CAPÍTULO 38 Desirée

Assim como você!

Suas palavras são como uma adaga cravada no meu coração. Um riso incrédulo escapa dos meus lábios, mais como um reflexo do desespero do que qualquer outra coisa.

— Eu posso ter sido gerada por ela, mas isso não significa que sou como ela! — digo, com a voz carregada de frustração. — Por Deus, Otávio, olha bem para mim! Sei que nos conhecemos há apenas um ano, mas já deveria ser tempo suficiente para você saber quem eu sou de verdade.

Jogo os papéis para o lado, recusando-me a encarar aquelas verdades desconfortáveis. Não quero ver nada relacionado a ela, aquela mulher que parece envenenar minha existência.

Otávio continua em silêncio, seus olhos fixos em mim, como se estivesse aguardando pacientemente o momento em que a realidade me atingirá de verdade. Sua calma me assusta mais do que qualquer palavra.

Passo os olhos para o segundo envelope, ainda sobre a mesa. O número "2" escrito em letras grandes parece um aviso. Um medo profundo se instala em meu peito, como se
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