Las Vegas
Bianca Ouço um som persistente de "bip". Não estou familiarizada com esse barulho, mas sei que pertence a alguma máquina hospitalar. Sinto o cheiro de desinfetante e álcool, minha pele arrepia com o frio. Tento mover minha cabeça, mas para ao sentir náuseas. Tento falar algo, mas desisto, minha garganta está estranhamente dolorida. Fico parada, ainda sinto um pouco de tontura e dores pelo corpo, tenho a sensação que meu corpo foi jogado de um prédio. Vagamente lembranças do que aconteceu vão surgindo na minha mente. Toco minha perna, dou um leve beliscão, a dor aguada é imediata. Eu não morri! Obrigada Deus! Obrigada! Obrigada! Obrigada! Mas o que aconteceu comigo! Eu só lembro de sentir uma dor muito forte, a sensação de sufocamento ainda me assombra. A imagem de Sirius surge em meus pensamentos. A forma como ele me tomou em seus braços, sua feição preocupada. Aquela foi à primeira vez desde que nos vimos que vi sua postura de homem de negócios vacilar. O Sr. Gelo, não é totalmente feito de gelo pelo visto. Abro meus olhos lentamente, a luz me cega parcialmente. Pisco algumas vezes sem pressa, me acostumando com a claridade. O teto é totalmente branco, movo meus olhos pelo quarto. Tem um sofá próximo à janela com cortinas brancas, percebo que ainda está escuro lá fora, ainda é noite. Um pouco, mas afastado uma poltrona do lado direito do quarto, próxima ao canto da parede, vejo que tem até mesmo um móvel de madeira. As paredes brancas são decoradas com dois quadros, as pinturas são de um campo aberto com flores. Do lado esquerdo vejo uma porta, que imagino por trás dela ser um banho. É um quarto hospitalar bastante sofisticado, mas o que realmente chama minha atenção é ele está vazio, não tem ninguém aqui. Ainda sentindo um pouco de náuseas, movo minha cabeça para o lado esquerdo. O abajur em cima do móvel ao lado da cama hospital em que estou deitada, está ligado, iluminando o quarto e meu celular. Movo minha mão para pegá-lo, mas para ao notar o soro em meu braço. Olho melhor para o meu estado. Não estou, mas usando meus jeans, e minha blusa branca simples. Por baixo da coberta estou usando uma camisola hospitalar, em meu braço esquerdo está o soro, olho para o meu braço direito. No meu dedo indicador está o oxímetro, fazendo minha leitura cardíaca. Nunca fiquei tão feliz em ler o livro de medicina de Margo, e saber para o que é isso funciona. Minha atenção se volta para o meu celular, eu preciso falar com as minhas irmãs. Balanço minha mão, removendo o oxímetro do meu dedo indicador. Pego o aparelho, ao acender a tela vejo que são duas da madrugada. Noto as notificações de chamadas perdidas, só Margo, me ligou vinte vezes desde uma da madrugada. Abro o chat, lendo suas mensagens vejo o quanto ela está preocupada, e a urgência em cada mensagem. Deslizo meu dedo sobre a tela, é difícil escrever uma mensagem só com uma mão, mas não posso desistir. Margo, precisa saber onde estou. Nesse momento a porta do lado oposto do quarto se abre. Sirius para na soleira da porta. Instantaneamente sou capturada por seu olhar, seus olhos de cor azul oceânico passeiam por todo meu corpo, por algum motivo meu rosto fica quente, é deprimente ser vista dessa forma catastrófica. Gostaria de pelo mesmo está usando algo, mas adequado. Suas mãos se movem e ele cruza os braços em frente ao corpo, seus músculos se sobressaem. Sua feição é séria e não transmite qualquer afeição, percebo que ele não usa o mesmo terno de três peças quando o encontrei. Seu visual é, mas casual, eu diria que até relaxado. Sirius usa calças jeans escuras, e um suéter vermelho. Até mesmo seus sapatos mudaram, e ele usa tênis. Mesmo não usando seu terno ele ainda expelir poder. Me pergunto como o Sr. Gelo, é trabalhando, ele deve devorar literalmente seus concorrentes. — como se sente? Sou pega de surpresa por suas palavras, aperto o aparelho em minha mão. Me sinto nervosa, mas não como antes. — me... lhor. Minha voz saí arrastada, uma tosse seca faz minha garganta dolorida piorar. — não fale. Sua voz me causa um arrepio na coluna. Sirius se aproxima em passos lentos. Ele descruza os braços, sua mão se move pegando meu celular. O mesmo segura o aparelho em frente ao meu rosto. — depois. Coloca o aparelho de volta no móvel em que peguei. Sirius aperta um botão que eu não tinha visto antes ao lado da cama hospitalar. Quase que instantâneo uma enfermeira surge, ela para na soleira da porta com um sorriso gentil, ela deve ser só alguns anos meu velha do que eu. — sim, Sr. Cavill? — traga água, e chama o Dr. Melendez. — fala sem nem ao menos virar para encara-la. — claro. A mesma vai embora, os olhos de Sirius, continuam em mim, tão ávidos como o vi pela primeira vez. Mas de alguma forma sinto que tem algo a, mas por trás desse olhar, sinto que está, mas frio e distante do que hoje de manhã. Pergunto-me o que mudou. Sem conseguir sustentar essa guerra de olhares, desvio meus olhos para minhas mãos. Pego o controle da cama ao meu lado, e aperto o botão para cama subir. Estou cansada de estar deitada. Sem olhar, sinto a presença de Sirius, se mover pelo quarto, andando lentamente para o outro lado. Por que sinto que ele quer me dar uma bronca? Solto o botão quando estou em uma posição confortável. A tensão dentro do quarto é enorme, sinto que estou sendo esmagada pela olhar de Sirius. Se minha garganta não doesse tanto, perguntaria qual era seu problema. Sinto certo alívio quando um homem de jaleco branco entra no quarto. Ele não deve ter mais que trinta e poucos anos, mesmo o jaleco escondendo seu corpo, vejo que ele possuí um porte atlético. — Srta. Dantés é bom vê-la acordada. Como se sente? Faço menção em responder, mas ao sentir a mesma dor aguada de antes desisto. — desculpe, sou um tolo. Sua garganta dói muito? Apenas balança a cabeça em afirmação, nesse momento a mesma enfermeira de antes entra no quarto segurando uma bandeja com uma jarra de vidro em cima, e um copo. — doutor, a água. — Diz deixando a bandeja sobre o móvel ao lado da minha cama. — obrigada Mia, já pode ir — A mesma vai embora. O Dr. Melendez, me oferecer um copo com água — beba devagar. Orienta-me, bebo alguns goles. Minha garganta dói um pouco ao engolir, mas a dor diminui um pouco. Ao beber metade d'agua devolvo o copo ao mesmo que o coloca de volta na bandeja. — o que aconteceu comigo? Pergunto sentindo um pouco de dificuldade, mas comparado com antes, minha voz saí muito melhor. — tivemos que fazer uma lavagem gástrica com urgência, o incomodo na garganta pode ficar por alguns dias — diz voltando seu olhar para a prancheta que entrou segurando, seu olhar volta para mim novamente. — você teve uma reação negativa à pílula do dia seguinte, sabia que era alergia ao medicamento? Meus olhos quase saem das órbitas ao ouvir suas palavras. Mal consigo acreditar que tudo isso aconteceu só porque tomei aquele mísero comprimido. Já vi Amanda, usar aquela pílula muitas vezes, não achei que teria uma reação ruim sobre mim. — não. Falo envergonhada por fazer algo tão estúpido. Me sinto como uma criança boba que colocou o prego na tomada. O Dr. Melendez escreve ao na folha em sua prancheta. — presumo que nunca vez uso desse medicamento antes? — não. Respondo. Desvio meus olhar para minhas mãos, como se elas fossem, mas importantes do que o Dr. Melendez, está perguntando. Sinto-me tão constrangida que sinto meu rosto quente. Posso sentir os olhos de Sirius, me queimar. Gostaria de poder enfiar minha cabeça em um buraco agora. — seu ginecologista receitou esse medicamento? — não, eu apenas peguei na bolsa da minha irmã. Posso sentir o olhar de reprovação de ambos. Sei que foi algo imaturo e irresponsável, mas é com os erros que se aprende no fim das contas. — entendo. Por favor, não faça, mas uso desses medicamentos, como teve uma reação negativa à pílula recomendo que fale com seu ginecologista, e achem algo acessível para você. — contínuo encarando minhas mãos, apenas aceno com a cabeça concordo. — também tiramos seu sangue para fazer alguns exames — diz anotando algo na folha na prancheta — você ainda vai sentir um pouco de náuseas e enjoos por dois dias, recomendo tomar bastante líquidos e repouso. — obrigada. — minha voz soa um pouco fraca, mas é o suficiente para que ele ouça. — Srta. Dantés, Sr. Cavill. O mesmo saí do quarto. Novamente o silêncio predomina. Umedeço os lábios, pensando bem agora foi realmente estúpido o que fiz. Mas já vi Amanda, fazer isso tantas vezes que não achei que algo assim aconteceria comigo. Muitas mulheres tomam pílula do dia seguinte, é inacreditável que só comigo aconteça essas coisas. A sorte não é minha amiga no final das contas, só imagino as consequências disso quando minha família descobrir vai ser um caos total. Papai vai ficar furioso. Sendo filha de um juiz renomado sei que as aparências importam, só espero que ninguém me reconheça e não saía nenhuma matéria no Brasil, sobre a filha caçula alcoólatra e droga do renomado juiz Frederico Dantés. Sei muito bem como a mídia pode ser cruel. Margo comprovou isso muito bem uma vez, o que a fez ter certo trauma de câmeras. — eu disse que cuidaria de tudo. Meus pensamentos são interrompidos pela voz rouca e fria de Sirius. Sim, você disse que cuidaria de tudo, mas não é como se eu não fosse fazer nada. —, mas isso não era o suficiente para mim. Sem me conter as palavras saem por meus lábios, o encaro pelo canto do olho. Sua sobrancelha está erguida formando uma ruga em sua testa, sua boca está em uma linha reta. Não conheço as expressões de Sirius, tão bem. Mas quando ele quer demonstrar o que está sentindo é bem evidente. Seu olhar de reprovação permanece, como se me desse uma bronca. Odeio como me tratam como criança, agir de forma imatura não faz parte da minha índole, até eu mesma estou surpresa pelo que fiz. Mas isso não é o momento para implicar com algum que está doente. Nesse momento ouço vozes femininas, mas que conheço muito bem. — Bianca! Giro minha cabeça em direção à porta. Margo entra primeiro. Em passos rápidos ela vem até mim. Amanda vem logo atrás. Margo toca minha face, noto seus olhos inchados, sua feição transmite um pouco de alívio. Já Amanda, está, mas imparcial, ela sempre foi a, mas durona de nós três, enquanto Margo leva o título de chorona. — você é a pessoa, mas idiota do mundo! — as palavras de Amanda, são agressivas. Mas sei que por trás disso ela está realmente preocupada. — Amanda! Margo tenta intervir. Ela sempre ficou ao meu lado, não importa qual bobagem eu fizesse. Ela sempre estava lá para me proteger, mas acho que desta vez ela não vai conseguir impedir a fúria de Amanda. — não, Margo. Nem tente protegê-la — fala erguendo uma mão em um ato nervoso acho que dessa bronca não vou escapar. Mas por hora, me contento apenas com seu olhar raivoso. — tá se sentindo melhor? — sim, só vou precisar descansar por alguns dias. — graças a Deus. — diz levando uma mão ao vão dos seus, ouço a mesma soltar um suspiro em alívio. — garota! Onde "cê" estava com a cabeça em tomar minhas pílulas? — Amanda, se afasta um pouco da cama hospitalar colocando ambas as mãos na cintura, seu olhar é interrogativo. — se não fosse pelo bombadão bonitão ali, a gente nem ia saber que você tinha morrido. A presença de Sirius, ainda no quarto se torna presente para mim. Tinha me esquecido completamente da sua presença marcante. Agradeço a Deus, por Amanda, e Margo estarem falando português. Caso contrário eu já teria saído correndo desse quarto pela vergonha. — afinal, quem é esse cara? Amanda, pergunta. Meu olhar vai até Sirius. Sua expressão se tornou imparcial, seus olhos oceânicos estão ficados em mim. Tenho a sensação que ele entendendo o que estamos falando, porque ele está muito quieto, apenas nos encarando. Seu olhar é muito intenso, sinto que ele está esperando que eu apenas responda a essa pergunta. Mas não tenho ideia de como fazer isso. Que tal, meninas esse é o homem que passei a noite ontem, e perdi minha virgindade e o futuro Pai, da criança que talvez eu esteja esperando. Nem toda preparação do mundo me ajudaria nessa situação. Meu olhar alterna entre minhas irmãs, e Sirius. Me sinto nervosa, se eu fingir passar mal de novo posso adiar as apresentações. Nesse momento Sirius, da um passo a frente. Sinto um arrepio atravessar meu corpo. — Sirius Cavill. Sou o marido da sua irmã.Las VegasBianca O silêncio no quarto hospitalar era mútuo, meu corpo tinha travado completamente ao ouvir suas palavras. Meus olhos estão fixos em Sirius. O mesmo retribui meu olhar, uma sobrancelha erguida, a boca em uma linha reta e os braços cruzados em frente ao corpo. O que, mas me assusta é sua expressão imparcial, e a maneira leviana como age após soltar essa bomba. Fico em dúvida se ele está ou não dizendo uma simples piada, mas pelo pouco que conheço Sirius, ele não aparenta ser um homem que faz piadas em momentos sérios. Ele não pode está falando sério! Ou pode? Vários pensamentos começam a me ocorre, eu não posso ter feito algo assim, séria muito inconsequente e uma borrada sem igual. Não me lembro de ter assinado nada, nem mesmo assinei os papéis que Tomas, pediu. Também recordo que Sirius, não insistiu que eu fizesse. Forço meu subconsciente, mas só uma resposta é plausível. Desvio meus olhos quando seu olhar começa a me pesar, é bem óbvio que ele sabe o que estou pensa
Las Vegas...Bianca Não sei o que dizer, ou como dizer. Eu pensei bastante em tudo, e não há dúvidas de que Sirius, e eu passamos a noite juntos, que fizemos amor. A lembrança do lençol branco manchada com meu sangue, ainda é muito fresca, assim como o incomodo que sinto no meio das minhas pernas. Não posso lembrar o que aconteceu noite passada, mas há provas suficientes de que Sirius me possuiu. De repente a imagem de Sirius, começa a se forma no meu consciente, e como seus olhos gelo me perfuram. Estou surpresa, e ainda um pouco em choque por ter dormido com um homem mais velho. Afinal, tenho atração por homens com o dobro da minha idade, mas nunca tinha sido cortejada por um antes. Lembro vagamente de quando flertei secretamente com um amigo de Papai, nada foi, mas humilhante do que sua rejeição. Segundo ele eu era nova demais, o que não é uma mentira. Mas tenho uma maturidade maior que não corresponde com a minha idade. No momento isso não parece o certo, afinal fiz uma burrice a
Las Vegas...BiancaMesmo que eu não quisesse, me sentia nervosa em relação à resposta de Sirius. Ele não voltou para o quarto, admito que fiquei um pouco decepcionada quando Manda me disse que ele tinha ido embora. Em suas palavras houve um problema família, e ele teve que viajar. Mas uma coceirinha no meu cérebro me diz que ela também tem algo haver com isso, eles passaram um bom tempo conversando. Quando Manda, e Margo voltaram para o quarto o dia já estava quase amanhecendo. Percebi que ambas estavam indiferentes, inquietas. Margo me disse que Sirius, não deu uma resposta imediata, que pensaria melhor e daria uma resposta quando voltasse para Las Vegas. Nesses últimos dias que fiquei internada esperava que ele pelo menos me mandasse uma mensagem, ou tivesse a sensibilidade de perguntar como eu estava. Mas não houve contato, nem mesmo uma rápida ligação. Como hoje estou recebendo alta, acho que possa ser um bom motivo para enviar alguma mensagem. Encaro a tela do aparelho, faz cinc
Las Vegas...BiancaNervosa contínuo encarando o teste de gravidez nas mãos de Sirius, não sabia o que dizer. Conversamos sobre isso antes, mas aquilo parecia muito comercial, frio. Mas agora que estamos a sós, sinto que esse assunto é, mas íntimo. Desço o olhar para minhas pernas, encolho minhas mãos de volta ao meu corpo. Ouço um breve suspiro de Sirius, mas que não consigo distinguir sua emoção. Pelo canto do olho observo o mesmo deixa o teste sobre a mesa de ferro com detalhes em flores. O guarda-sol preso no centro da mesa projeta uma sombra, nos protegendo do sol. A mão de Sirius volta a tocar minha coxa causando leves arrepios, com o polegar ele faz círculos. Gosto da forma carinhosa como me toca, e seus gestos gentis. Sua forma de agir é completamente diferente da primeira vez que o vi, frio e carrancudo. Se Sirius, ágil desta forma comigo quando nos conhecemos. Não foi atoa que me casei com ele, e tive minha primeira vez.— olhe pra minha — um pouco relutante e envergonhada,
Las Vegas...BiancaResmungo e giro meu corpo na cama, afundo meu rosto no travesseiro quando a claridade começa a me incomodar. Com uma mão livre passeio entre os lençóis e os travesseiros procurando meu celular, o que é um completo fracasso. Minha cabeça começa a lateja, sinto pontadas dolorosas nas têmporas. Oh Deus! Porque o álcool existe? Meu corpo arrepia com o frio repentino, me enrolo nos lençóis quentes e aromados. Flashes da noite anterior surgem na minha mente. Nunca, mas vou deixar minhas irmãs me influenciar. A dor de cabeça que sinto vai ser um lembrete diário do porque eu não consumo álcool. A ressaca pode ser uma verdadeira cura contra o alcoolismo. Faço uma careta ao sentir algo estranho quando esfrego as pernas na tentativa de me aquecer. Abro os olhos, a luz que entra pela janela de vidro panorâmica que separa o quarto da varanda quase me cega, pisco algumas vezes até me acostumar com a claridade. Levanto o lençol encarando meu corpo nu, em questão de segundos minha
Las Vegas...BiancaAinda com as pernas bambas entro no local. A suíte é enorme e luxuosa, ainda, mas sofisticada do que eu estou hospedada. Lembro vagamente que não reparei nos detalhes do quarto em que acordei. Estava tão desesperada em sair que nem ao menos me dei ao trabalho de procurar minha lingerie, o que me lembra de que não uso nada por baixo do vestido. Aperto minhas coxas uma na outra ao parar ao lado do sofá, cruzo os braços na altura dos meus seios, o tecido é fino o suficiente para marcar meus mamilos rígidos. Dobro meus dedos do pé nervosa sentindo o carpete macio. Meus olhos vão ao seu encontro, o terno de três peças marcando bem seu corpo, agora, mas de perto posso notar o quão másculo ele é, diferente dos garotos jovens com quem estudei. Seus olhos se fixam aos meus, quase me sinto sendo esmagada por sua íris azul oceânico. Nunca vi olhos tão frios antes, mas inegavelmente atraentes. O cabelo escuro devidamente penteado para trás, mas uma mecha banca se destaca no m
Las VegasBianca― Bianca! Saí dessa cama agora!Amanda puxa minha coberta tentando me descobrir, mas continuo enrola nos lençóis.— deixa ela Amanda, não está vendo que ela não se sente bem.Amanda ouve o sermão de Margo, e solta o lençol. Fiquei aliviada quando cheguei e vi que nenhumas das duas estavam aqui, e que pelo estado que estava o quarto. Elas não voltaram ontem à noite, assim como eu. Pela milésima vez o que aconteceu hoje de manhã passa pela minha cabeça, o fato de eu ter acordado na cama de um homem estranho, ter transado com ele e consequentemente ter ficado grávida. Oh Deus! Qualquer coisa menos isso, gosto de crianças, mas não quero ter uma agora, e muito menos de um cara que não conheço. Lembro como seus olhos azuis oceânicos eram ferozes, e frios. A maneira curta e grossa como ele falava, mas que estranhamente me causava um friozinho na barriga. A forma rouca como sua voz soou ao falar meu nome, sua maneira bruta. Mal consigo acreditar que dormi com ele, Sirius não