CAPÍTULO 39 Halina

— Corta mais fino. — Peço, pegando uma fatia de tomate mal cortada e comendo.

Rodolfo ri, negando com a cabeça. — Sim, chefe.

Ele começa a cortar os tomates com tanta precisão que chega a me surpreender.

— Nossa, como você consegue?

Levanto uma rodela de tomate perfeita e quase transparente.

— Tenho certa habilidade com a faca.

Um arrepio percorre minha coluna, e um pequeno fragmento do meu sonho vem à mente.

— O que foi? — Pergunta Rodolfo, deixando a faca de lado e segurando meu queixo.

Olho para suas mãos e, por um momento, me lembro das mãos do jovem no sonho.

— Nada. — Respondo, me afastando e virando-me para o fogão. Levanto a tampa e sinto o aroma incrível do risoto.

— Halina. — Ele me abraça e fecho os olhos, encostando minha cabeça em seu peito. — O que foi, vida minha?

— Lembranças do sonho.

— Você precisa me contar. Como vou saber o que fazer se você não me diz nada?

Viro-me e encaro seu olhar. Seu rosto perfeito está envolto em uma carranca questionadora. Eu sei que deveri
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