— Como estou? — Perguntei a Claúdio ao aparecer pela porta da frente. — Suada, a Sra. Sorri, eu sabia que também estava vermelha e ofegante. — Parece que a caminhada foi boa. Queria dizer que a parte dos cavalos sim, mas ao fundo podia ouvir Damon e Anna brigando baixo o que deixou o clima um pouco desconfortável. — Eu vou subir para tomar banho — Disse Edgar — E dormir. Ri incrédula. — Vou chamar Lisa para jantar conosco - avisei. — Logo hoje que a família vai estar reunida. — Sim, infelizmente. Eu quero que ela venha porque amanhã temos um branch para ir. — E posso saber por que não fui convidado? — Você não estava falando direito comigo e quando nos acertamos, não deu muita vazão para entrar nesse assunto. — Verdade, só por isso está perdoada — Ele tocou no meu nariz e sorri então notei que Cláudio também sorria, ele ficou olhando para Edgar enquanto ele subia as escadas. — Eu fico muito feliz de ver que estão se dando bem de novo Sra. Todos n
Acordei sem disposição alguma, ainda assim levantei e escovei os dentes, tomei um banho e me vesti para o Branch, mas quando Edgar me viu ele franziu o cenho. — Não. — Não? — Não! — O que se veste em um Branch? — Roupas mais finas, claras, menos formais. — Então é casual? — Também não. — Entre e me ajude! — Pedi. Edgar entrou e viu Lisa perto da janela. — Perfeita. — Eu sei — Disse Lisa com orgulho. — Devia seguir sua amiga — Disse Edgar indo em direção ao meu guarda roupa. Acabei com um vestido solto no corpo e florido, rosa claro bem bonito com um decote discreto em vê, pulseiras de ouro finas que combinavam com os brincos, um sapato branco que combinava com a bolsa. Eu parecia uma patricinha. Fomos eu, Lisa e Edgar juntos no meu carro, enquanto logo na frente estava Renato e Maria e atrás Damon e Anna. Se tivéssemos combinado não teria dado certo, mas aqui estávamos nós indo todos juntos,
Lisa tossiu engasgada com a comida, seus olhos arregalados era o mesmo choque que eu via no rosto de Damon, ele alternou o olhar entre mim e Edgar. — É sério? — Perguntou Anna animada, ela foi a primeira a achar voz no meio da roda. — Eu nunca brincaria com isso. Olhei para Edgar de novo. — Gente, o que está acontecendo? — Perguntou Lisa claramente confusa. — Eu também queria saber — Disse Damon — É verdade Rosa?Me dando conta de que não tinha mais tempo para pensar, abri um sorriso rápido e balancei a cabeça assentindo de forma exagerada, podia sentir minhas mãos suarem e quis a puxar, mas não fiz, precisava acalmar meus batimentos cardíacos, mas estava nervosa demais. — Sim, é verdade. — Bem que estamos suspeitando, vocês não sabem esconder bem! — Disse Anna com um sorriso doce no rosto. Damon se virou sem dizer nada e se afastou. — Rosa — Falou Lisa, ela ainda parecia chocada, sabia que logo ia pedir explicações — Como foi que isso aconteceu? — É um
Sobre os pés descalços caminhei pela casa de noite, fechei o meu roupão e caminhei em direção a cozinha, bati de frente com um rosto bruto e marcante e fechei os olhos por um momento me permitindo relaxar após o susto. — Você parece uma assombração! — Falei e adentrei a cozinha olhando de relance. — Não precisa me olhar assim, dessa vez eu não vou comprar briga, estou cansado demais — Disse Renato, seu cabelo desgrenhado me causava estranheza uma vez que estava sempre perfeito — Parabéns pelo namoro. — Está sendo sarcástico. — Não. Um silêncio pairou entre nós. — Você não deve estar bem se não está me agredindo com palavras. — Eu não estou mesmo bem, acho que perdi a sanidade mental. — Como? Renato entornou o resto de leite quente pela boca, fiquei olhando para a cena sem entender o motivo pelo qual ele estava agindo, mas uma coisa era certa. Renato, assim como eu não estava conseguindo dormir essa noite. — Renato amanhã eu vou… — Não. — Mas eu
Vestida para matar, eu me sentia totalmente no poder com o vestido de seda que deslizava de leve sobre o meu corpo, uma calcinha parecia que marcaria demais. Do outro lado do salão podia ver os olhos de Damon me seguindo para onde eu fosse e eu continuava a caminhar e falar com todos, os sócios pareciam ter começado a gostar de mim ou pelo menos, era o que parecia. Estava aprendendo aos poucos como tudo parecia ser de fachada, a começar pelo meu namoro. Edgar sorriu para mim e me ergueu a taça de champanhe. — Obrigada querido — Sorri. — Voçes fazem um casal bonito — Disse uma mulher que eu havia acabado de conhecer. Já se faziam quatro semanas desde que começamos com a farsa e Damon ainda se mantinha distante, mas conforme o tempo passava eu começava a notar as evidências que Edgar me apontava. Damon estava claramente incomodado com o meu namoro. O clima entre ele e Edgar que já não era bom parecia ter piorado e apesar de me sentir culpada, eu precisava explorar
Anna apareceu com um vestido que parecia deslizar sobre o seu corpo, o tecido leve parecia também delicado, os detalhes de pedras e o brilho, assim como o céu parecia perfeito. — E então, o que acham? — Anna ajeitou o véu o lançando um pouco para trás do ombro e nos olhou atentamente. — Você está incrível — Disse Daniela batendo palmas. A olhei de cima a baixo e abri um sorriso largo. — Você ficou linda, Anna. — Fiquei, não foi — Ela tocou no tecido o alisando e caminhou para o espelho, ele tinha mangas como ela queria e parecia ser feito para ela sobre medida. — Esse tem a opção de saia cheia também. — Anna olhou para Jennifer e ela continuou — Você deseja experimentar? — Sim, por favor. Me aproximei e a olhei pelo espelho, Anna estava radiante.Uma fisgada de ansiedade minou no meu peito com o pensamento de que logo em breve ela estaria usando esse vestido para caminhar até o homem que eu amo. Jennifer começou a ajeitar a saia ao redor dela e caminhei para
Me arrastei pela casa e franzi o cenho, tirei os sapatos perto da escada achando boa a sensação do frio sobre os meus pés, me segurei na barra e caminhei devagar subindo às escadas até o terraço. Arrastei meus pés sobre o chão gélido deslizando sobre a madeira e quase caí na pequena piscina. Botei a mão cobrindo a boca chocada e ri de mim mesma, voltei a dançar e me joguei sobre a cadeira reclinável também de madeira. “Droga, assim eu fico tonta” pensei e me levantei caminhando devagar olhei para o céu. — Rosa. A sua voz fez todo um arrepio percorrer pelo meu corpo, meu coração disparou e me virei para ele sem conter o riso. — O que é engraçado? — Quer mesmo que eu fale? Um silêncio pairou entre nós e então ele olhou para a minha mão e botou a garrafa para trás. — Você está bêbada? — Não! — Está sim! — Eu nem estou bebendo. Damon me encarou, podia jurar que ele também queria rir. — Você ia rir — Falei apontando o dedo para ele. — Não.
O dia amanheceu como cinzas, a neblina de fora da janela era o meu estado emocional por dentro enquanto eu acabava com a segunda cartela de cigarros, tinha certeza de que se eles não me matassem, eu mesmo ia. Não conseguia parar de repetir a cena que havia acontecido de noite, o rosto borrado de lágrimas de Rosa não saia da minha mente, a sua dor era nítida, ela estava sofrendo, graças a mim e pedia para que eu a deixasse de forma desesperada. Às vezes o amor dura, às vezes ele só fere e eu estava a ferindo, então havia tomado a minha decisão, conversaria com Anna para adiantarmos o casamento e então ia embora da mansão. Quando o rosto amigável de Lorenzo apareceu pela porta senti a pontada de ansiedade minar dentro de mim, ele se aproximou e ergueu a mão que apertei. — Bom dia Lorenzo. — Bom dia Damon, eu devo dizer que estou surpreso pela sua ligação. Ainda faltam duas semanas para o casamento. — Não acha melhor acabarmos com isso antes de ter que desconvidar a t