Eu nunca gostei da submissão, porque ela faz com que muitas mulheres percam seu brilho. Ainda me lembro do olhar triste de minha mãe e de sua submissão ao meu pai, que a levou à morte. A submissão mata, humilha e destrói. Era isso o que eu pensava... até me ver de joelhos diante do homem que jurou me amar.Rodolfo parece um rei, deitado entre os travesseiros, me olhando como se dependesse do meu toque para sobreviver...E talvez ele dependa mesmo!Sinto uma onda de poder percorrer meu corpo ao tocá-lo. Quando meus dedos envolvem sua ereção, posso sentir a tensão crescente entre nós, e o desejo dentro de mim só aumenta. Cada movimento, cada toque cuidadoso faz com que ele emita um gemido baixo, quase um sussurro, que reverbera em meus ouvidos.Ao deslizar seu pau até minha boca, sinto sua pele quente e pulsante contra a minha língua. O levo o máximo que posso, e isso desperta algo primal dentro de mim. Minha respiração se intensifica à medida que percorro cada centímetro com a língua,
Sete anos depois...Estava no galpão, conduzindo um interrogatório importante, quando o telefone tocou. Era Halina, sua voz trêmula informando que estava começando a sentir dores. Larguei tudo sem pensar duas vezes e saí correndo. Desde o momento em que Halina ficou grávida, meu mundo virou de cabeça para baixo. Com nove meses, ela estava prestes a dar à luz, e meu cuidado com ela havia se redobrado. A ideia de deixá-la sozinha enquanto as dores do parto começavam era insuportável.Mesmo com a ajuda de Alexander e Apolo, a sensação de que não era suficiente me consumia. As tarefas se acumulavam, e eu me via constantemente dividido entre o que precisava ser feito e a ansiedade de estar presente para ela. Ao entrar em casa, meu olhar encontrou Halina na sala. Sua expressão refletia dor, e ela andava de um lado para o outro lentamente, como se estivesse contando os passos. Um nó se formou em meu estômago.— Como você está se sentindo? — perguntei, me aproximando.Ela sorriu, mas a agoni
Eu amo Nova York, e só a pequena menção de ir embora daqui me parte o coração, ainda mais agora que Halina está feliz e casada. Eu queria participar desse momento de tranquilidade com minha irmã, depois de tantos anos separadas. Não consigo acreditar que, em vez de ficarmos juntas, vamos novamente nos separar, mas agora por motivos meus.Está tudo certo na Itália: apartamento comprado, contrato com a imobiliária fechado e até um emprego consegui, numa agência de modelos, trabalhando na área de design. Eu poderia abrir meu próprio negócio, mas, por enquanto, não. Não tenho cabeça nem ânimo para enfrentar mais nada; acho que já tive o suficiente da vida. Aprendi, desde muito nova, qual é o meu lugar.Observo as malas prontas. Irei viajar na manhã seguinte. Já me despedi de Halina, e foi um chororô; meus olhos ainda estão vermelhos e inchados. Esperei que ela voltasse da lua de mel, que durou quase um mês, enquanto cuidava do restaurante dela, que, para minha surpresa, ficou ainda mais i
Estou sentada há cerca de cinco minutos em um restaurante afastado do centro da cidade. Recebi uma ligação de um dos investigadores contratados para investigar o assassinato do meu pai. Graças ao meu trabalho no GRAN HOTEL, consegui recursos suficientes para pagar pelo serviço, e hoje ele me ligou dizendo ter boas notícias.Vejo-o atravessar as portas do restaurante acompanhado por um senhor que parece ser de nacionalidade japonesa. Sinto um frio na barriga, me perguntando se esse homem sabe de algo importante.O homem aparenta ter cerca de 50 anos, e seu sorriso se alarga ao me ver, o que me deixa um pouco incomodada.— Desculpe pela demora, Desirée. — diz Carlos, o responsável pela investigação, assim que se aproxima.Levanto-me e estendo a mão para cumprimentá-lo. — Não tem problema, sei que você anda muito ocupado. — Sorrio e olho para o senhor à nossa frente.— Este é Ren Katakana, ele tem uma proposta boa para você, e isso pode nos ajudar a chegar mais perto dos verdadeiros culp
🚦🚦Alerta de GatilhoEste livro contém temas sensíveis que podem ser perturbadores para alguns leitores. Elementos como violência, relacionamentos abusivos, traumas, conflitos familiares, temas de máfia e vingança são abordados. Recomendamos cautela ao prosseguir, especialmente para aqueles que possam ser afetados por esses temas.🚦🚦 Este é o segundo livro da série.BOA LEITURA 📚📚💗Halina Sari Eu tenho sonhos obscuros, em todos eles um jovem me persegue em uma floresta escura. Suas mãos, cheias de sangue, deixam rastros pelo caminho. Eu grito, mas ninguém vem me socorrer.Sempre nos sonhos me sinto desesperada e cansada, sabendo que a floresta nunca chegará ao fim e o jovem sempre estará um passo de distância. Quando olho para trás, vejo apenas sombras e sinto o cheiro do sangue cada vez mais forte. Me sinto sozinha e a falta de esperança faz minha ansiedade aumentar a cada momento, e eu não consigo encontrar uma saída, nessa roda gigante que está perseguição se tornou.Quando c
Nova York – 13 anos atrás...No galpão sombrio da máfia, a única coisa que se ouvia era o som dos socos que eu desferia no saco de pancada. Meus punhos, cobertos por ataduras malfeitas, se moviam com uma intensidade que eu nunca havia alcançado antes.A luz fraca das lâmpadas penduradas lançava sombras dramáticas sobre meu rosto, fazendo-me ficar mais atento a cada golpe lançado.Ao redor, observando de perto, estavam meu pai e seu subchefe, Hernandes. Eles avaliavam cada golpe que eu desferia com um sorriso satisfeito no rosto, o que fazia com que eu aumentasse a força e a precisão dos meus socos, como se cada golpe fosse um grito mudo de desafio e sobrevivência. Eu estava ciente de que, neste mundo, a força e a resistência seriam minhas únicas moedas de troca, e estava disposto a pagar qualquer preço para provar meu valor.Cada golpe fazia o saco de pancada balançar mais violentamente. O suor escorria pelo meu rosto, misturando-se com a determinação em meus olhos. Eu sabia que não p
Entro no quarto depois de um treino pesado e vejo Otávio atolado nos livros. Tiro a bermuda, jogando-a no cesto, e me preparo para entrar no banheiro quando sou parado por sua pergunta:— Ele não vem hoje? — Me viro e observo o caçula.Otávio, com 13 anos, ainda não foi inserido na máfia; em todas as seis tentativas, ele falhou miseravelmente. Tenho medo de que, em uma próxima falha, nosso pai o descarte.— Alexander está ocupado com os estudos e os hotéis, mas ele virá para sua iniciação.— Eu não quero isso, Rodolfo — diz, revoltado.Suspiro frustrado, enrolando-me em uma toalha e me sentando em frente a ele.— E você quer o que então? Morrer, já que não consegue matar?Ele abaixa a cabeça, e sinto um pouco de culpa por ter usado essas palavras. Se Alexander estivesse aqui, ele saberia o que dizer.— Eu não quero essa vida. Eu não nasci para isso.Olho para ele, vendo o medo e a confusão em seus olhos. É difícil encontrar as palavras certas, mas sei que preciso tentar.— Otávio, eu
NOVA YORK — Dois anos antes... — Eu só quero saber onde está minha filha, que inferno!Alexander vira a mesa, espalhando papéis pelo chão do escritório. Ele está completamente fora de controle. Meu pai observa, e é visível o ódio entre os dois. Vejo lágrimas não derramadas nos olhos de Alexander. Ele não reagiu assim quando Sônia foi morta pela Yakuza há um mês. Mas agora, com o sequestro de Alice, meu pai ultrapassou todos os limites. Nem eu posso perdoá-lo desta vez.— Você vai ou não vai fazer o que te mandei? — Nosso pai pergunta, inabalável, enquanto tira um charuto do bolso e o acende. — É uma vergonha ter que sequestrar sua filha para te convencer a comer uma buceta.Alexander o encara, com uma intenção assassina, entretanto, consciente de que não temos muito a fazer no momento. Infelizmente se meu pai morrer agora, nunca mais encontraremos Alice.Eu não queria que meu pai morresse, mas, chegando a este ponto, percebo que, se não colocarmos um fim nisso agora, Alice poderá s