— Obrigada por me ajudar — Falei para Damon quando nos afastamos dos sócios, ele me olhou com olhos cansados. — Não é preciso pedir obrigada. — Eu sei, mas mesmo assim… Damon abriu um sorriso fraco e olhei para Anna. — E então, como vocês estão? Damon me olhou nos olhos. — Eu pedi a Anna em namoro. Algo dentro de mim parecia ter perdido o chão, ter caído com a força de um cometa, olhei nos olhos dele e engoli minha própria tristeza enquanto sentia o meu coração pesar, ele batia tão forte que parecia querer saltar do peito, ainda assim não demonstrei nada. Balancei a cabeça lentamente. — É bom saber disso — Esboçei um sorriso largo e Damon apenas me encarou. — Damon — Ouvi a sua voz no salão e eu e Damon olhamos para quem o chamou, um homem calvo de aparente sessenta anos vinha em nossa direção, aproveitei a deixa para me afastar deles e voltei para onde eu estava, olhei em volta procurando Edgar e Lisa e vi que eles estavam na pista junto com outros cas
A festa acabou cedo, por volta de meia noite e me despedi dos convidados, apesar da manhã seguinte ser domingo todos pareciam que tinham algum lugar para ir e a noite foi tranquila, olhei para o salão vazio com uma sensação de satisfação pela noite tranquila e peguei uma garrafa de champagne indo para o meu lugar favorito da casa, mas quando eu cheguei ele não estava vazio. — Estava roubando o meu lugar — Falei caminhando em sua direção, me sentei ao lado dele na cadeira de madeira reclinável e então olhei em seus olhos — Descobriu esse lugar ou Damon te trouxe? — Damon me trouxe. — Ele deve gostar muito de você — Falei e Brad fez um gesto dizendo mais ou menos, sorri. — Eu sou o melhor amigo dele, nos conhecemos desde a infância. — Damon deveria repensar melhor nas amizades dele — Soltei de forma brincalhona e Brad me deu uma cotovelada de leve rindo. — Está dizendo que eu levo ele para o mal caminho? — Isso é você quem está falando, não eu. — Sim, claro.
A semana passou se arrastando e eu quase não via Damon, ele aparecia pela manhã, trabalhava comigo, mas a tarde e a noite sumia, voltava tarde para casa quando voltava. Conforme os dias iam passando eu comecei a sair mais e a aparecer na empresa, fiquei surpresa quando em um dia comum Edgar perguntou se eu queria que ele fosse na empresa junto comigo e claro que eu disse sim. Ser vista com os Bonner era algo bom, Edgar parecia ser muito querido pelos funcionários, mas os sócios quase não tinham afinidade com ele.As coisas com Edgar pareciam normais de novo, mas estava claro que ele estava se afastando de mim e eu não entendia o por que, às vezes ele me tratava normal e em outras vezes, me tratava com indiferença ou mesmo grosseria, não, Edgar não gostava de mim. Eu não o pegava me olhando diferente, nem tão pouco me tratando de forma especial, ele me tratava como uma amiga querida ou me tratava como ninguém o que me causava muita estranheza depois de ouvir sua confissão e c
A luz que batia de leve no rosto sereno de Damon o fazia ficar mais belo, ele parecia totalmente à vontade enquanto dormia sobre o meu colo, deslizar a mão pelos seus cabelos me causava uma sensação boa pelo corpo, terna, sorri e olhei em volta. Podia imaginar uma vida nossa assim, com dias calmos, tranquilos e até mesmo agitados. Parecemos compatíveis, mesmo em brigas, havia desejo e fogo, tudo parecia acender, somente eu e Damon. Eu o amava, tanto que meu coração doía e odiava a distância pelo qual eu me mantinha, mas Damon parecia bem com Anna, ela parecia ser a calmaria que ele precisava, tinha equilíbrio. Às vezes podia sentir que Damon gostava de mim, mas se ele não me amava ainda, então ele nunca me amaria, isso era algo tão claro e nítido para mim que eu só podia deixar o caminho aberto para que ele fosse feliz, esperava que Anna fosse esse caminho. Mais uma semana se passou normal, mas o meu pensamento ainda vagava pelos momentos que tive com Damon, tanto os que
Fiquei olhando estática, sem saber o que dizer ou fazer. Damon tirou o anel do dedo e pegou a minha mão, então se ajoelhou e me olhou nos olhos. — Rosalina, case se comigo? Meus lábios se abriram de leve e eu não sabia o que dizer, foi instantânea a forma como me sentia nervosa, como queria gritar, como me sentia eufórica, como minhas mãos suaram e meu coração disparou, mas havia uma única coisa que vinha em minha mente. — E Anna? — Anna vai ser minha amante — Damon se levantou, pelo tom da sua voz entendia que era brincadeira, mas ele falava tão sério que eu acreditava que ele realmente poderia ter dito a verdade. Algo dentro de mim parecia ter despencado, do céu para o inferno. — Damon eu vou no banheiro — Falei neutra e saí a passos calmos, tentando não demonstrar que havia ficado abalado, que realmente por um momento acreditei que ele pudesse estar falando sério, Damon parou de sorrir, mas não olhei para o seu rosto, segui em direção ao banheiro e deixei
Renato foi o primeiro a soltar um som de zombaria na mesa, Maria bateu em sua barriga e sussurrou para que ele parasse, ela parecia ser uma boa moça. Não conseguia tirar os olhos de Anna, a cada segundo que passava me sentia mais nervosa, meu coração acelerava mais e mais até ouvir o sim sair do seus lábios, ela o beijou forte e o abraçou dando pequenos saltos estéricos, Edgar segurou em minha mão por cima da mesa e olhei nos olhos dele, pisquei algumas vezes evitando o choro e então respirei fundo. Anna começou a mostrar a pedra enorme em seu dedo e forcei um sorriso, de repente Edgar parecia que ia vomitar, todo o seu corpo foi para a frente e ele botou a mão na barriga ao mesmo que fez um barulho de vômito com a boca aberta por cima da mesa. — Credo! — Disse Maria olhando com desdém. Anna cobriu a boca, parecia prestes a vomitar também e Renato o olhou de cara feia. — Vai vomitar em cima da mesa? — Perguntou Damon em um misto de irritação e incredulidade — Ele é
Edgar me olhou surpreso, ele não parecia acreditar no que eu dizia. — Como vou namorar com você sabendo que você gosta do meu irmão? — Edgar, por quanto tempo você fez teatro? — Isso não importa. — Importa sim, porque você é muito bom em fingir! — Soltei um riso. — Rosa, agora você está zombando dos meus sentimentos. — Eu não faço isso, você mesmo faz isso com você. — Droga Rosa, chega! — Gritou ele se afastando, seu grito me deu um susto. Edgar foi para o canto e se sentou na beira da cama, ele afastou as lágrimas — Quando foi que descobriu? Foi realmente na festa? — Não, eu só suspeitava. Mas na fita, você estava brincando com uma boneca sozinho. Edgar riu e se virou. — Isso não quer dizer nada, muitos homens gostam de brincar de boneca ou de fazer comida. — Eu sei, mas você estava se afastando de mim quando viu que comecei a suspeitar, assim como fez com seus irmãos… — Eles não entenderiam… — E por que acha isso? — Eu sei que não. — Mes
— Como estou? — Perguntei a Claúdio ao aparecer pela porta da frente. — Suada, a Sra. Sorri, eu sabia que também estava vermelha e ofegante. — Parece que a caminhada foi boa. Queria dizer que a parte dos cavalos sim, mas ao fundo podia ouvir Damon e Anna brigando baixo o que deixou o clima um pouco desconfortável. — Eu vou subir para tomar banho — Disse Edgar — E dormir. Ri incrédula. — Vou chamar Lisa para jantar conosco - avisei. — Logo hoje que a família vai estar reunida. — Sim, infelizmente. Eu quero que ela venha porque amanhã temos um branch para ir. — E posso saber por que não fui convidado? — Você não estava falando direito comigo e quando nos acertamos, não deu muita vazão para entrar nesse assunto. — Verdade, só por isso está perdoada — Ele tocou no meu nariz e sorri então notei que Cláudio também sorria, ele ficou olhando para Edgar enquanto ele subia as escadas. — Eu fico muito feliz de ver que estão se dando bem de novo Sra. Todos n