Sobre os pés descalços caminhei pela casa de noite, fechei o meu roupão e caminhei em direção a cozinha, bati de frente com um rosto bruto e marcante e fechei os olhos por um momento me permitindo relaxar após o susto.
— Você parece uma assombração! — Falei e adentrei a cozinha olhando de relance.
— Não precisa me olhar assim, dessa vez eu não vou comprar briga, estou cansado demais — Disse Renato, seu cabelo desgrenhado me causava estranheza uma vez que estava sempre perfeito — Parabéns pelo namoro.
— Está sendo sarcástico.
— Não.
Um silêncio pairou entre nós.
— Você não deve estar bem se não está me agredindo com palavras.
— Eu não estou mesmo bem, acho que perdi a sanidade mental.
— Como?
Renato entornou o resto de leite quente pela boca, fiquei olhando para a cena sem entender o motivo pelo qual ele estava agindo, mas uma coisa era certa.
Renato, assim como eu não estava conseguindo dormir essa noite.
— Renato amanhã eu vou…
— Não.
— Mas eu