Aproveitei que Halina estava em uma conversa com Paola e Helena e saí um pouco da festa para pensar. Minha mulher se tornou alguém que eu jamais poderia imaginar... ou talvez esse lado assassino sempre estivesse ali, reprimido por ela.Já se passaram cinco meses, mas ainda me lembro claramente dela me entregando o machado, a autoridade em suas palavras, e a maneira como ela resolveu sozinha o assunto com Zael.Eu estava louco para matar aquele desgraçado, e por isso adorei vê-la enfrentá-lo. Foi o despertar dela, o momento em que finalmente revelou quem realmente era, e eu amei presenciar aquilo. Me regozijei ao saber que Halina não é apenas um rosto angelical, com olhos azuis hipnotizantes e uma boca deliciosamente perfeita, ela é também uma mulher forte e decidida, e isso me fascinou. Ninguém se atreveria a cruzar o caminho dela, não duas vezes.Era disso que eu precisava. Depois daquele dia no galpão, tive a certeza absoluta de que havia escolhido a mulher certa. Halina é perfeita.
— Sim, eu entendo perfeitamente. — Murmuro, observando Helena de longe. — Pensei várias vezes em como tirá-la do seu caminho, na esperança de que você voltasse a ser como era antes. — Confesso, sentindo o peso das minhas antigas intenções. — Foi o acidente dela que me fez parar e refletir. E, por um milagre, tudo se resolveu.A verdade é que o destino deu uma volta inesperada, forçando todos nós a nos ajustarmos. O acidente não apenas mudou o rumo de Alexander, mas também o meu ponto de vista para toda a situação. Olho para Helena novamente, e sei que, apesar dos desafios, certas batalhas não valem a pena serem lutadas.— Helena foi a única vítima da história, e você sabe disso. — Fala. — Mas entendo o seu lado protetor. Você só fez o que foi treinado para fazer.Olho para Alexander, que observa sua esposa com um carinho que quase chega a ser palpável. Sorrio, admirando o amor que ele sente por Helena. — Ela está segura agora.Ele assente, a expressão de determinação se firmando em se
Onde seria o lugar perfeito para passar a lua de mel? Muitos diriam Toscana, Itália; outros, Paris, França; e até mesmo Ilhas Fiji ou Bali, Indonésia... mas a minha lua de mel não será em nenhum desses lugares.Quando desço do carro e retiro meus óculos escuros, mal consigo acreditar que estou na Disney.Sorrio, quase infantilmente, ao ver o castelo ao longe, como se estivesse vivendo um daqueles sonhos de infância que nunca imaginei que se tornaria realidade. Rodolfo me observa em silêncio, com aquele olhar que mistura diversão e adoração. Ele sabia o quanto eu queria estar aqui, mas sempre imaginei que, sendo quem ele é, eu acabaria vindo sozinha.Quando ele disse que escolheria o destino da nossa lua de mel, até pensei que seria Roma ou Japão. Ele manteve tudo em segredo, e ao descermos do avião nesta manhã, entramos direto no carro e viemos para cá.— Disney? — pergunto, surpresa.— Sim. — Ele murmura, com um sorriso discreto no canto dos lábios, avaliando minha reação.— Não acre
Eu nunca gostei da submissão, porque ela faz com que muitas mulheres percam seu brilho. Ainda me lembro do olhar triste de minha mãe e de sua submissão ao meu pai, que a levou à morte. A submissão mata, humilha e destrói. Era isso o que eu pensava... até me ver de joelhos diante do homem que jurou me amar.Rodolfo parece um rei, deitado entre os travesseiros, me olhando como se dependesse do meu toque para sobreviver...E talvez ele dependa mesmo!Sinto uma onda de poder percorrer meu corpo ao tocá-lo. Quando meus dedos envolvem sua ereção, posso sentir a tensão crescente entre nós, e o desejo dentro de mim só aumenta. Cada movimento, cada toque cuidadoso faz com que ele emita um gemido baixo, quase um sussurro, que reverbera em meus ouvidos.Ao deslizar seu pau até minha boca, sinto sua pele quente e pulsante contra a minha língua. O levo o máximo que posso, e isso desperta algo primal dentro de mim. Minha respiração se intensifica à medida que percorro cada centímetro com a língua,
Sete anos depois...Estava no galpão, conduzindo um interrogatório importante, quando o telefone tocou. Era Halina, sua voz trêmula informando que estava começando a sentir dores. Larguei tudo sem pensar duas vezes e saí correndo. Desde o momento em que Halina ficou grávida, meu mundo virou de cabeça para baixo. Com nove meses, ela estava prestes a dar à luz, e meu cuidado com ela havia se redobrado. A ideia de deixá-la sozinha enquanto as dores do parto começavam era insuportável.Mesmo com a ajuda de Alexander e Apolo, a sensação de que não era suficiente me consumia. As tarefas se acumulavam, e eu me via constantemente dividido entre o que precisava ser feito e a ansiedade de estar presente para ela. Ao entrar em casa, meu olhar encontrou Halina na sala. Sua expressão refletia dor, e ela andava de um lado para o outro lentamente, como se estivesse contando os passos. Um nó se formou em meu estômago.— Como você está se sentindo? — perguntei, me aproximando.Ela sorriu, mas a agoni
Eu amo Nova York, e só a pequena menção de ir embora daqui me parte o coração, ainda mais agora que Halina está feliz e casada. Eu queria participar desse momento de tranquilidade com minha irmã, depois de tantos anos separadas. Não consigo acreditar que, em vez de ficarmos juntas, vamos novamente nos separar, mas agora por motivos meus.Está tudo certo na Itália: apartamento comprado, contrato com a imobiliária fechado e até um emprego consegui, numa agência de modelos, trabalhando na área de design. Eu poderia abrir meu próprio negócio, mas, por enquanto, não. Não tenho cabeça nem ânimo para enfrentar mais nada; acho que já tive o suficiente da vida. Aprendi, desde muito nova, qual é o meu lugar.Observo as malas prontas. Irei viajar na manhã seguinte. Já me despedi de Halina, e foi um chororô; meus olhos ainda estão vermelhos e inchados. Esperei que ela voltasse da lua de mel, que durou quase um mês, enquanto cuidava do restaurante dela, que, para minha surpresa, ficou ainda mais i
Estou sentada há cerca de cinco minutos em um restaurante afastado do centro da cidade. Recebi uma ligação de um dos investigadores contratados para investigar o assassinato do meu pai. Graças ao meu trabalho no GRAN HOTEL, consegui recursos suficientes para pagar pelo serviço, e hoje ele me ligou dizendo ter boas notícias.Vejo-o atravessar as portas do restaurante acompanhado por um senhor que parece ser de nacionalidade japonesa. Sinto um frio na barriga, me perguntando se esse homem sabe de algo importante.O homem aparenta ter cerca de 50 anos, e seu sorriso se alarga ao me ver, o que me deixa um pouco incomodada.— Desculpe pela demora, Desirée. — diz Carlos, o responsável pela investigação, assim que se aproxima.Levanto-me e estendo a mão para cumprimentá-lo. — Não tem problema, sei que você anda muito ocupado. — Sorrio e olho para o senhor à nossa frente.— Este é Ren Katakana, ele tem uma proposta boa para você, e isso pode nos ajudar a chegar mais perto dos verdadeiros culp
🚦🚦Alerta de GatilhoEste livro contém temas sensíveis que podem ser perturbadores para alguns leitores. Elementos como violência, relacionamentos abusivos, traumas, conflitos familiares, temas de máfia e vingança são abordados. Recomendamos cautela ao prosseguir, especialmente para aqueles que possam ser afetados por esses temas.🚦🚦 Este é o segundo livro da série.BOA LEITURA 📚📚💗Halina Sari Eu tenho sonhos obscuros, em todos eles um jovem me persegue em uma floresta escura. Suas mãos, cheias de sangue, deixam rastros pelo caminho. Eu grito, mas ninguém vem me socorrer.Sempre nos sonhos me sinto desesperada e cansada, sabendo que a floresta nunca chegará ao fim e o jovem sempre estará um passo de distância. Quando olho para trás, vejo apenas sombras e sinto o cheiro do sangue cada vez mais forte. Me sinto sozinha e a falta de esperança faz minha ansiedade aumentar a cada momento, e eu não consigo encontrar uma saída, nessa roda gigante que está perseguição se tornou.Quando c