Comecei a tossir, em desespero, não conseguindo me mover, tamanha surpresa pela forma como fui tomada por ela.Jadis virou-me de frente para ela, dando tapinhas leves nas minhas costas, a fim de fazer-me acalmar a tosse.Só podia ser um pesadelo. Sim, logo eu abriria os olhos e perceberia que adormeci no banheiro do Bordel Califórnia.Pisquei os olhos, repetidas vezes e Jadis me encarou, sorrindo, enquanto pegava meus cabelos num rabo de cavalo e depois os descansava no ombro. Encarei-a e a vi chupando os dedos com os quais me tocou, mordendo os lábios sedutoramente logo em seguida.- Não me diga “não”, bebê... Vai ser gostoso, eu garanto. Se você não gostar, tudo bem. Mas me dê uma chance de mostrar tudo que eu sei fazer...- Eu sou hétero... – Arregalei os olhos, parecendo estar vendo um monstro à minha frente.- Eu sou bi... E está tudo bem. – Sorriu.Tentei desvencilhar-me dela, que praticamente me imprensava contra o balcão da pia. Jadis era forte.- Eu vou gritar! – Ameacei, com
- Eu acho que você não tem ideia, Milano.Ele sorriu amargamente:- Quando vai me chamar de pai novamente?- Eu... Não sei.- Sei que nos conhecemos há pouco tempo, mas o que sinto por você é muito, muito forte. E verdadeiro.- Eu... Gosto de você também.- De tudo que a vida me tirou, você é a melhor coisa que ela me devolveu.- Sinto não termos vivido tantas coisas juntos... – Sorri, imaginando no quanto ele seria um bom pai na minha infância e adolescência.- Liah, eu...Senti um cheiro ainda mais forte vindo da porta principal, embrulhando meu estômago.- Acho... Que queimou a comida! – Observei, fazendo careta.Ele riu:- Creio que já tenha vindo tudo pronto para cá. Mas sim, parece que algum dos pratos não saiu muito bem... Tive a impressão de ter visto fumaça.- Não está sentindo cheiro forte de algo queimando?- Sim...Fui até a porta principal e a abri. Tinha fumaça vindo do andar de baixo, pelas escadarias. O som de algo pesado caindo ecoou pelo corredor, fazendo-me dar um s
Ouvi os gritos de Jadis e Cristiano e abri os olhos, sentindo o impacto do corpo do meu pai no meu, em seguida caindo aos meus pés. A camisa branca dele começou ensanguentar na região da barriga e eu não consegui ver mais nada a não ser os olhos embaralhados pelas lágrimas e fumaça:- Pai! – Gritei em desespero.Outro estrondo e algo caiu do teto, atrás de Tessália. Com a arma apontando sem mirar em algum lugar específico, a vi passando as mãos no rosto, atordoada. A pele estava escurecida pela fuligem.- Precisamos ir, Liah... – Cristiano tentou me puxar pelo braço.- Não! – gritei – Eu não vou deixar meu pai.- Ele está morto, Liah! – Jadis falou.- Não! Não! – Sentei ao lado dele, disposta a ficar ali, na certeza de que não o deixaria.- Liah, você vai morrer aí com ele. – Cristiano disse preocupado, mas logo em seguida correndo em direção à Recepção do Hotel, por onde o fogo já começava a se alastrar.- Pai, olhe para mim... Por favor, não morra! Eu preciso de você! Não me deixe a
- Rosela, eu preciso ir até o Hospital. – Chain disse.- Vou com você. – Falei.- Precisamos ir logo, Liah... Tenho que saber se Milano vai ficar bem.- Sim, vamos, Chain.Enquanto me encaminhava para o carro dele, vi Jadis, sendo amparada por Cristiano. Parei e a olhei. Naquele mesmo momento, ela virou o rosto na minha direção. Caminhei até ela, devagar, incerta do que exatamente dizer.Quando ficamos frente a frente, falei, de forma gentil:- Obrigada... Por não ter me abandonado lá dentro.Ela deu um passo e pegou minha mão:- Nada do que eu lhe disse foi da boca para fora... Absolutamente nada. – Garantiu.- Obrigada! – Falei, ignorando o que ela tentava expressar.Retirei minha mão da dela e virei as costas, vendo que Chain estava atrás de mim. Ele pegou minha mão e perguntou:- Do que ela estava falando?- Nada... Nada importante. – Falei, atordoada.Sim, Cristiano havia fugido, como sempre. Mas ela ficou lá... O tempo todo comigo.Chain colocou-me sentada no banco do carro e pu
Assim que o vimos, levantamos imediatamente, ansiosos por respostas.- Bom dia. – O jovem médico cumprimentou-nos.Assim que respondemos cordial e nervosamente, ele completou:- Milano Archambault Chalamet está fora de perigo. Removemos a bala sem maiores problemas. Ele inalou muita fumaça e por isso ainda está no oxigênio. Mas neste momento se encontra acordado, pois passou o efeito da anestesia.- Podemos vê-lo?- Sim, podem. Mas comecemos por Candy, que é por quem ele pede... – ele olhou para mim e depois para Merliah, em dúvida.Senti meu coração acelerar. O bebê mexeu e toquei minha barriga, sorrindo. Parecia que sentia a mesma felicidade que eu. O papai estava vivo... O amor de nossas vidas havia nos dado uma nova chance.- Prometo ser breve – falei, dando um beijo na testa de Merliah.- Não tenha pressa, mãe. Você esperou mais de vinte anos por dar esta resposta. – Ela sorriu.Respirei fundo e segui pelo corredor, encaminhada por uma enfermeira.- Ele ainda está na sala de recu
As mãos de Chain passearam pelas minhas costas, apertando as nádegas com força. Uma das minhas mãos segurava sua nuca e a com a outra peguei a dele, trazendo-a para um de meus seios, retesados. Chain alisou-o sob o vestido e depois desceu o tecido, libertando-o do sutiã.A boca deixou a minha e imediatamente moveu-se em direção a areola, lambendo-a demoradamente, circulando o mamilo sem pressa antes de atacá-lo, chupando com força, deixando escapar um gemido gutural.Fui movendo-me para trás, deixando meu corpo recostado na porta. Arqueei-me, para lhe dar mais possibilidade de movimento. Chain não levantava dali, sugando-me com avidez.O outro seio foi retirado para fora também, e agora os dedos dele apertavam o mamilo com força, fazendo-me gemer, ainda mais excitada.Levantei as pernas, dobrando-as sobre o banco e abrindo-as, para lhe dar ainda mais acesso aonde eu queria que ele chegasse. Achei que estava demorando-se muito nos seios e puxei-o pelos cabelos, tomando seus lábios, mor
Entrei em casa e fui diretamente para meu quarto. Eu precisava urgentemente de um banho. E antes de fazer qualquer outra coisa, me dei ao luxo de ficar trinta minutos limpando a sujeira do meu corpo e tentando tirar junto a dor que carregava em meu peito.Enquanto escovava os cabelos, ainda úmidos, vi Davina através do espelho. Assim que me virei em sua direção, ela correu até mim, abraçando-me carinhosamente.Deixei minha cabeça descansar no ombro dela, sentindo-me totalmente amparada.— Como se sente, Liah?— Estou bem.— E nossa família?— Todos bem. Meu pai levou um tiro, mas está fora de perigo.— Eu soube... Sinto muito.— Mamãe está com ele.— Mas... E o estado dela?— O quarto oferece muito conforto. Tem banheiro próprio, com chuveiro quente e inclusive uma cama será colocada lá para ela. Mamãe só precisa de roupas confortáveis e itens de higiene pessoal para que possa tomar um bom banho. Se puder separar as coisas dela, agradeço Davina.— Farei isso imediatamente. E mandarei
- O que... Foi isso? – Senti o calor que meu corpo produzia parecer mais intenso que o fogo que consumiu o Hotel Califórnia.- Isso foi uma calcinha rasgada... Por um homem desesperado.- Apague meu fogo, Chain...Ele nem retirou a cueca, somente abaixando-a e enfiando-se dentro de mim, com força.Deus, aquilo estava mesmo acontecendo! Meu corpo vibrava intensamente ao toque dele, como se o sangue voltasse a correr por cada veia que havia secado enquanto ele me evitava.Nossos corpos começaram a chocar-se, ritmados, o som ecoando pelo quarto, meus gemidos incontidos com cada estocada. As mãos de Chain, fortes, seguravam minhas nádegas, para que pudesse entrar o mais profundamente possível, acabando com minha sanidade frente àquele momento de prazer e luxúria.Ele me fodia olho no olho. Eu conseguia observar o brilho do seu olhar, todo desejo por mim exalando não só do seu corpo, mas também de sua alma.Quando Chain puxou meus ombros para baixo, senti que não havia mais um centímetro d