Acordei por volta de uma da tarde, meu ombros estavam cobertos pelo casaco de Damon e meu rosto, amassado pelas folhas do qual babei. Olhei para tudo em volta desnorteada, sem entender como havia dormido do nada, não sabia que o remédio de Edgar ia me apagar por mais de doze horas, se eu soubesse não tomaria ele. Olhei para minhas roupas me dando conta de que ainda estava de camisola e de hobby e me levantei me espreguiçando, me sentia bem então fui para o quarto e tomei um banho de água gelada. Depois de me vestir desci às escadas para almoçar e ouvi uma risada feminina, me levantei e segui o som, logo vi os cabelos cacheados de Anna soltos, ela usava uma calça jeans bonita, botas e um batom rosa claro nos lábios. — Anna — Falei ainda processando a sua chegada. — Rosalina — Ela veio em minha direção e me abraçou como se fossemos amigas de anos — Eu estava empolgada para te ver de novo. Abri um sorriso doce. — Se eu soubesse que viria, estaria mandando preparar
Começou a cavalgar, eu como previsto ficava mais para trás tentando acompanhar o passo dos outros, ainda tinha receio de apertar mais os passos. Damon ia na frente e Anna se aproveitou para se aproximar dele, podia sentir a raiva minando em meu peito, somente mais oito meses e eu ia embora, deixaria os Bonner e agora de novo essa vontade em mim era crescente. Continuaria a minha amizade com Edgar, mas não pretendia olhar nunca mais para a cara de Renato e Damon, eu queria manter distância após tudo, porque vê-lo conversando e sorrindo com outra me deixava com asia. Eu sabia que estava sendo ridícula, pois eu mesma estava tentando nos juntar, mas eu estava usando a lógica quando a emoção ainda falava alto. Eu sentia ciúmes, eu queria Damon para mim, mas sabia que Damon nunca me amaria. — Você gosta dela? — De Anna? — Sim, Anna. — Eu gosto. — Não é o que seu rosto diz — Falou Edgar, talvez tivesse percebido que fiquei sem reação e tomou a frente da conversa.
Depois de uma hora no shopping escolhendo roupas, notei que realmente Edgar e Lisa pareciam se dar melhor, pelo menos com a ajuda que ela estava dando nas roupas, eles pareciam se entender. Talvez realmente tivessem coisas em comum, só nunca pararam para ter uma conversa decente antes. Foquei na paisagem de fora da loja, nas pessoas andando pela calçada, já havia escurecido, mas meu telefone continua mudo. Nenhuma ligação de Damon, suspirei frustrada. Mas uma vez, eu estava sendo ridícula, mas por mais que tentasse ser lógica, a emoção ainda gritava. Por que ainda o desejava, então me doía vê-lo beijar outra assim como me doía olhar para o telefone e não ver mensagem ou ligação alguma dele. Damon não me devia nada, nenhuma explicação, tão pouco se importar ou me ligar, mas isso me deixava ainda mais triste. Eu não podia fazer nada, desejava a sua felicidade mesmo que sem mim. Quando chegamos no apartamento de Lisa ela abriu um vinho e encheu três taças, pedimos pizz
Quando acordei pela manhã o braço de Lisa estava jogado por cima de mim, ela ainda dormia de forma espalhafatosa. Tirei sua pena e ela se mexeu sobre a cama, olhei para o telefone e vi que já eram seis da manhã. — Lisa acorde, você precisa trabalhar — Falei jogando o seu braço para o lado, ela murmurou algo e me sentei na cama, me sentia horrível, se dormi por um hora era muito, um breve cochilo, mas me sentia elétrica então levantei e bati no seu pé, ela ergueu o rosto e me olhou zangada. — São que horas? — Sete. — O que? — Ela arregalou os olhos e levantou exasperada correndo pelo quarto pegando suas coisas. — Calça, é seis. Lisa parou e respirou fundo para recuperar o fôlego, se virou para mim, mordi os lábios evitando um sorriso. — Não tem graça, você viu meu desespero? — Vi, mas isso não ajudou a você despertar? Ainda está atrasada. — Sim, vou tomar um banho e sair. — Eu te levo. — Depois de ontem, acredito que ainda está bêbada e de ressaca assi
Os olhos de Rosa a entregavam, ela estava pronta para discutir e sabia que assim que parasse de me encarar ia abrir a boca e falar sem parar sobre o meu atraso. — Onde estava, Damon? — Comendo. — Duas horas comendo? A encarei. — Você sabe que eu gosto de comer. Um silêncio pairou entre nós até que ela balançou a cabeça assentindo e deu de ombros suspirando, era um milagre que ela não tivesse dado continuidade à discussão que estava começando, mas acho que ela entendia o motivo da minha demora. No fundo, eu me sinta um idiota por insistir, todas às vezes davamos voltas e voltas sem nunca chegar a lugar algume Rosa sempre se afastava, sabia que ela tinha medo de gostar de mim e entendia isso, desde o dia em que ela entrou pelo meu quarto bebada e me agarrou, naquele dia em que ela disse abertamente que me amava, Rosa mudou. Eu estava convencido de que ela se lembrava daquele dia pela forma que estava agindo, cada vez mais fria. Mas, a sua frieza começava a par
Damon me deu um susto quando fechou a porta, abri os olhos e saltei erguendo o rosto e consertando o meu cabelo. — Eu já vi que estava dormindo. — Eu não ia negar que estava. Damon abriu um sorriso fraco, parecia mais calmo quando se sentou ao meu lado e pegou as folhas, ele começou a olhar os arquivos e a manhã foi tranquila. Na parte da tarde eu o vi sumir, pouco depois peguei os jornais na cozinha e vi que a sua noite havia sido mais agitada do que a minha, Damon havia voltado aos antigos jornais onde ele era visto como um mulherengo, havia saído com Brad e foi visto beijando duas ou tres bocas. Suspirei e deixei o jornal de lado, movida pela emoção mandei uma mensagem a ele perguntando onde ele estava e mesmo vendo, ele não respondeu. Olhei para o teto e deixei o telefone de lado, nunca antes havíamos ficado tão estranhos. Aos poucos um abismo entre nós estava sendo aberto, a princípio eu havia o cávado e criado ele, mas agora Damon estava contribuindo também e n
O meu vestido preto justo tinha um caimento perfeito tomara que caia com alças caídas sobre o ombro que desciam pelas costas, quando chegava na altura dos olhos um brilho intenso começava e se aprofundar mais até chegar a bainha o dando o toque final, assim como os brincos de diamante em conjunto com o colar e a pulseira, o anel era de esmeralda a fim de destacar a pedra enorme das demais, os saltos pretos, a bolsa prata combinando com a bainha do meu vestido revestido de brilho, o cabelo preso de lado lembrava uma flor delicada, duas mechas caiam sobre o meu rosto e às ajeitei. — Abra a boca — Pediu Lisa e me virei para ela forçando um sorriso para que ela passasse o batom. — Você está poderosa hoje tampinha. — Parede me chamar assim — Franzi o cenho ela riu. — Pare de falar ou vou borrocar todo o seu rosto, sem querer claro. Evitei um sorriso e deixei que ela terminasse, ela me olhou de cima a baixo. — Nunca te vi tão bonita Rosa, acho que ao invés de convencer os
— Chega de foto Lisa — Disse Edgar botando a mão para frente. Renato desceu as escadas quieto e então saiu andando, fiquei olhando enquanto ele seguia em direção a outro cômodo, se afastando de nós. Realmente conseguimos tirar uma foto nós quatro sorrindo? Ainda estava impressionada enquanto Edgar e Lisa protestavam em uma discussão boba, Damon seguiu em direção a porta. Estava prestes a perguntar para onde ele ia visto que seria bom que ele também recebesse os convidados assim como Edgar e Renato presentes, todo mundo parecia sesgarrado, seguindo seus próprios caminhos, Edgar era o único que estava animado para a festa de fato e ficou comigo na porta recebendo os convidados. Olhei em volta, a casa enchia rápido e Edgar me apresentava na porta os sócios. — Esse negócio de ficar na porta é chato — Falei — Por que eles só não entram, não entendo o conceito de ter que ficar na porta — É mais receptivo e educado Rosa. — Eu sei, mas eu queria andar pelo salão, convers