- O engraçado é que gostei dela antes mesmo de conhecê-la... Parece que eu sabia que ela tinha meu sangue... – Ele alisou meus cabelos.Puxei Chain e fiquei entre os dois, me sentindo tão pequena e ao mesmo tempo protegida por aqueles homens grandes:- Serei eternamente grata por tê-los na minha vida.- Agora vamos subir, Liah... Você precisa descansar. – Chain disse.- Espero mesmo que descansem... Eu não me sentiria bem... Bem, vocês sabem... – Milano abaixou o olhar.Chain riu:- Quer que eu respeite sua casa, “sogro”?- Ah, Chain, seu desgraçado. Isso não soa nada bem e você sabe.- Pois me soa bem... “Sogro”.- Prefiro ser seu irmão do que seu sogro, acredite. E vão logo... Porque não quero fechar os olhos e ver na minha mente a cena que presenciei no seu escritório na Partenon... Sou capaz de partir sua cara, Chain.Chain riu e pegou minha mão. Subimos as escadas juntos e fomos diretamente ao quarto onde um dia dormimos juntos, como marido e mulher.- São tantas lembranças, Chai
Assim que ouvi o chamado para o embarque no meu voo, dependurei-me em Chain, dengosa:- Eu vou morrer de saudade!- Eu também... Mas prometo ligar todos os dias, já que agora a senhora tem um telefone.- Eu quase nem uso. Mas já que está garantindo que vai me ligar diariamente, creio que não vá mais me separar dele.- Amo você, esposa!- Amo você, marido! – Toquei seus lábios com os meus.Chain pôs o dedo no meu lábio inferior:- Milano quer me matar por conta disto. Mal ele sabe que você é a culpada, por exigir que eu a morda.- Só queria levar uma lembrança, meu amor! – Pisquei.Quando vi que não havia mais tempo, separei-me dele, a contragosto:- Vou pensar em você o tempo todo, Chain. E torcer para o tempo passar depressa.- Vai passar. Vou ligar para o doutor Telles e já ver a questão do novo casamento. Com comunhão de bens desta vez.- Hum... Vou pensar! Vai que eu seja a quarta pessoa no testamento. – Comecei a rir e joguei-lhe um beijo, de longe – Preciso mesmo ir... – Lamente
E ela não tinha uma coroa na cabeça, o que me deixou ainda mais impressionada.Sem a mínima ideia de como cumprimentá-la, e me sentindo uma burra por não ter pesquisado, fiz como nos filmes: pus um pé na frente do outro e curvei-me, fazendo uma reverência com o braço.Quando levantei o rosto na direção dela novamente, percebi que enrugou a testa. E logo começou a gargalhar.- Eu... Me desculpe, Majestade. Mas... Não sei bem como fazer isso. – Me senti terrivelmente envergonhada.- Não me diga que também esperava que eu usasse uma coroa de diamantes na cabeça.- Sim? – Sorri, timidamente.- Bem, para começar, a realeza não usa coroas a não ser em eventos reais... E atualmente precisam ser bem importantes para que se coloque aquele peso sobre a cabeça. E cá entre nós, sempre preferi tiaras à coroas – sorriu.Observei a escrita no moletom dela: RAINHA FORA DE SERVIÇO. Percebendo minha reação, que certamente não consegui esconder, ela disse:- Criatividade para tudo... Até na escolha do q
Respirei fundo e dei uma resposta que jamais imaginei:— Majestade, eu agradeço imensamente por confiar no meu trabalho e me escolher como vencedora deste concurso. Mas minha resposta é “não”.Para minha surpresa, a rainha sorriu, ainda de braços cruzados na minha frente, usando o moletom preto que a fazia parecer uma mulher de mais ou menos trinta anos, sendo que já tinha casado duas filhas e tinha até netos.— Imaginei que esta seria sua resposta. E embora eu sinta muito, pois realmente gostei demais das suas criações, não acho que esteja fazendo algo errado. Talvez no seu lugar eu faria a mesma coisa.— Se está tentando me consolar, obrigada. — Sorri.— Você acredita em si mesma... E isso por si a fará chegar no topo, acredite. Às vezes largar o certo pelo duvidoso é a melhor coisa a fazer. Afinal, se não se arriscar, jamais terá a resposta, não é mesmo?— Se eu disser que há bem pouco tempo atrás eu era uma mulher completamente insegura e descrente em mim mesma, acreditaria?— Sim
— Não... Não poderia. O que o senhor deseja?— Preciso saber sobre a denúncia... Se é verdade.— Eu... Vou descer.Embora um pouco receosa, decidi descer. Claro que deixá-lo subir, comigo sozinha ali, não era uma opção.O homem alto, magro, calvo e usando óculos escuros e terno e gravata estava apoiado na grade quando abri a portão. Tinha certa semelhança com o filho, porém era mais simpático.Assim que parei na frente dele, me ofereceu a mão:— Sou Ronaldo Williams.— Merliah Smith. — Apertei a mão dele.— Recebemos a denúncia que você fez contra meu filho... Por tentativa de estupro.— Sim, eu fiz a denúncia.— Por que só agora? Por que aqui? Por que não quando aconteceu?Respirei fundo e respondi:— Eu sei que deveria ter feito antes. Mas tive medo. E acredite, minha vida mudou muito nestes meses. E agora eu simplesmente criei coragem... Não tive mais medo de acharem que eu provoquei o que aconteceu... Ou que o fato de minha família não ser tão correta, vivendo do mundo do sexo fos
— Sim, claro que estou, Chain. Por que não estaria?— Sua respiração... Está acelerada.— Por Deus, como você sabe?— Eu a conheço muito bem, Merliah Archambault Chalamet...— Apenas fiquei um pouco nervosa com tudo isso. Foi rápido demais...— Vai dar tudo certo, meu amor. Não se preocupe.Chain realmente era a única pessoa no mundo que conseguia me acalmar. Preferi lhe contar sobre o pai de Tiago pessoalmente.Na quinta-feira à noite, quando voltava da faculdade, cheguei ao prédio e fui surpreendida por Chain me esperando, sentado na calçada, com o corpo recostado nas grades que cercavam o prédio.Assim que o vi, fiquei imóvel. Meu coração acelerou e quando nossos olhos se encontraram, senti um frio na barriga. Ele levantou e joguei minhas coisas no chão, correndo ao seu encontro, subindo em seu colo.Chain segurou-me com força enquanto comecei a beijá-lo por todo o rosto, descendo pelo pescoço, inebriada no seu cheiro maravilhoso.— Acho que a gente não pode transar aqui na rua...
As mãos de Chain seguravam minha bunda enquanto eu liderava os movimentos, apoiando uma mão na sua nuca e a outra no ombro. Nossos olhos não se moviam, um dentro do outro, saciando algo que ia muito além do corporal. Jamais eu seria capaz de sentir com outro homem o que sentia com ele.— Eu amo você, Chain... — falei, enquanto gemia de forma contida.— Amo você, Merliah! — Os dedos dele afundaram na minha carne. — Eu... Acho que preciso pegar um preservativo...— Tem no bolso?— Não... — Ele enrugou a testa. — Só... Na mala... — Apontou para o chão.— Depois a gente pega...— Mas eu... Não quero arriscar, Liah.— Já vai gozar?— Não? — Ficou confuso.— Espera um pouco, Chain... Só um pouquinho... Não quero sair daqui... — reclamei, dengosa, movendo-me com força, fazendo-o gemer.— Está tomando anticoncepcionais, não é mesmo?Assenti com a cabeça, beijando seu pescoço, lambendo a pele macia e quente.— É que...Parei e encarei-o:— Relaxa, Chain. Eu não parei com os anticoncepcionais.
— Vir para Alpemburg foi algo que marcou a minha vida. Foi como conhecer um outro mundo, completamente diferente do meu, onde me senti uma nova mulher, capaz, independente e finalmente longe das superproteções que vivi ao longo dos anos. Mas muitas coisas aconteceram neste meio tempo. Vencer o concurso da rainha sempre foi um objetivo... E acredite, eu me sentia capaz. Acontece que os planos mudaram. A Merliah que se inscreveu no concurso não é mais a mesma que está aqui hoje. Ela tem outros desejos...— E quais são os desejos desta Merliah, desde que não seja ficar longe de mim?Eu sorri e toquei seu rosto, carinhosamente:— Esta Merliah quer ter sua própria loja. E não viver à sombra da rainha. Esta Merliah não quer ser a mais famosa. Ela quer simplesmente ser reconhecida por seu trabalho. Esta Merliah quer fazer o que gosta... Mas também ser remunerada por isso, para que possa se manter financeiramente de forma independente.— Este Chain está muito orgulhoso desta Merliah. — Ele ap