Fiquei olhando estática, sem saber o que dizer ou fazer. Damon tirou o anel do dedo e pegou a minha mão, então se ajoelhou e me olhou nos olhos. — Rosalina, case se comigo? Meus lábios se abriram de leve e eu não sabia o que dizer, foi instantânea a forma como me sentia nervosa, como queria gritar, como me sentia eufórica, como minhas mãos suaram e meu coração disparou, mas havia uma única coisa que vinha em minha mente. — E Anna? — Anna vai ser minha amante — Damon se levantou, pelo tom da sua voz entendia que era brincadeira, mas ele falava tão sério que eu acreditava que ele realmente poderia ter dito a verdade. Algo dentro de mim parecia ter despencado, do céu para o inferno. — Damon eu vou no banheiro — Falei neutra e saí a passos calmos, tentando não demonstrar que havia ficado abalado, que realmente por um momento acreditei que ele pudesse estar falando sério, Damon parou de sorrir, mas não olhei para o seu rosto, segui em direção ao banheiro e deixei
Renato foi o primeiro a soltar um som de zombaria na mesa, Maria bateu em sua barriga e sussurrou para que ele parasse, ela parecia ser uma boa moça. Não conseguia tirar os olhos de Anna, a cada segundo que passava me sentia mais nervosa, meu coração acelerava mais e mais até ouvir o sim sair do seus lábios, ela o beijou forte e o abraçou dando pequenos saltos estéricos, Edgar segurou em minha mão por cima da mesa e olhei nos olhos dele, pisquei algumas vezes evitando o choro e então respirei fundo. Anna começou a mostrar a pedra enorme em seu dedo e forcei um sorriso, de repente Edgar parecia que ia vomitar, todo o seu corpo foi para a frente e ele botou a mão na barriga ao mesmo que fez um barulho de vômito com a boca aberta por cima da mesa. — Credo! — Disse Maria olhando com desdém. Anna cobriu a boca, parecia prestes a vomitar também e Renato o olhou de cara feia. — Vai vomitar em cima da mesa? — Perguntou Damon em um misto de irritação e incredulidade — Ele é
Edgar me olhou surpreso, ele não parecia acreditar no que eu dizia. — Como vou namorar com você sabendo que você gosta do meu irmão? — Edgar, por quanto tempo você fez teatro? — Isso não importa. — Importa sim, porque você é muito bom em fingir! — Soltei um riso. — Rosa, agora você está zombando dos meus sentimentos. — Eu não faço isso, você mesmo faz isso com você. — Droga Rosa, chega! — Gritou ele se afastando, seu grito me deu um susto. Edgar foi para o canto e se sentou na beira da cama, ele afastou as lágrimas — Quando foi que descobriu? Foi realmente na festa? — Não, eu só suspeitava. Mas na fita, você estava brincando com uma boneca sozinho. Edgar riu e se virou. — Isso não quer dizer nada, muitos homens gostam de brincar de boneca ou de fazer comida. — Eu sei, mas você estava se afastando de mim quando viu que comecei a suspeitar, assim como fez com seus irmãos… — Eles não entenderiam… — E por que acha isso? — Eu sei que não. — Mes
— Como estou? — Perguntei a Claúdio ao aparecer pela porta da frente. — Suada, a Sra. Sorri, eu sabia que também estava vermelha e ofegante. — Parece que a caminhada foi boa. Queria dizer que a parte dos cavalos sim, mas ao fundo podia ouvir Damon e Anna brigando baixo o que deixou o clima um pouco desconfortável. — Eu vou subir para tomar banho — Disse Edgar — E dormir. Ri incrédula. — Vou chamar Lisa para jantar conosco - avisei. — Logo hoje que a família vai estar reunida. — Sim, infelizmente. Eu quero que ela venha porque amanhã temos um branch para ir. — E posso saber por que não fui convidado? — Você não estava falando direito comigo e quando nos acertamos, não deu muita vazão para entrar nesse assunto. — Verdade, só por isso está perdoada — Ele tocou no meu nariz e sorri então notei que Cláudio também sorria, ele ficou olhando para Edgar enquanto ele subia as escadas. — Eu fico muito feliz de ver que estão se dando bem de novo Sra. Todos n
Acordei sem disposição alguma, ainda assim levantei e escovei os dentes, tomei um banho e me vesti para o Branch, mas quando Edgar me viu ele franziu o cenho. — Não. — Não? — Não! — O que se veste em um Branch? — Roupas mais finas, claras, menos formais. — Então é casual? — Também não. — Entre e me ajude! — Pedi. Edgar entrou e viu Lisa perto da janela. — Perfeita. — Eu sei — Disse Lisa com orgulho. — Devia seguir sua amiga — Disse Edgar indo em direção ao meu guarda roupa. Acabei com um vestido solto no corpo e florido, rosa claro bem bonito com um decote discreto em vê, pulseiras de ouro finas que combinavam com os brincos, um sapato branco que combinava com a bolsa. Eu parecia uma patricinha. Fomos eu, Lisa e Edgar juntos no meu carro, enquanto logo na frente estava Renato e Maria e atrás Damon e Anna. Se tivéssemos combinado não teria dado certo, mas aqui estávamos nós indo todos juntos,
Lisa tossiu engasgada com a comida, seus olhos arregalados era o mesmo choque que eu via no rosto de Damon, ele alternou o olhar entre mim e Edgar. — É sério? — Perguntou Anna animada, ela foi a primeira a achar voz no meio da roda. — Eu nunca brincaria com isso. Olhei para Edgar de novo. — Gente, o que está acontecendo? — Perguntou Lisa claramente confusa. — Eu também queria saber — Disse Damon — É verdade Rosa?Me dando conta de que não tinha mais tempo para pensar, abri um sorriso rápido e balancei a cabeça assentindo de forma exagerada, podia sentir minhas mãos suarem e quis a puxar, mas não fiz, precisava acalmar meus batimentos cardíacos, mas estava nervosa demais. — Sim, é verdade. — Bem que estamos suspeitando, vocês não sabem esconder bem! — Disse Anna com um sorriso doce no rosto. Damon se virou sem dizer nada e se afastou. — Rosa — Falou Lisa, ela ainda parecia chocada, sabia que logo ia pedir explicações — Como foi que isso aconteceu? — É um
Sobre os pés descalços caminhei pela casa de noite, fechei o meu roupão e caminhei em direção a cozinha, bati de frente com um rosto bruto e marcante e fechei os olhos por um momento me permitindo relaxar após o susto. — Você parece uma assombração! — Falei e adentrei a cozinha olhando de relance. — Não precisa me olhar assim, dessa vez eu não vou comprar briga, estou cansado demais — Disse Renato, seu cabelo desgrenhado me causava estranheza uma vez que estava sempre perfeito — Parabéns pelo namoro. — Está sendo sarcástico. — Não. Um silêncio pairou entre nós. — Você não deve estar bem se não está me agredindo com palavras. — Eu não estou mesmo bem, acho que perdi a sanidade mental. — Como? Renato entornou o resto de leite quente pela boca, fiquei olhando para a cena sem entender o motivo pelo qual ele estava agindo, mas uma coisa era certa. Renato, assim como eu não estava conseguindo dormir essa noite. — Renato amanhã eu vou… — Não. — Mas eu
Vestida para matar, eu me sentia totalmente no poder com o vestido de seda que deslizava de leve sobre o meu corpo, uma calcinha parecia que marcaria demais. Do outro lado do salão podia ver os olhos de Damon me seguindo para onde eu fosse e eu continuava a caminhar e falar com todos, os sócios pareciam ter começado a gostar de mim ou pelo menos, era o que parecia. Estava aprendendo aos poucos como tudo parecia ser de fachada, a começar pelo meu namoro. Edgar sorriu para mim e me ergueu a taça de champanhe. — Obrigada querido — Sorri. — Voçes fazem um casal bonito — Disse uma mulher que eu havia acabado de conhecer. Já se faziam quatro semanas desde que começamos com a farsa e Damon ainda se mantinha distante, mas conforme o tempo passava eu começava a notar as evidências que Edgar me apontava. Damon estava claramente incomodado com o meu namoro. O clima entre ele e Edgar que já não era bom parecia ter piorado e apesar de me sentir culpada, eu precisava explorar