Eu estava deitada com Rodolfo no sofá, encostada em seu peito. Sentindo o calor de sua pele exposta contra a minha, enquanto sua mão acariciava meus cabelos de forma quase instintiva, como se fosse um gesto natural entre nós. Suspirei suavemente ao deslizar minha mão pelo seu abdômen definido, sentindo cada contorno dos músculos até chegar ao seu rosto. Com um movimento delicado, me ajeitei para alcançar seus lábios, buscando um beijo que parecia ser a única forma de expressar a mistura de emoções que sentia naquele momento. — Paola quer conversar com você. — Digo, observando sua reação ao pronunciar essas palavras. Rodolfo sorri, inclinando-se para beijar meus lábios. — Eu também preciso falar com ela. Concordei, tentando me convencer de que Paola e Rodolfo, como dois adultos, saberiam conversar civilizadamente. Rodolfo deslizou a mão pela minha cintura, me puxando para mais perto, enquanto sua expressão se tornava mais séria. — Alexander quer que você vá ao enterro amanhã. — E
Estávamos conversando, eu e meus irmãos um pouco afastados dos presentes no funeral de Antônio quando o carro que trazia Halina parou. Fixei os olhos no veículo e, quando as portas se abriram, a primeira coisa que vi foram saltos vermelhos. Halina desceu e fechou a porta, e eu não estava preparado para a visão que se apresentou. Ela estava vestida de forma completamente inusitada para um funeral, um elegante conjunto de saia e blazer brancos com detalhes vermelhos. Em suas mãos, havia um ramo de cravos amarelos. Halina colocou os óculos escuros e aguardou enquanto Paola se aproximava para encontrá-la. As duas caminharam juntas, e com a cabeça erguida, encaravam todos ao redor. Ela se aproximou e se sentou em uma cadeira reservada à frente do caixão, ao lado de Damon, que a olhou de forma curiosa. O lugar estava claramente reservado para ela, enquanto Paola, ficou em pé ao seu lado. Um murmúrio discretamente crescente percorreu o local quando Halina se acomodou. Um pequeno sorriso
Cheguei ao GRAN HOTEL às duas da tarde. Eu quase não venho aqui, pois meus negócios estão concentrados no galpão da máfia. Sou responsável por todo o transporte de mercadorias do submundo, e prefiro assim; lá eu faço o que gosto e não preciso me esconder. Não tenho traumas de infância; fui amado pela minha mãe, idolatrado pelo meu pai e sempre tive uma convivência boa com meus irmãos, familiares e amigos. Faço o que faço dentro da organização porque gosto. O tempo que sinto faltar é o tempo em que era o executor da Cosa Nostra. Todos, não importava quem fossem, passavam pelas minhas mãos, e eu nunca me importei. Aquela era minha missão e eu amava cumpri-la. A primeira pessoa que executei tinha 14 anos e eu, 11. A idade não importava; o que contava era a lealdade à causa e a eficácia na missão. Desde então, a vida no submundo moldou meu caráter e minhas habilidades, e cada tarefa, por mais sombria que fosse, me aproximava mais do que eu considerava como meu verdadeiro propósito. — S
— Você está incrivelmente linda. — Ouço Fabiano dizer assim que entro no escritório do restaurante. Neguei com a cabeça, sorrindo. Esse homem realmente não desiste. Estamos há um mês nesse jogo em que ele lança seu charme, e eu ignoro. — Como estão as coisas por aqui? — pergunto, observando Fabiano organizar alguns processos inacabáveis que meu pai deixou. Os únicos assuntos impecáveis são a rede imobiliária, essa ele cuidou com todo prazer. — Do mesmo jeito. Vou precisar que você e Paola assinem alguns documentos. — Tudo bem. Vou esperar Paola, e assinamos juntos. Fabiano assentiu, mas seus olhos permaneceram fixos em mim por um momento mais longo do que o necessário. Havia algo na sua expressão que misturava admiração e carinho. Ele finalmente desviou o olhar, voltando aos papéis à sua frente. — Eu realmente aprecio o fato de que você está se dedicando tanto a esse negócio. — Ele disse, com um tom mais sério. — A maioria das pessoas na sua posição deixaria isso nas mãos de a
A noite trouxe consigo um turbilhão de pensamentos sombrios. A palavra "casar" ecoava na minha mente como se fosse um bicho-papão pronto para sair debaixo da cama e me engolir. Eu estava com Rodolfo há quantos dias? Três? Minha ansiedade parecia aumentar a cada segundo, e a ideia de enfrentar todos esses problemas de uma vez me deixava paralisada. — Você ainda está pensando sobre o que eu te disse. — A voz da Paola me tira dos meus devaneios. Ela entra na cozinha enquanto eu preparo um chá de camomila, na esperança de que ele acalme meus nervos. O vapor do chá sobe lentamente, mas não consigo me concentrar no aroma calmante. Minha mente está a mil. E se ele achar ruim quando eu pronunciar que não quero me casar agora? E se ele achar que estou apenas o enrolando? Ou pior, pensar que só o usei para me livrar de Antônio? O pensamento me consome. Fecho os olhos e respiro fundo, tentando afastar a onda de medo que ameaça me engolir. — Não sei como dizer que não quero me casar com e
Por mais desequilibrada que minha mente estivesse, não pude deixar de sorrir e esquecer minhas preocupações assim que abri a porta. Uma sensação de alegria tomou conta de mim ao ver Rodolfo segurando um imenso buquê de rosas rosadas. Não consigo descrever exatamente o que senti no momento, mas sei que nunca esquecerei esse gesto de carinho. — Oi. — Ele diz, sorrindo, fazendo meu coração disparar. — Não acredito. — Consegui dizer, ao me aproximar e pegar o buquê. Uma sensação de ternura e surpresa me envolveu, fazendo com que o mundo ao redor parecesse desvanecer por um momento. Rodolfo sorriu, aproximou-se e segurou minha nuca com delicadeza. Seus lábios encontraram os meus em um beijo tão intenso e apaixonado que fez meu mundo girar. O contato era elétrico, e eu me entreguei completamente àquele momento, esquecendo todas as dúvidas e medos. — Não precisava se incomodar. — Olho novamente para as flores. Sinto o carinho dele em cada pétala, e as lágrimas começam a acumular enquanto
Quando chego ao topo, Rodolfo me segue, subindo com uma facilidade que só reforça o quanto ele está familiarizado com o lugar. Ao entrar na casa, sinto um misto de surpresa e alívio. O interior, ao contrário do exterior, é acolhedor, com móveis simples e bem cuidados, como se alguém tivesse passado tempo ali recentemente. Há um grande tapete no chão, coberto com várias cobertas e travesseiros. A atmosfera é acolhedora e intimista, um refúgio confortável longe do mundo lá fora. — É aqui que você vem para pensar? — Pergunto, virando-me para ele enquanto ele fecha a pequena porta atrás de nós. — Sim. — Ele responde, com um sorriso suave. — Aqui, estou longe de tudo e de todos. É onde posso ser eu mesmo. — É bonito... e calmo. — Comento, andando pelo espaço pequeno, tocando as paredes de madeira e os poucos objetos que decoram o lugar. Organizo alguns travesseiros e me sento, encarando o ambiente ao redor. Há três nichos. O primeiro exibe fotografias de família, o segundo contém tro
Eu nunca senti nada tão intenso como sinto por ela. Eu nunca senti vontade de me entregar ou ao menos tentar fazer o que é certo como sinto por ela.Eu quero Halina de uma maneira que nunca quis ninguém, eu preciso colocar na cabeça dela o quanto nós dois somos perfeitos juntos.Ajudo ela tirar a blusa, e observo seus seios rosados. Eu amo a pele macia e cheirosa que ela tem, o cheiro de morango que exala dos seus cabelos me fascina, seu sorriso ilumina minhas noites e eu só consigo pensar, no tanto que eu preciso dela.— Rodolfo. Escutar Halina pronunciar meu nome através de gemidos, é como ouvir os acordes do paraíso.Ela não sabe o quanto minha mente fodida se derrete por ela ou como minhas tempestades internas correm somente ao ouvir sua voz.— Sim, vida minha. Qual é o teu desejo. — Tomo um de seus seios, descendo minha boca pela barriga vendo sua pele se arrepiar.Me afasto para arrancar a calça do pijama encontrando uma calcinha minúscula que faz meu amigo pulsar. A tiro sem pe