Quando abri a porta pude sentir o vento cortante em meu rosto, apesar de saber que o clima estava gelado eu não sentia frio por que meu sangue fervia, Damon realmente era especial, eu já me sentia um pouco sóbria por conta da raiva e adrenalina olhei em volta e o procurei pelo homem de cabelos lisos e desgrenhados e o vi em um canto distante, perto da borda, vestia um suéter bege e uma calça preta de moletom enquanto olhava para a paisagem de fora relaxada. Caminhei rápido em sua direção e parei a dois metros de distância dele. — Damon, por que você tirou as roupas do Jonathan do meu guarda roupa? — Boa noite para você também Rosa — Disse ele sem se importar em se virar para mim. — Damon! — Gritei furiosa e ele suspirou e se virou devagar para mim, o seu semblante tranquilo se tornou de choque ao me ver. — Rosa, o que você fez? — Cortei os cabelos e pintei, por que? Achava que ele ia reclamar da minha ignorância, mas Damon me olhava estranho. Seus olhos percorr
Foi uma noite diferente, depois de comer marshmallows com Damon eu abri a garrafa de vinho para celebrar a minha despedida de Jonathan, Damon e eu riamos de forma descontraída enquanto conversávamos, duas taças eu havia pensado em tudo a fim de não descer às escadas de novo, aquelas roupas queimando para mim era uma comemoração, uma celebração. Meu telefone continuava tocando no silencioso, a vibração o tempo todo me irritava, eu sabia quem era e não ia atender. — Quer que eu quebre seu telefone? — Não seria mais fácil apenas quebrar o chip? — Perguntei a ele que assentiu achando graça, tirei a capa do telefone e o abri, tirando a bateria tirei o chip e o ergui na frente de Damon o entregando. — Tem certeza? — Por favor — Pedi em um tom de ironia e Damon pegou o chip e facilmente o quebrou ao meio, suspirei agora às ligações excessivas iam parar, assim como Jonathan estava impedido de entrar na mansão a menos que me encontrasse pela rua não o veria de novo. — Você
Foi nesse momento que senti uma presença se aproximando na mesma medida que uma sombra me cobriu, olhei em direção a ela e vi Damon do qual ainda possuía olhos levemente vermelhos e inchados, acreditava que assim como eu ele havia acabado de acordar, mas eu sabia disfarçar melhor usando maquiagem. Thomas se levantou para o cumprimentar e ambos deram um breve abraço, Damon me comprimentou de forma formal erguendo a mão a olhei com certa estranheza, talvez fosse a falta de costume de nos comprimentar-mos, normalmente já chegavamos falando o que queria, esbravejando normalmente todas às irritações um do outro, Damon se sentou ao lado dele. — Está com uma cara péssima, acordou agora? — Sim. — A noite foi boa? Damon me olhou nos olhos me causando calor pelo corpo inteiro e então olhou para Thomas de novo balançando a cabeça, Thomas riu. — Está com sede? — Thomas, do que se trata o motivo da sua visita, não me diga que tem notícias ruins. — Não, não tenho. Eu só es
— Eu vou também — Disse Damon e Thomas o olhou sério. — Eu acho melhor não, para que os boatos sobre vocês não cresçam ainda mais. — Mas nós não vamos viajar juntos? — Questionei Thomas sem entender. — Sim, mas a trabalho e por que vai precisar de Damon para te auxiliar em tudo. — Eu virei o secretário agora? — Perguntou Damon com deboche. — Não precisa ir se não quiser — Falei com delicadeza, não queria que ele se sentisse forçado a ir. — Eu não disse que não queria ir, você não quer que eu vá? — Eu não disse que não queria que você não fosse. — Então você quer que eu vá? — Se você quiser ir, você vai — Respondi. — Então os dois vão, ótimo — Disse Thomas interrompendo o nosso diálogo estranho, desviei os olhos para Thomas, mas Damon ainda me olhava sério. — Eu vou me arrumar para dar a entrevista — Falei me levantando. — Ótimo, Sr. Rosa só mais uma coisa — Disse Thomas me fazendo me virar para ele de novo — Eu preciso perguntar isso a vocês, não q
Sair da mansão foi um pouco difícil, visto que o s repórteres estavam barrando os botões sem previsão alguma de quando i Torcia muito para que não fossem seguidos, mas ouvi as batidas no carro e a gritaria em volta assim como percebi que ele andava lentamente, então enfim Damon conseguiu acelerar o carro.riam sair. — Ainda não — Disse ele antes que eu jogasse o cobertor longe. — Sério? — Falei incrédula. — Espera um pouco — Pediu, me sentia uma fugitiva tendo que se esconder no banco de trás com um cobertor preto para que ninguém me visse. — Todos vão saber que viajamos juntos de qualquer forma — Comentei. — Sim, mas pelo menos evitamos especulações sobre para onde estamos indo agora porque quando tiver notícias nos jornais, não vai ser sobre especulações de nosso envolvimento, mas a respeito da viagem de trabalho. — Como sabe? — Porque as fotos estarão nas fazendas da empresa, o que não sobra espaço para imaginação, é uma viagem de trabalho e não vamos preci
— Não! — O olhei séria, incrédula de suas palavras — De onde tirou isso? — Eu te falei um dos meus lugares favoritos no mundo e você diz que vai com o meu irmão, eu não consigo acreditar nisso! — Então tá Damon, venha comigo. Ele balançou a cabeça negando. — Não, se eu quiser eu vou sozinho. — Isso tudo é birra? — Não, eu só não sou segundo, Rosa. — Damon, vamos eu, você e Edgar, tudo bem? — Agora você quer que eu e meu irmão vamos a uma viagem juntos como uma família feliz? — Questionou ele, quando eu achava que ia melhorar a situação parecia piorar e eu já não sabia o que dizer para aliviar. — Eu esqueci que vocês gostam de se ignorar diariamente. Acho que Edgar aceitaria ir comigo, mas você, acho que você não ia gostar de uma viagem comigo. — Por que não iria? — Não sei, por que vivemos igual cão e gato todos os dias? Eu fazer uma viagem deve ser como uns dias de folga para você ficar em paz. Damon riu, um riso baixo e gostoso e me olhou de uma
Acordei com o barulho do alto falante e o som do piloto avisando que havíamos chegado, afastei o cobertor e dei uma leve sacudida em Damon que acordou resmungando algo, mordi os lábios achando graça, mas evitando de rir e ele me olhou. — Chegamos? — Sim, chegamos. — Até que enfim, se fossemos com o jatinho particular seria mais rápido. — E por que não viemos nele? — Edgar está o usando — Disse Damon com desdém pegando as malas. Pousamos em Belo Horizonte, onde Francisco o administrador da fazenda estava à nossa espera. Damon era o único que conhecia a aparência dele então, quando ele se aproximou de um homem barbudo que usava um boné e uma camisa de flanela simples eu já sabia que era ele. Eles se cumprimentaram com um sorriso e aperto de mão, então Damon me apresentou. — Essa é Rosalina Danzi, ela também tem direito às posses das fazendas, das fábricas e da empresa como nós. — Eu nunca ouvi falar de você — Disse ele erguendo a mão, com certeza não est
— E então? — É gostoso — Respondi, ela parecia satisfeita com a minha resposta. Às coisas eram agitadas na fazenda dos Bragança, o dia mal havia começado e já estávamos saindo pelas portas a fim de explorar a fazenda, o lugar pacato só tinha os animais como companhia o que para mim estava ótimo, sem câmeras, sem pessoas ricas esnobes, sem fofocas de ex colegas de trabalho, calcei as botas que eu havia trazido perfeitas para o passeio e prestei atenção enquanto Francisco me contava da fazenda. — Daqui não precisamos de muito, tiramos quase todo o nosso alimento dos animais e da horta atrás da casa. Tem galinhas, bois e vacas, dois cavalos no celeiro, um burro. Plantamos tomate, cenoura, batata, chuchu, inhame, beterraba e até alface por que Carla gosta muito. — Sorri a menção da esposa dele e Francisco continuou — Nós temos mudas de açafrão, cheiro verde, pimenta, louro. Chá de boldo, transagem, pé de ariola, acerola bem ali. Ele apontou para uma árvore infestada de acerola