CAPÍTULO 51 Otávio

Meus pensamentos vagueiam para o dia em que vi Desirée pela primeira vez. Ela estava saindo de casa, vestindo uma calça jeans surrada e uma regata lilás. Caminhava apressada, com o rosto carregado por uma expressão que denunciava irritação. Seus cabelos estavam amarrados no alto da cabeça, os pequenos cachos ruivos balançando a cada passo decidido. A certa altura, ela parou, puxou um casaco marrom de dentro da bolsa rosa e o vestiu com pressa. A segui até o ponto de ônibus, onde ela esperou impacientemente até embarcar e desaparecer em seu destino.

Durante um mês e meio, foi assim: eu a observando de longe, encantado por suas múltiplas facetas. A vi alegre, triste, contrariada e até chorando. Cada emoção parecia desenhar uma nova camada da mulher que começava a dominar meus pensamentos.

Eu a queria, por Deus... como a queria!

Quando finalmente consegui trazê-la para perto de mim, pensei que seria minha vitória, mas foi minha derrota. Porque agora, ao invés de apenas vê-la, eu podia se
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