Logo avistei o Sr e a Sra Johnson, Marta era uma senhora de quarenta e dois anos, ela tinha olhos doces do qual poderia confundir qualquer um, mas a mulher era ranzinza, amarga e controladora. Enquanto pobre William era um homem bom, quase como para manter o equilíbrio não tinha o que reclamar, William sempre me tratou bem, mas ele era facilmente manipulado pela sua esposa. Marta era o próprio diabo. A nossa relação durante todos os anos em que estive com Jonathan foi bem difícil, mas eu raramente reclamava de algo, procurando manter a paz o máximo que eu conseguia afinal, Marta nunca ficava mais do que um dia indo embora no final dele, eu só precisava aguentar algumas horas pois nem mesmo ela gostava de estar perto de mim e assim, mantenhamos uma decência e convivência restrita sendo apenas em datas especiais. Como o meu noivado com Jonathan. — Rosalina — Disse Marta gritando com alegria, a abracei esboçando um sorriso — Nossa, já faz um tempo que não nos vemos. — Si
Como de costume a casa estava silenciosa e eu nunca havia gostado tanto desse silêncio antes quanto agora, me sentia mais aliviada, pelo menos por enquanto ao saber que ainda não havia me deparado com Renato e suas implicâncias, feliz por ele ser ausente a maior parte do tempo, afinal, eu estava com visitas do qual não desejava que vissem como a minha vida estava sendo desastrosa dentro daquela mansão. Tudo o que havia acontecido pela manhã parecia uma avalanche de coisas a se pensar e eu me sentia cada vez mais ansiosa, respirava fundo tentando me acalmar, mas e se Damon aparecesse para o almoço? Ainda não sabia com qual cara ia olhá-lo, ainda precisava pensar em como ia falar com Jonathan, não conseguia parar de me sentir mal com a estadia de seus pais, mas ia esperar até que eles fossem embora para terminar com o noivado, afinal, eu duvidava muito que assim que eu contasse sobre o que havia acontecido Jonathan ia me perdoar. Estava uma pilha de nervos enquanto via meu com
— É, você tem aquela coisa de reencarnação né? — Ela parecia evitar de fazer uma careta, ainda assim a sua expressão não era boa — Mas Jonathan cresceu na igreja. Balancei a cabeça assentindo. — Eu vou ver isso depois. Ela assentiu. — Eu posso te ajudar a escolher o vestido e o buquê, o bufê tem que ser o melhor da cidade e as flores do salão, tem que ter muitas flores na igreja também. A sua voz estava começando a me irritar, podia sentir que estava ficando sufocada enquanto falava. Olhei em volta, tudo parecia desfocado, não conseguia mais prestar atenção na conversa. — Rosa? Olhei nos olhos de Marta prestando atenção. — Sim? — Você não parecia prestar atenção. — Me desculpe Marta, eu não estou me sentindo bem essa manhã. — O que foi? É um mal estar? Balancei a cabeça assentindo, aproveitando a oportunidade. — Quer que eu fale com Jonathan, chame alguém ou o acompanhe até o quarto? — Não é preciso, não é nada demais — Olhei para o relógi
— Eu… Eu só queria… Ele ergueu as sobrancelhas me deixando mais nervosa, um silêncio pairou entre nós enquanto ele me olhava, sabia que esperava a resposta, mas eu não sabia o que dizer. — Você parou de por chocolate nos últimos dias. — Sim, acho que eu estava sendo boba. — Eu gosto de doces, quem te contou sobre isso? Foi Wallace? Arregalei os olhos surpresa. — Como sabia? — Você anda para cima e para baixo com ele. Balancei a cabeça assentindo, realmente não era difícil de deduzir. — Eu gosto de pudim e torta de limão. — O que? — Franzi o cenho sem entender. — Eu estou dizendo os doces que mais gosto, da próxima vez bote um deles na minha porta. Sorri constrangida. — Pudim de milho é o meu pudim favorito, já comeu? Ele franziu o cenho. — Milho? — Sim. — Não, mas tudo o que tem milho é bom. — Sim, verdade — Sorri — Você quer entrar? Olhei em volta para o meu quarto sem saber o que fazer, eu estava de hobby convidando um home
Balancei a cabeça assentindo e me virei rápido indo em direção às escadas, senti a mão de Damon me segurar e me virei para ele. — Em quanto tempo você consegue se arrumar? — Não sei, vinte minutos. — Faça isso em dez. Ele me soltou e subi às escadas nervosas. Enquanto subia meus pensamentos pareciam nublados, me voltei para o que eu ia vestir, somente um vestido vinha na minha mente, era o mais bonito que eu tinha e o que estava guardando para o dia da reunião, tomei um banho rápido e joguei o vestido por cima, um pente para desembaraçar os cabelos e a bolsa do qual tinha o básico, queria causar uma boa impressão, mas esse era o máximo que eu conseguia nervosa e apressada do jeito que eu estava, desci às escadas e o carro de Damon estava parado em frente a porta, era a lamborghini avaliada em vinte milhões, aquela pelo qual ele havia batido o pé dizendo que queria quando o testamento estava sendo lido por Lorenzo. Abri a porta e entrei rápido, Damon começou a dirigi
Renato não prolongou a discussão, ao invés disso ele saiu a passos rápidos e ficamos sabendo, que um pouco depois ele já não estava mais no prédio, diferente de mim e de Damon que fomos até a antiga sala de Antonio onde Damon parecia procurar algo, alguns minutos depois batidas na porta me deixaram em alerta, eu e Damon olhamos juntos para ela. — Deve ser Thomas — Disse Damon para mim — Entre. A porta se abriu revelando o rosto de um homem loiro, de estatura mediana e robusto, possuía uma barba fina e bem feita, olhos azuis chamativos e um óculos charmoso sobre o rosto. Ele se aproximou de Damon e abriu um sorriso, seu perfume poderia ser sentido a distância de metros, era bom ao olfato. — Thomas. — Damon. Damon soltou a mão dele, me aproximei deles. — Essa é Rosalina Danzi, a nova proprietária da empresa, Rosa, essa é Thomas o vice-presidente da empresa e meu espião, o cara mais competente desse lugar. Thomas soltou uma risada gostosa e estendeu a mão que
— O caminho parece um filme de terror, mas vale a pena por essa vista — Falei e Damon sorriu. — Achei que ia gostar, já que gosta de observar as estrelas do terraço. — O que eu mais gostei é que aqui não é lá, não é a mansão. Damon balançou a cabeça assentindo. — Hoje mais cedo, com a sua sogra… — Não se preocupe, você estava certo — Falei rápido o tranquilizando, Damon assentiu e eu continuei — Eu também não gostei do que ela fez, obrigada por me defender. — Por que deixa que ela te trate assim? — Eu não deixo, eu vou empurrando até que uma hora, eu exploda. — E se você não explodir? Você só continua engolindo esperando que um dia acabe? — Suas palavras me chamaram atenção, ergui os olhos para olhá-lo, Damon estava com o semblante endurecido, sério e me encarava esperando por uma resposta talvez, mas então ele continuou — Rosa, não deixe ninguém te diminuir, desfazer de você ou te humilhar. — Ela não estava fazendo isso. Damon balançou a cabeça. —
Ainda podia sentir a adrenalina e agitação do momento surpresa, pois em minuto eu estava andando rápido sem ouvir os gritos de Damon sobre os perigos noturnos daquele lugar e no outro, eu havia rolado desfiladeiro abaixo, mas não havia doido. Abri os olhos devagar e olhei para Damon que se erguia devagar, ele olhou para o meu rosto e toquei em seu rosto preocupada o examinando, achando impossível que ele não tivesse se machucado depois de me abraçar ao cair, para amortecer a minha queda. — Damon, Damon? — Perguntei exasperada. — Eu estou bem — Disse ele, somente banhado pela luz fraca que a luz emitida sobre o seu rosto, Damon fazia uma careta e eu sabia que ele estava sentindo dor. — Não está bem, onde dói? — Não foi nada — Disse ele se levantando de cima de mim, ele me olhou de cima abaixo — Eu te machuquei? — Não — Falei, o corpo de Damon havia sido o que amorteceu a queda, tudo foi muito rápido, quando cai ele me puxou sobre o seu peito, mas já era tarde e