A luz que batia de leve no rosto sereno de Damon o fazia ficar mais belo, ele parecia totalmente à vontade enquanto dormia sobre o meu colo, deslizar a mão pelos seus cabelos me causava uma sensação boa pelo corpo, terna, sorri e olhei em volta. Podia imaginar uma vida nossa assim, com dias calmos, tranquilos e até mesmo agitados. Parecemos compatíveis, mesmo em brigas, havia desejo e fogo, tudo parecia acender, somente eu e Damon. Eu o amava, tanto que meu coração doía e odiava a distância pelo qual eu me mantinha, mas Damon parecia bem com Anna, ela parecia ser a calmaria que ele precisava, tinha equilíbrio. Às vezes podia sentir que Damon gostava de mim, mas se ele não me amava ainda, então ele nunca me amaria, isso era algo tão claro e nítido para mim que eu só podia deixar o caminho aberto para que ele fosse feliz, esperava que Anna fosse esse caminho. Mais uma semana se passou normal, mas o meu pensamento ainda vagava pelos momentos que tive com Damon, tanto os que
Fiquei olhando estática, sem saber o que dizer ou fazer. Damon tirou o anel do dedo e pegou a minha mão, então se ajoelhou e me olhou nos olhos. — Rosalina, case se comigo? Meus lábios se abriram de leve e eu não sabia o que dizer, foi instantânea a forma como me sentia nervosa, como queria gritar, como me sentia eufórica, como minhas mãos suaram e meu coração disparou, mas havia uma única coisa que vinha em minha mente. — E Anna? — Anna vai ser minha amante — Damon se levantou, pelo tom da sua voz entendia que era brincadeira, mas ele falava tão sério que eu acreditava que ele realmente poderia ter dito a verdade. Algo dentro de mim parecia ter despencado, do céu para o inferno. — Damon eu vou no banheiro — Falei neutra e saí a passos calmos, tentando não demonstrar que havia ficado abalado, que realmente por um momento acreditei que ele pudesse estar falando sério, Damon parou de sorrir, mas não olhei para o seu rosto, segui em direção ao banheiro e deixei
Renato foi o primeiro a soltar um som de zombaria na mesa, Maria bateu em sua barriga e sussurrou para que ele parasse, ela parecia ser uma boa moça. Não conseguia tirar os olhos de Anna, a cada segundo que passava me sentia mais nervosa, meu coração acelerava mais e mais até ouvir o sim sair do seus lábios, ela o beijou forte e o abraçou dando pequenos saltos estéricos, Edgar segurou em minha mão por cima da mesa e olhei nos olhos dele, pisquei algumas vezes evitando o choro e então respirei fundo. Anna começou a mostrar a pedra enorme em seu dedo e forcei um sorriso, de repente Edgar parecia que ia vomitar, todo o seu corpo foi para a frente e ele botou a mão na barriga ao mesmo que fez um barulho de vômito com a boca aberta por cima da mesa. — Credo! — Disse Maria olhando com desdém. Anna cobriu a boca, parecia prestes a vomitar também e Renato o olhou de cara feia. — Vai vomitar em cima da mesa? — Perguntou Damon em um misto de irritação e incredulidade — Ele é
Edgar me olhou surpreso, ele não parecia acreditar no que eu dizia. — Como vou namorar com você sabendo que você gosta do meu irmão? — Edgar, por quanto tempo você fez teatro? — Isso não importa. — Importa sim, porque você é muito bom em fingir! — Soltei um riso. — Rosa, agora você está zombando dos meus sentimentos. — Eu não faço isso, você mesmo faz isso com você. — Droga Rosa, chega! — Gritou ele se afastando, seu grito me deu um susto. Edgar foi para o canto e se sentou na beira da cama, ele afastou as lágrimas — Quando foi que descobriu? Foi realmente na festa? — Não, eu só suspeitava. Mas na fita, você estava brincando com uma boneca sozinho. Edgar riu e se virou. — Isso não quer dizer nada, muitos homens gostam de brincar de boneca ou de fazer comida. — Eu sei, mas você estava se afastando de mim quando viu que comecei a suspeitar, assim como fez com seus irmãos… — Eles não entenderiam… — E por que acha isso? — Eu sei que não. — Mes
— Como estou? — Perguntei a Claúdio ao aparecer pela porta da frente. — Suada, a Sra. Sorri, eu sabia que também estava vermelha e ofegante. — Parece que a caminhada foi boa. Queria dizer que a parte dos cavalos sim, mas ao fundo podia ouvir Damon e Anna brigando baixo o que deixou o clima um pouco desconfortável. — Eu vou subir para tomar banho — Disse Edgar — E dormir. Ri incrédula. — Vou chamar Lisa para jantar conosco - avisei. — Logo hoje que a família vai estar reunida. — Sim, infelizmente. Eu quero que ela venha porque amanhã temos um branch para ir. — E posso saber por que não fui convidado? — Você não estava falando direito comigo e quando nos acertamos, não deu muita vazão para entrar nesse assunto. — Verdade, só por isso está perdoada — Ele tocou no meu nariz e sorri então notei que Cláudio também sorria, ele ficou olhando para Edgar enquanto ele subia as escadas. — Eu fico muito feliz de ver que estão se dando bem de novo Sra. Todos n
Acordei sem disposição alguma, ainda assim levantei e escovei os dentes, tomei um banho e me vesti para o Branch, mas quando Edgar me viu ele franziu o cenho. — Não. — Não? — Não! — O que se veste em um Branch? — Roupas mais finas, claras, menos formais. — Então é casual? — Também não. — Entre e me ajude! — Pedi. Edgar entrou e viu Lisa perto da janela. — Perfeita. — Eu sei — Disse Lisa com orgulho. — Devia seguir sua amiga — Disse Edgar indo em direção ao meu guarda roupa. Acabei com um vestido solto no corpo e florido, rosa claro bem bonito com um decote discreto em vê, pulseiras de ouro finas que combinavam com os brincos, um sapato branco que combinava com a bolsa. Eu parecia uma patricinha. Fomos eu, Lisa e Edgar juntos no meu carro, enquanto logo na frente estava Renato e Maria e atrás Damon e Anna. Se tivéssemos combinado não teria dado certo, mas aqui estávamos nós indo todos juntos,
Lisa tossiu engasgada com a comida, seus olhos arregalados era o mesmo choque que eu via no rosto de Damon, ele alternou o olhar entre mim e Edgar. — É sério? — Perguntou Anna animada, ela foi a primeira a achar voz no meio da roda. — Eu nunca brincaria com isso. Olhei para Edgar de novo. — Gente, o que está acontecendo? — Perguntou Lisa claramente confusa. — Eu também queria saber — Disse Damon — É verdade Rosa?Me dando conta de que não tinha mais tempo para pensar, abri um sorriso rápido e balancei a cabeça assentindo de forma exagerada, podia sentir minhas mãos suarem e quis a puxar, mas não fiz, precisava acalmar meus batimentos cardíacos, mas estava nervosa demais. — Sim, é verdade. — Bem que estamos suspeitando, vocês não sabem esconder bem! — Disse Anna com um sorriso doce no rosto. Damon se virou sem dizer nada e se afastou. — Rosa — Falou Lisa, ela ainda parecia chocada, sabia que logo ia pedir explicações — Como foi que isso aconteceu? — É um
Sobre os pés descalços caminhei pela casa de noite, fechei o meu roupão e caminhei em direção a cozinha, bati de frente com um rosto bruto e marcante e fechei os olhos por um momento me permitindo relaxar após o susto. — Você parece uma assombração! — Falei e adentrei a cozinha olhando de relance. — Não precisa me olhar assim, dessa vez eu não vou comprar briga, estou cansado demais — Disse Renato, seu cabelo desgrenhado me causava estranheza uma vez que estava sempre perfeito — Parabéns pelo namoro. — Está sendo sarcástico. — Não. Um silêncio pairou entre nós. — Você não deve estar bem se não está me agredindo com palavras. — Eu não estou mesmo bem, acho que perdi a sanidade mental. — Como? Renato entornou o resto de leite quente pela boca, fiquei olhando para a cena sem entender o motivo pelo qual ele estava agindo, mas uma coisa era certa. Renato, assim como eu não estava conseguindo dormir essa noite. — Renato amanhã eu vou… — Não. — Mas eu