Despertei junto do corpo de Chain, deitada em um de seus braços, com o outro me aprisionando, como se eu fosse capaz de fugir. Ri sozinha... Mal sabia ele que eu não queria sair dali jamais.Percebi, pela falta de luminosidade externa, que havia anoitecido. Porra, que horas seriam?Vagarosamente retirei o braço dele que estava sobre mim e fui para o banho. Estava completamente cambaleante e minhas partes íntimas chegavam a arder de tantas vezes que transamos. Sorri ao observar-me nua no espelho, com as marcas dele pelo meu corpo. Eu não estava disposta a abrir mão daquilo nunca mais.Tomei um banho rápido e quando saí do banheiro Chain ainda dormia. Vesti-me e sentei sobre a cama, beijando-o. Ele abriu os olhos e sorriu, derretendo meu coração ainda mais.- Se é um sonho, não me acorde, por favor! – Abriu os olhos repetidas vezes, parecendo não querer acordar.- Não é um sonho, senhor “Chamalet”. Sou eu, sua esposa – levantei sua mão e toquei-lhe a aliança – A propósito, se retirar is
- Às vezes fico me perguntando o que me fez parar neste parque naquela noite, do nada. Então penso que pode ter sido o destino... As linhas das nossas mãos traçadas, como dona Dóris mencionou.- Entrou na tenda... Do nada. Foi meu primeiro cliente... – comecei a rir – E último também.- Eu já disse que você era uma péssima leitora de mãos?- Não... – Comecei a rir – Você tentou me beijar.- Na verdade, eu quis pagar você.- Engraçadinho...Descemos do carro e enlaçamos nossas mãos com força. Era aquilo que eu queria... Para sempre.Fiz Chain provar maçã do amor e depois fomos para a fila da roda gigante, ansiosos, feito duas crianças. Assim que chegou nossa vez, entramos na cabine já tão conhecida. Nossa “gaiola”, desde sempre, onde nos trancamos desde a primeira vez... E a partir de então, nunca mais fomos livres, pois nossos corações se prenderam.Sentamos lado a lado e escorei a cabeça em seu peito:- Ainda lembro de quando descobrimos sobre o nosso parentesco e viemos para cá, ten
Assim que descemos do carro, na garagem da mansão, demos as mãos e entramos pela porta principal. Estávamos decididos a ficar juntos e nada nem ninguém mudaria nossos planos.Porém eu imaginava que talvez encontrasse Luan e Mikaela nos esperando. Mas o que vimos foi Milano e Candy.Assim que nos avistaram, eles fixaram os olhos nas nossas mãos.- Onde estão Mikaela e Luan? – perguntei.- Mikaela e Luan? – Candy riu ironicamente – Acha mesmo que estariam esperando por vocês? Foram embora, tão logo vocês saíram feito loucos, brigando como um casal que nunca se separou, morrendo de ciúmes um do outro.Olhei para Chain, que disse tranquilamente: - Calma, Liah. Vamos falar com eles... Só não aqui.- Eu não queria que fosse assim... – Respondi a Chain.- Queria que fosse como? – Candy indagou, furiosa.- Queria que jamais precisasse ter me envolvido com alguém para tirar Chain da minha cabeça. Tem ideia que usei uma pessoa inocente por conta do que “vocês” fizeram comigo? – Gritei, cansada
- O engraçado é que gostei dela antes mesmo de conhecê-la... Parece que eu sabia que ela tinha meu sangue... – Ele alisou meus cabelos.Puxei Chain e fiquei entre os dois, me sentindo tão pequena e ao mesmo tempo protegida por aqueles homens grandes:- Serei eternamente grata por tê-los na minha vida.- Agora vamos subir, Liah... Você precisa descansar. – Chain disse.- Espero mesmo que descansem... Eu não me sentiria bem... Bem, vocês sabem... – Milano abaixou o olhar.Chain riu:- Quer que eu respeite sua casa, “sogro”?- Ah, Chain, seu desgraçado. Isso não soa nada bem e você sabe.- Pois me soa bem... “Sogro”.- Prefiro ser seu irmão do que seu sogro, acredite. E vão logo... Porque não quero fechar os olhos e ver na minha mente a cena que presenciei no seu escritório na Partenon... Sou capaz de partir sua cara, Chain.Chain riu e pegou minha mão. Subimos as escadas juntos e fomos diretamente ao quarto onde um dia dormimos juntos, como marido e mulher.- São tantas lembranças, Chai
Assim que ouvi o chamado para o embarque no meu voo, dependurei-me em Chain, dengosa:- Eu vou morrer de saudade!- Eu também... Mas prometo ligar todos os dias, já que agora a senhora tem um telefone.- Eu quase nem uso. Mas já que está garantindo que vai me ligar diariamente, creio que não vá mais me separar dele.- Amo você, esposa!- Amo você, marido! – Toquei seus lábios com os meus.Chain pôs o dedo no meu lábio inferior:- Milano quer me matar por conta disto. Mal ele sabe que você é a culpada, por exigir que eu a morda.- Só queria levar uma lembrança, meu amor! – Pisquei.Quando vi que não havia mais tempo, separei-me dele, a contragosto:- Vou pensar em você o tempo todo, Chain. E torcer para o tempo passar depressa.- Vai passar. Vou ligar para o doutor Telles e já ver a questão do novo casamento. Com comunhão de bens desta vez.- Hum... Vou pensar! Vai que eu seja a quarta pessoa no testamento. – Comecei a rir e joguei-lhe um beijo, de longe – Preciso mesmo ir... – Lamente
E ela não tinha uma coroa na cabeça, o que me deixou ainda mais impressionada.Sem a mínima ideia de como cumprimentá-la, e me sentindo uma burra por não ter pesquisado, fiz como nos filmes: pus um pé na frente do outro e curvei-me, fazendo uma reverência com o braço.Quando levantei o rosto na direção dela novamente, percebi que enrugou a testa. E logo começou a gargalhar.- Eu... Me desculpe, Majestade. Mas... Não sei bem como fazer isso. – Me senti terrivelmente envergonhada.- Não me diga que também esperava que eu usasse uma coroa de diamantes na cabeça.- Sim? – Sorri, timidamente.- Bem, para começar, a realeza não usa coroas a não ser em eventos reais... E atualmente precisam ser bem importantes para que se coloque aquele peso sobre a cabeça. E cá entre nós, sempre preferi tiaras à coroas – sorriu.Observei a escrita no moletom dela: RAINHA FORA DE SERVIÇO. Percebendo minha reação, que certamente não consegui esconder, ela disse:- Criatividade para tudo... Até na escolha do q
Respirei fundo e dei uma resposta que jamais imaginei:— Majestade, eu agradeço imensamente por confiar no meu trabalho e me escolher como vencedora deste concurso. Mas minha resposta é “não”.Para minha surpresa, a rainha sorriu, ainda de braços cruzados na minha frente, usando o moletom preto que a fazia parecer uma mulher de mais ou menos trinta anos, sendo que já tinha casado duas filhas e tinha até netos.— Imaginei que esta seria sua resposta. E embora eu sinta muito, pois realmente gostei demais das suas criações, não acho que esteja fazendo algo errado. Talvez no seu lugar eu faria a mesma coisa.— Se está tentando me consolar, obrigada. — Sorri.— Você acredita em si mesma... E isso por si a fará chegar no topo, acredite. Às vezes largar o certo pelo duvidoso é a melhor coisa a fazer. Afinal, se não se arriscar, jamais terá a resposta, não é mesmo?— Se eu disser que há bem pouco tempo atrás eu era uma mulher completamente insegura e descrente em mim mesma, acreditaria?— Sim
— Não... Não poderia. O que o senhor deseja?— Preciso saber sobre a denúncia... Se é verdade.— Eu... Vou descer.Embora um pouco receosa, decidi descer. Claro que deixá-lo subir, comigo sozinha ali, não era uma opção.O homem alto, magro, calvo e usando óculos escuros e terno e gravata estava apoiado na grade quando abri a portão. Tinha certa semelhança com o filho, porém era mais simpático.Assim que parei na frente dele, me ofereceu a mão:— Sou Ronaldo Williams.— Merliah Smith. — Apertei a mão dele.— Recebemos a denúncia que você fez contra meu filho... Por tentativa de estupro.— Sim, eu fiz a denúncia.— Por que só agora? Por que aqui? Por que não quando aconteceu?Respirei fundo e respondi:— Eu sei que deveria ter feito antes. Mas tive medo. E acredite, minha vida mudou muito nestes meses. E agora eu simplesmente criei coragem... Não tive mais medo de acharem que eu provoquei o que aconteceu... Ou que o fato de minha família não ser tão correta, vivendo do mundo do sexo fos