Bordel Califórnia (II)

— Cristiano é filho da minha companheira. E vocês estão se “pegando” pelas nossas costas há três anos. TRÊS anos — enfatizou o tempo, decepcionada.

— Enfim... Já fiz e não há como voltar atrás. Me desculpe.

— Sabe o que eu acho?

— Que eu deveria ter contado? — revirei os olhos.

— Detesto quando você revira os olhos para mim.

Ri:

— Eu sei... Por isso mesmo revirei.

Ela não resistiu e começou a rir também:

— Quando faz isso, parece seu pai.

Minha mãe ajeitou uma mecha dos meus cabelos que caía sobre o olho. Sempre que o mencionava, eu via a tristeza em seus olhos.

— Difícil um homem revirar os olhos.

— Mas ele fazia isso, acredite.

Toquei o rosto dela, liso e bem cuidado:

— Não quero que fique chateada comigo, mamãe.

— Liah, eu gosto muito de Cristiano. E não seria clichê dizer que como um filho.

— Eu sei.

— Mas ele não é homem para você.

Suspirei, le

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