Pai (II)

- Eu acho que você não tem ideia, Milano.

Ele sorriu amargamente:

- Quando vai me chamar de pai novamente?

- Eu... Não sei.

- Sei que nos conhecemos há pouco tempo, mas o que sinto por você é muito, muito forte. E verdadeiro.

- Eu... Gosto de você também.

- De tudo que a vida me tirou, você é a melhor coisa que ela me devolveu.

- Sinto não termos vivido tantas coisas juntos... – Sorri, imaginando no quanto ele seria um bom pai na minha infância e adolescência.

- Liah, eu...

Senti um cheiro ainda mais forte vindo da porta principal, embrulhando meu estômago.

- Acho... Que queimou a comida! – Observei, fazendo careta.

Ele riu:

- Creio que já tenha vindo tudo pronto para cá. Mas sim, parece que algum dos pratos não saiu muito bem... Tive a impressão de ter visto fumaça.

- Não está sentindo cheiro forte de algo queimando?

- Sim...

Fui até a porta principal e a abri. Tinha fumaça vindo do andar de baixo, pelas escadarias. O som de algo pesado caindo ecoou pelo corredor, fazendo-me dar um s
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