãe esconde uma risada e da um gole do seu café, já gelado por conta da sua demora.

— Olívia e você não tinham parado de ser amigas? — questiona minha mãe enquanto olha as horas no relógio, sempre vidrada nesse relógio.

— Nós tínhamos, mas acho que o interesse dela no meu tio é mais do que a suposta traição. — Afasto o prato de panquecas e suspiro exausta, infelizmente essa é a verdade. Ela quer ele, não a minha amizade.

— Ah, que linda! — Exclama minha mãe me fazendo encará-la sem entender nada. — Chamou o Noah de tio, pela primeira vez! — A animação dela é notável. O que me deixa mais furiosa ainda.

— Não, eu não chamei! — Retruco buscando os olhos azuis bem à centímetros de distância. Eu chamei e nem me dei conta? Ah, não por favor! Minha vida já está complicada o suficiente... Mais isso agora!?

— Eu preciso ir encontrar a minha suposta namorada, vejo vocês mais tarde. — Noah anuncia se levantando e depositando um beijo rápido na minha testa e na face de minha mãe. Ele sai de casa e eu permaneço no mesmo lugar. 

É loucura desejar que aquele beijo tivesse sido na boca e não na testa? SIM! É LOUCURA ATÉ DEMAIS! qual é o problema que eu tenho? Minha cabeça doentia não consegue ficar perto dele sem o desejar? Eu preciso acabar com isso.

Será que existe uma doença para pessoas que sentem atração física por parentes? Vou olhar no G****e... Mesmo que seja a coisa mais idiota que farei.

Oiie meus amores, tudo bem com vocês?💖 

Gostaram do capítulo?💖

Kkkkk Noah trocando o nome da Olí, auge KKKK💖

Tenho tanta pensa da confusão da Bea, tadinha véi kkk💖

Hmmm, ela chamou ele de tio. Só pra foder com tudo de uma vez por todas kkkK💖

Aí tia Lilian... Se eu te contar sobre os desejos de sua filha você nem acredita.💖

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