Las Vegas...BiancaMesmo que eu não quisesse, me sentia nervosa em relação à resposta de Sirius. Ele não voltou para o quarto, admito que fiquei um pouco decepcionada quando Manda me disse que ele tinha ido embora. Em suas palavras houve um problema família, e ele teve que viajar. Mas uma coceirinha no meu cérebro me diz que ela também tem algo haver com isso, eles passaram um bom tempo conversando. Quando Manda, e Margo voltaram para o quarto o dia já estava quase amanhecendo. Percebi que ambas estavam indiferentes, inquietas. Margo me disse que Sirius, não deu uma resposta imediata, que pensaria melhor e daria uma resposta quando voltasse para Las Vegas. Nesses últimos dias que fiquei internada esperava que ele pelo menos me mandasse uma mensagem, ou tivesse a sensibilidade de perguntar como eu estava. Mas não houve contato, nem mesmo uma rápida ligação. Como hoje estou recebendo alta, acho que possa ser um bom motivo para enviar alguma mensagem. Encaro a tela do aparelho, faz cinc
Las Vegas...BiancaNervosa contínuo encarando o teste de gravidez nas mãos de Sirius, não sabia o que dizer. Conversamos sobre isso antes, mas aquilo parecia muito comercial, frio. Mas agora que estamos a sós, sinto que esse assunto é, mas íntimo. Desço o olhar para minhas pernas, encolho minhas mãos de volta ao meu corpo. Ouço um breve suspiro de Sirius, mas que não consigo distinguir sua emoção. Pelo canto do olho observo o mesmo deixa o teste sobre a mesa de ferro com detalhes em flores. O guarda-sol preso no centro da mesa projeta uma sombra, nos protegendo do sol. A mão de Sirius volta a tocar minha coxa causando leves arrepios, com o polegar ele faz círculos. Gosto da forma carinhosa como me toca, e seus gestos gentis. Sua forma de agir é completamente diferente da primeira vez que o vi, frio e carrancudo. Se Sirius, ágil desta forma comigo quando nos conhecemos. Não foi atoa que me casei com ele, e tive minha primeira vez.— olhe pra minha — um pouco relutante e envergonhada,
Las Vegas...BiancaResmungo e giro meu corpo na cama, afundo meu rosto no travesseiro quando a claridade começa a me incomodar. Com uma mão livre passeio entre os lençóis e os travesseiros procurando meu celular, o que é um completo fracasso. Minha cabeça começa a lateja, sinto pontadas dolorosas nas têmporas. Oh Deus! Porque o álcool existe? Meu corpo arrepia com o frio repentino, me enrolo nos lençóis quentes e aromados. Flashes da noite anterior surgem na minha mente. Nunca, mas vou deixar minhas irmãs me influenciar. A dor de cabeça que sinto vai ser um lembrete diário do porque eu não consumo álcool. A ressaca pode ser uma verdadeira cura contra o alcoolismo. Faço uma careta ao sentir algo estranho quando esfrego as pernas na tentativa de me aquecer. Abro os olhos, a luz que entra pela janela de vidro panorâmica que separa o quarto da varanda quase me cega, pisco algumas vezes até me acostumar com a claridade. Levanto o lençol encarando meu corpo nu, em questão de segundos minha
Las Vegas...BiancaAinda com as pernas bambas entro no local. A suíte é enorme e luxuosa, ainda, mas sofisticada do que eu estou hospedada. Lembro vagamente que não reparei nos detalhes do quarto em que acordei. Estava tão desesperada em sair que nem ao menos me dei ao trabalho de procurar minha lingerie, o que me lembra de que não uso nada por baixo do vestido. Aperto minhas coxas uma na outra ao parar ao lado do sofá, cruzo os braços na altura dos meus seios, o tecido é fino o suficiente para marcar meus mamilos rígidos. Dobro meus dedos do pé nervosa sentindo o carpete macio. Meus olhos vão ao seu encontro, o terno de três peças marcando bem seu corpo, agora, mas de perto posso notar o quão másculo ele é, diferente dos garotos jovens com quem estudei. Seus olhos se fixam aos meus, quase me sinto sendo esmagada por sua íris azul oceânico. Nunca vi olhos tão frios antes, mas inegavelmente atraentes. O cabelo escuro devidamente penteado para trás, mas uma mecha banca se destaca no m
Las VegasBianca― Bianca! Saí dessa cama agora!Amanda puxa minha coberta tentando me descobrir, mas continuo enrola nos lençóis.— deixa ela Amanda, não está vendo que ela não se sente bem.Amanda ouve o sermão de Margo, e solta o lençol. Fiquei aliviada quando cheguei e vi que nenhumas das duas estavam aqui, e que pelo estado que estava o quarto. Elas não voltaram ontem à noite, assim como eu. Pela milésima vez o que aconteceu hoje de manhã passa pela minha cabeça, o fato de eu ter acordado na cama de um homem estranho, ter transado com ele e consequentemente ter ficado grávida. Oh Deus! Qualquer coisa menos isso, gosto de crianças, mas não quero ter uma agora, e muito menos de um cara que não conheço. Lembro como seus olhos azuis oceânicos eram ferozes, e frios. A maneira curta e grossa como ele falava, mas que estranhamente me causava um friozinho na barriga. A forma rouca como sua voz soou ao falar meu nome, sua maneira bruta. Mal consigo acreditar que dormi com ele, Sirius não
Las VegasBiancaOuço um som persistente de "bip". Não estou familiarizada com esse barulho, mas sei que pertence a alguma máquina hospitalar. Sinto o cheiro de desinfetante e álcool, minha pele arrepia com o frio. Tento mover minha cabeça, mas para ao sentir náuseas. Tento falar algo, mas desisto, minha garganta está estranhamente dolorida. Fico parada, ainda sinto um pouco de tontura e dores pelo corpo, tenho a sensação que meu corpo foi jogado de um prédio. Vagamente lembranças do que aconteceu vão surgindo na minha mente. Toco minha perna, dou um leve beliscão, a dor aguada é imediata. Eu não morri! Obrigada Deus! Obrigada! Obrigada! Obrigada! Mas o que aconteceu comigo! Eu só lembro de sentir uma dor muito forte, a sensação de sufocamento ainda me assombra. A imagem de Sirius surge em meus pensamentos. A forma como ele me tomou em seus braços, sua feição preocupada. Aquela foi à primeira vez desde que nos vimos que vi sua postura de homem de negócios vacilar. O Sr. Gelo, não é to
Las VegasBianca O silêncio no quarto hospitalar era mútuo, meu corpo tinha travado completamente ao ouvir suas palavras. Meus olhos estão fixos em Sirius. O mesmo retribui meu olhar, uma sobrancelha erguida, a boca em uma linha reta e os braços cruzados em frente ao corpo. O que, mas me assusta é sua expressão imparcial, e a maneira leviana como age após soltar essa bomba. Fico em dúvida se ele está ou não dizendo uma simples piada, mas pelo pouco que conheço Sirius, ele não aparenta ser um homem que faz piadas em momentos sérios. Ele não pode está falando sério! Ou pode? Vários pensamentos começam a me ocorre, eu não posso ter feito algo assim, séria muito inconsequente e uma borrada sem igual. Não me lembro de ter assinado nada, nem mesmo assinei os papéis que Tomas, pediu. Também recordo que Sirius, não insistiu que eu fizesse. Forço meu subconsciente, mas só uma resposta é plausível. Desvio meus olhos quando seu olhar começa a me pesar, é bem óbvio que ele sabe o que estou pensa