Foi uma noite diferente, depois de comer marshmallows com Damon eu abri a garrafa de vinho para celebrar a minha despedida de Jonathan, Damon e eu riamos de forma descontraída enquanto conversávamos, duas taças eu havia pensado em tudo a fim de não descer às escadas de novo, aquelas roupas queimando para mim era uma comemoração, uma celebração. Meu telefone continuava tocando no silencioso, a vibração o tempo todo me irritava, eu sabia quem era e não ia atender. — Quer que eu quebre seu telefone? — Não seria mais fácil apenas quebrar o chip? — Perguntei a ele que assentiu achando graça, tirei a capa do telefone e o abri, tirando a bateria tirei o chip e o ergui na frente de Damon o entregando. — Tem certeza? — Por favor — Pedi em um tom de ironia e Damon pegou o chip e facilmente o quebrou ao meio, suspirei agora às ligações excessivas iam parar, assim como Jonathan estava impedido de entrar na mansão a menos que me encontrasse pela rua não o veria de novo. — Você
Foi nesse momento que senti uma presença se aproximando na mesma medida que uma sombra me cobriu, olhei em direção a ela e vi Damon do qual ainda possuía olhos levemente vermelhos e inchados, acreditava que assim como eu ele havia acabado de acordar, mas eu sabia disfarçar melhor usando maquiagem. Thomas se levantou para o cumprimentar e ambos deram um breve abraço, Damon me comprimentou de forma formal erguendo a mão a olhei com certa estranheza, talvez fosse a falta de costume de nos comprimentar-mos, normalmente já chegavamos falando o que queria, esbravejando normalmente todas às irritações um do outro, Damon se sentou ao lado dele. — Está com uma cara péssima, acordou agora? — Sim. — A noite foi boa? Damon me olhou nos olhos me causando calor pelo corpo inteiro e então olhou para Thomas de novo balançando a cabeça, Thomas riu. — Está com sede? — Thomas, do que se trata o motivo da sua visita, não me diga que tem notícias ruins. — Não, não tenho. Eu só es
— Eu vou também — Disse Damon e Thomas o olhou sério. — Eu acho melhor não, para que os boatos sobre vocês não cresçam ainda mais. — Mas nós não vamos viajar juntos? — Questionei Thomas sem entender. — Sim, mas a trabalho e por que vai precisar de Damon para te auxiliar em tudo. — Eu virei o secretário agora? — Perguntou Damon com deboche. — Não precisa ir se não quiser — Falei com delicadeza, não queria que ele se sentisse forçado a ir. — Eu não disse que não queria ir, você não quer que eu vá? — Eu não disse que não queria que você não fosse. — Então você quer que eu vá? — Se você quiser ir, você vai — Respondi. — Então os dois vão, ótimo — Disse Thomas interrompendo o nosso diálogo estranho, desviei os olhos para Thomas, mas Damon ainda me olhava sério. — Eu vou me arrumar para dar a entrevista — Falei me levantando. — Ótimo, Sr. Rosa só mais uma coisa — Disse Thomas me fazendo me virar para ele de novo — Eu preciso perguntar isso a vocês, não q
Sair da mansão foi um pouco difícil, visto que o s repórteres estavam barrando os botões sem previsão alguma de quando i Torcia muito para que não fossem seguidos, mas ouvi as batidas no carro e a gritaria em volta assim como percebi que ele andava lentamente, então enfim Damon conseguiu acelerar o carro.riam sair. — Ainda não — Disse ele antes que eu jogasse o cobertor longe. — Sério? — Falei incrédula. — Espera um pouco — Pediu, me sentia uma fugitiva tendo que se esconder no banco de trás com um cobertor preto para que ninguém me visse. — Todos vão saber que viajamos juntos de qualquer forma — Comentei. — Sim, mas pelo menos evitamos especulações sobre para onde estamos indo agora porque quando tiver notícias nos jornais, não vai ser sobre especulações de nosso envolvimento, mas a respeito da viagem de trabalho. — Como sabe? — Porque as fotos estarão nas fazendas da empresa, o que não sobra espaço para imaginação, é uma viagem de trabalho e não vamos preci
— Não! — O olhei séria, incrédula de suas palavras — De onde tirou isso? — Eu te falei um dos meus lugares favoritos no mundo e você diz que vai com o meu irmão, eu não consigo acreditar nisso! — Então tá Damon, venha comigo. Ele balançou a cabeça negando. — Não, se eu quiser eu vou sozinho. — Isso tudo é birra? — Não, eu só não sou segundo, Rosa. — Damon, vamos eu, você e Edgar, tudo bem? — Agora você quer que eu e meu irmão vamos a uma viagem juntos como uma família feliz? — Questionou ele, quando eu achava que ia melhorar a situação parecia piorar e eu já não sabia o que dizer para aliviar. — Eu esqueci que vocês gostam de se ignorar diariamente. Acho que Edgar aceitaria ir comigo, mas você, acho que você não ia gostar de uma viagem comigo. — Por que não iria? — Não sei, por que vivemos igual cão e gato todos os dias? Eu fazer uma viagem deve ser como uns dias de folga para você ficar em paz. Damon riu, um riso baixo e gostoso e me olhou de uma
Acordei com o barulho do alto falante e o som do piloto avisando que havíamos chegado, afastei o cobertor e dei uma leve sacudida em Damon que acordou resmungando algo, mordi os lábios achando graça, mas evitando de rir e ele me olhou. — Chegamos? — Sim, chegamos. — Até que enfim, se fossemos com o jatinho particular seria mais rápido. — E por que não viemos nele? — Edgar está o usando — Disse Damon com desdém pegando as malas. Pousamos em Belo Horizonte, onde Francisco o administrador da fazenda estava à nossa espera. Damon era o único que conhecia a aparência dele então, quando ele se aproximou de um homem barbudo que usava um boné e uma camisa de flanela simples eu já sabia que era ele. Eles se cumprimentaram com um sorriso e aperto de mão, então Damon me apresentou. — Essa é Rosalina Danzi, ela também tem direito às posses das fazendas, das fábricas e da empresa como nós. — Eu nunca ouvi falar de você — Disse ele erguendo a mão, com certeza não est
— E então? — É gostoso — Respondi, ela parecia satisfeita com a minha resposta. Às coisas eram agitadas na fazenda dos Bragança, o dia mal havia começado e já estávamos saindo pelas portas a fim de explorar a fazenda, o lugar pacato só tinha os animais como companhia o que para mim estava ótimo, sem câmeras, sem pessoas ricas esnobes, sem fofocas de ex colegas de trabalho, calcei as botas que eu havia trazido perfeitas para o passeio e prestei atenção enquanto Francisco me contava da fazenda. — Daqui não precisamos de muito, tiramos quase todo o nosso alimento dos animais e da horta atrás da casa. Tem galinhas, bois e vacas, dois cavalos no celeiro, um burro. Plantamos tomate, cenoura, batata, chuchu, inhame, beterraba e até alface por que Carla gosta muito. — Sorri a menção da esposa dele e Francisco continuou — Nós temos mudas de açafrão, cheiro verde, pimenta, louro. Chá de boldo, transagem, pé de ariola, acerola bem ali. Ele apontou para uma árvore infestada de acerola
Quando escureceu, logo após o jantar Francisco nos chamou para tomar um ar já que a casa estava abadá e aproveitou para mostrar suas habilidades com o violão ao tocar uma música animada que eu não conhecia, Carla começou a bater palmas e eu e Damon os seguimos, era música country, Damon estendeu a mão para Carla. — Não, obrigada — Disse ela, mas sem aceitar o não ele tomou a mão dela a puxando, Carla riu e entrando na brincadeira começou a dançar, o clima animado e descontraído se mesclava a música animada e aos risos, me sentei ao lado de Francisco os dando mais espaço na varanda fazendo dela o seu palco, continuei batendo palma animada. Damon dançava bem e me questionei sobre o que ele não sabia fazer. Quando Carla se afastou, ela me puxou pela mão me fazendo dançar com eles, ergui as mãos. — Eu não sei dançar. — É simples minha filha, os passos são assim — Ela os fez lentamente então os imitei, ela tomou a minha mão e me girou e então rápido, ri extasiada até que b