O meu vestido preto justo tinha um caimento perfeito tomara que caia com alças caídas sobre o ombro que desciam pelas costas, quando chegava na altura dos olhos um brilho intenso começava e se aprofundar mais até chegar a bainha o dando o toque final, assim como os brincos de diamante em conjunto com o colar e a pulseira, o anel era de esmeralda a fim de destacar a pedra enorme das demais, os saltos pretos, a bolsa prata combinando com a bainha do meu vestido revestido de brilho, o cabelo preso de lado lembrava uma flor delicada, duas mechas caiam sobre o meu rosto e às ajeitei. — Abra a boca — Pediu Lisa e me virei para ela forçando um sorriso para que ela passasse o batom. — Você está poderosa hoje tampinha. — Parede me chamar assim — Franzi o cenho ela riu. — Pare de falar ou vou borrocar todo o seu rosto, sem querer claro. Evitei um sorriso e deixei que ela terminasse, ela me olhou de cima a baixo. — Nunca te vi tão bonita Rosa, acho que ao invés de convencer os
— Chega de foto Lisa — Disse Edgar botando a mão para frente. Renato desceu as escadas quieto e então saiu andando, fiquei olhando enquanto ele seguia em direção a outro cômodo, se afastando de nós. Realmente conseguimos tirar uma foto nós quatro sorrindo? Ainda estava impressionada enquanto Edgar e Lisa protestavam em uma discussão boba, Damon seguiu em direção a porta. Estava prestes a perguntar para onde ele ia visto que seria bom que ele também recebesse os convidados assim como Edgar e Renato presentes, todo mundo parecia sesgarrado, seguindo seus próprios caminhos, Edgar era o único que estava animado para a festa de fato e ficou comigo na porta recebendo os convidados. Olhei em volta, a casa enchia rápido e Edgar me apresentava na porta os sócios. — Esse negócio de ficar na porta é chato — Falei — Por que eles só não entram, não entendo o conceito de ter que ficar na porta — É mais receptivo e educado Rosa. — Eu sei, mas eu queria andar pelo salão, convers
— Obrigada por me ajudar — Falei para Damon quando nos afastamos dos sócios, ele me olhou com olhos cansados. — Não é preciso pedir obrigada. — Eu sei, mas mesmo assim… Damon abriu um sorriso fraco e olhei para Anna. — E então, como vocês estão? Damon me olhou nos olhos. — Eu pedi a Anna em namoro. Algo dentro de mim parecia ter perdido o chão, ter caído com a força de um cometa, olhei nos olhos dele e engoli minha própria tristeza enquanto sentia o meu coração pesar, ele batia tão forte que parecia querer saltar do peito, ainda assim não demonstrei nada. Balancei a cabeça lentamente. — É bom saber disso — Esboçei um sorriso largo e Damon apenas me encarou. — Damon — Ouvi a sua voz no salão e eu e Damon olhamos para quem o chamou, um homem calvo de aparente sessenta anos vinha em nossa direção, aproveitei a deixa para me afastar deles e voltei para onde eu estava, olhei em volta procurando Edgar e Lisa e vi que eles estavam na pista junto com outros cas
A festa acabou cedo, por volta de meia noite e me despedi dos convidados, apesar da manhã seguinte ser domingo todos pareciam que tinham algum lugar para ir e a noite foi tranquila, olhei para o salão vazio com uma sensação de satisfação pela noite tranquila e peguei uma garrafa de champagne indo para o meu lugar favorito da casa, mas quando eu cheguei ele não estava vazio. — Estava roubando o meu lugar — Falei caminhando em sua direção, me sentei ao lado dele na cadeira de madeira reclinável e então olhei em seus olhos — Descobriu esse lugar ou Damon te trouxe? — Damon me trouxe. — Ele deve gostar muito de você — Falei e Brad fez um gesto dizendo mais ou menos, sorri. — Eu sou o melhor amigo dele, nos conhecemos desde a infância. — Damon deveria repensar melhor nas amizades dele — Soltei de forma brincalhona e Brad me deu uma cotovelada de leve rindo. — Está dizendo que eu levo ele para o mal caminho? — Isso é você quem está falando, não eu. — Sim, claro.
A semana passou se arrastando e eu quase não via Damon, ele aparecia pela manhã, trabalhava comigo, mas a tarde e a noite sumia, voltava tarde para casa quando voltava. Conforme os dias iam passando eu comecei a sair mais e a aparecer na empresa, fiquei surpresa quando em um dia comum Edgar perguntou se eu queria que ele fosse na empresa junto comigo e claro que eu disse sim. Ser vista com os Bonner era algo bom, Edgar parecia ser muito querido pelos funcionários, mas os sócios quase não tinham afinidade com ele.As coisas com Edgar pareciam normais de novo, mas estava claro que ele estava se afastando de mim e eu não entendia o por que, às vezes ele me tratava normal e em outras vezes, me tratava com indiferença ou mesmo grosseria, não, Edgar não gostava de mim. Eu não o pegava me olhando diferente, nem tão pouco me tratando de forma especial, ele me tratava como uma amiga querida ou me tratava como ninguém o que me causava muita estranheza depois de ouvir sua confissão e c
A luz que batia de leve no rosto sereno de Damon o fazia ficar mais belo, ele parecia totalmente à vontade enquanto dormia sobre o meu colo, deslizar a mão pelos seus cabelos me causava uma sensação boa pelo corpo, terna, sorri e olhei em volta. Podia imaginar uma vida nossa assim, com dias calmos, tranquilos e até mesmo agitados. Parecemos compatíveis, mesmo em brigas, havia desejo e fogo, tudo parecia acender, somente eu e Damon. Eu o amava, tanto que meu coração doía e odiava a distância pelo qual eu me mantinha, mas Damon parecia bem com Anna, ela parecia ser a calmaria que ele precisava, tinha equilíbrio. Às vezes podia sentir que Damon gostava de mim, mas se ele não me amava ainda, então ele nunca me amaria, isso era algo tão claro e nítido para mim que eu só podia deixar o caminho aberto para que ele fosse feliz, esperava que Anna fosse esse caminho. Mais uma semana se passou normal, mas o meu pensamento ainda vagava pelos momentos que tive com Damon, tanto os que
Fiquei olhando estática, sem saber o que dizer ou fazer. Damon tirou o anel do dedo e pegou a minha mão, então se ajoelhou e me olhou nos olhos. — Rosalina, case se comigo? Meus lábios se abriram de leve e eu não sabia o que dizer, foi instantânea a forma como me sentia nervosa, como queria gritar, como me sentia eufórica, como minhas mãos suaram e meu coração disparou, mas havia uma única coisa que vinha em minha mente. — E Anna? — Anna vai ser minha amante — Damon se levantou, pelo tom da sua voz entendia que era brincadeira, mas ele falava tão sério que eu acreditava que ele realmente poderia ter dito a verdade. Algo dentro de mim parecia ter despencado, do céu para o inferno. — Damon eu vou no banheiro — Falei neutra e saí a passos calmos, tentando não demonstrar que havia ficado abalado, que realmente por um momento acreditei que ele pudesse estar falando sério, Damon parou de sorrir, mas não olhei para o seu rosto, segui em direção ao banheiro e deixei
Renato foi o primeiro a soltar um som de zombaria na mesa, Maria bateu em sua barriga e sussurrou para que ele parasse, ela parecia ser uma boa moça. Não conseguia tirar os olhos de Anna, a cada segundo que passava me sentia mais nervosa, meu coração acelerava mais e mais até ouvir o sim sair do seus lábios, ela o beijou forte e o abraçou dando pequenos saltos estéricos, Edgar segurou em minha mão por cima da mesa e olhei nos olhos dele, pisquei algumas vezes evitando o choro e então respirei fundo. Anna começou a mostrar a pedra enorme em seu dedo e forcei um sorriso, de repente Edgar parecia que ia vomitar, todo o seu corpo foi para a frente e ele botou a mão na barriga ao mesmo que fez um barulho de vômito com a boca aberta por cima da mesa. — Credo! — Disse Maria olhando com desdém. Anna cobriu a boca, parecia prestes a vomitar também e Renato o olhou de cara feia. — Vai vomitar em cima da mesa? — Perguntou Damon em um misto de irritação e incredulidade — Ele é