Hannah Mond
Arregalei meus olhos ao ver quatro homens sentados e um deles em específico chamou a minha total atenção, eu não entendo! Porque já vi o filho herdeiro do Alfa algumas vezes de longe e não foi como está sendo hoje... Sinto meu coração acelerar ao vê-lo sentado segurando um copo de bebida. Ele é alto, de pele parda, com uma presença imponente que parece dominar o ambiente. Seus cabelos castanhos não tão claros nem tão escuros, estão penteados para cima, exibindo um estilo despojado e moderno que me atrai instantaneamente. Os lados mais curtos conferem-lhe um ar de elegância e mistério, que me instiga a conhecê-lo melhor. Seus olhos escuros capturam minha atenção, transmitindo uma intensidade profunda que me deixa sem fôlego. A barba bem feita realça seus traços marcantes e preenchida num desenho perfeitamente alinhada, revelando uma atenção meticulosa aos detalhes. Consigo ver os músculos definidos sob a camisa aberta e dois botões desabotoados, emanando uma aura de força e determinação que me fascina. Uma tatuagem no braço direito chama minha atenção, revelando um pedaço de sua história que desperta minha curiosidade. Sua postura confiante e os anéis em seus dedos adicionam um toque de estilo e sofisticação à sua imagem já impressionante. Observá-lo é como contemplar uma obra de arte viva, cheia de mistério e beleza. Neste momento, percebi que esse homem desperta em mim uma mistura de emoções complexas, desde admiração até uma pontada de nervosismo. Mas acima de tudo, sinto uma inexplicável conexão com ele, como se nossos destinos estivessem entrelaçados de alguma forma ainda desconhecida. — Hannah! — ouvi o grito da Sophie e só quando ela tocou em mim, que eu saí do transe esquisito por aquele homem — Você veio!!! Ela me abraçou e eu o vi semicerrar os olho, enquanto desfrutava daquele líquido tranquilamente. — Eu não queria vir! — voltei minha atenção a Sophie. Ela está linda, com seus cabelos cacheados ruivos caindo sobre seus ombros, com uma maquiagem leve realçando a tonalidade dos seus olhos claros e um batom rosado fraco em seus lábios. Seu estilo é totalmente ao contrário do meu. Ela usa uma calça jeans apertada e uma segunda pele vermelha, realçando suas curvas... Ela é a extrovertida do nosso grupinho de duas. Cumprimentei seu companheiro e ele sorriu com um asseno, não sei se foi para mim ou para a mesa que estava atrás. Dos Alfas — Porque você não queria vir!! — ela me encarou — Hoje você pode encontrar o seu companheiro! — E né! — dei de ombros — Tanto faz. — Amiga ele vai ser bom com você! — Ela sussurrou em meu ouvido após me abraçar. — Vem vamos sentar em uma mesa! — Sophie me puxou entre as pessoas que nos olhava — Eu vim aqui! Só para conhecer o seu companheiro, eu quero que ele passe no meu teste! — Que teste!? — eu estava dando passos rápidos, já que ela estava quase correndo e me arrastando. Notei que o companheiro dela veio atrás de nós com as mãos no bolso, ele sorria olhando para ela. Eles são perfeitos um para o outro! Somos amigas desde crianças ela é um ano mais velha do que eu, então estou acostumada e bem familiarizada com o jeito doce, divertido e apavorado dela. Assim como ela está com o meu jeito mais reservado... — Rezervado? — Ayla resolveu aparecer — Você é quase aquele animal, que coloca a cabeça dentro do buraco, a diferença é que ele tira... — Eu viveria em uma caverna facilmente! — falamos juntas e rimos mentalmente... — Sim Hannah! — Sophie parou diante de uma mesa, me tirando da minha conversa com a Ayla. — Ele precisa ser bom com você! Caso contrário eu mando o Felix matar ele! — Quem, eu devo matar? — seu companheiro sentou ao lado dela, jogando seu braço sobre seus ombros. — O companheiro da Hannah, se ele for mau com ela! — Sophie sorriu para ele divertida — Eu o mataria! Mas ele pode ser mais forte. Então só ajudo a esconder o corpo. Ayla gargalhou em minha mente e eu sorri sentindo o meu rosto corar, enquanto me sentei na cadeira de frente para eles, com a mesa redonda nos separando... Deus a Sophie é demais. Mas mesmo com ela aqui ainda não consigo ficar tranquila. — Ayla o que foi aquilo com o herdeiro Alfa Dominik? — já que ela apareceu, me voltei a ela para perguntar. — Eu não sei... — ela pausou, parecendo pensar — Eu sei que o nosso companheiro está aqui! Mas não sei onde... Eu não consigo localiza-lo... Ainda. — Que bom! Ele não quer que nós o encontremos, então podemos ir! — falei sentindo um alívio tremendo, ao me levantar. — Para Hannah!!! — Ayla gritou com raiva e eu me sentei novamente — Não está na hora ainda, mas eu vou localiza-lo, só me de um tempo, por favor!? — Como se eu quisesse! — bufei — Você me prometeu! Disse que ia me deixar vê-lo! — ela fez beicinho resmungando. — Tá bom! Respirei fundo, colocando meus braços sobre a mesa e deitando minha cabeça. Eu queria dormir, mas a Ayla é minha única irmã, eu confio nela e ela confia em mim. Então aqui estou. — Pode voltar a realidade amiga!? — Sophie falou rindo — Vamos dançar? Levantei minha cabeça e encarei ela. — Pode ir com ele! Eu vou ficar bem! — Tem certeza!? — ela cemicerrou os olhos — Você não vai embora! — Foram me buscar! — dei de ombros — Se eu sair antes da meia noite! Capaz de irem atrás de mim e me arrastar de volta... — Respirei fundo — Então eu vou ficar bem aqui! — Oba! — Sophie falou animada. Enquanto puxava seu parceiro. Ela já recebeu sua marca e eu acho fofo como eles se dão bem — A gente já volta! Hannah Sorri ao olhá-la, Sophie já me defendeu várias vezes na escola, desde que todos os comentários e as piadas começaram... E hoje eu fico muito feliz que ela tenha alguém por ela. Olhei em volta e vi a porta de acesso a área reservada ao Jardim do salão — O que você faz aqui esquisita! — Antes que eu pudesse me levantar. Amelie se sentou junto com suas duas melhores amigas — Você veio aqui atrás de um companheiro? — elas riram— Veio ser rejeitada novamente? — Hannah me deixe respondê-las, por favor... Me deixe colocá-la em seu lugar — Ayla uivou de raiva em minha mente, tentando pegar o controle. — Não! Está tudo bem... — O que ouve com o seu ex namorado? — Amelie é uma loira com o corpo de uma modelo, usando roupas mostrando quase o seu útero, me encarou — Ah! Ele se apaixonou por mim e te humilhou, na escola! — elas gargalharam falsamente. Quem consegue rir sem querer!! Eu não estava no clima de respondê-las, eu nunca estou... Odeio isso! Eu queria muito me defender, mas não sei porque não consigo e nem deixo a Ayla resolver. Senti meus olhos se encherem de lágrimas. Enquanto Ayla pulava ferozmente em minha cabeça pedindo para que eu deixa- se ela resolver. — Como que vai ser. Ser rejeitada novamente esquisita, nerde!? — eu ia levantar, mas as garotas seguraram o meu braço me forçando a ficar — Sabe esquisita! Eu tenho dezessete anos e o filho do Alfa ainda não tem uma companheira e ele já tem vinte e oito anos e esta preste a assumir a matilha, daqui a alguns meses eu completo dezoito... Meu pai o beta do pai dele, me disse que se até lá, a sua companheira não aparecer, eu serei a sua primeira escolha! Então eu serei a Luna desta matilha e a primeira coisa que eu vou fazer é... Suas palavras foram silenciadas por um cheiro!!! Eu já senti antes! — Hannah é ele!!! Companheiro!!! — Ayla gritou e deitou no chão, ela ficou subimissa tão derrepente. Estranho. — Meia noite!!!! — Ouvi todos gritar, como a tradição... Mas eu não sabia o que fazer, aquele cheiro entrava em minhas narinas me anestesiando por inteira. Um cheiro amadeirado com uma leve pitada de menta. Engoli em seco e fechei meus olhos... É bom, muito bom — É ele... É ele!!! — Ayla pulava é dava cambalhotas... Ela é como uma pequena loba em minha cabeça! Eu consigo senti-la de todas as maneiras, até seus movimentos, mas não podemos nos ver... Bom eu não posso ver ela! Mas ela pode me ver através dos meus olhos... Eu sabia de onde aquele cheiro estava vindo! Arregalei meus olhos sentindo um arrepio bom percorrer o meu corpo, me virei de vagar para trás e os meus olhos pararam diretamente nele. Colocando o copo vazio sobre a mesa e me olhando em seguida. Seu olhar era intenso, mas não havia expressão. — É ele... É ele... Nosso companheiro! Companheiro! — Ayla estava anestesiada — Eu quero brincar, vamos brincar com ele Hannah!? Meus lábios se abriram lentamente em choque e com um suspiro susurrei: — Não! Herdeiro Alfa Dominik...Hannah Mond— O que você está fazendo!?— Ayla perguntou confusa.Meu coração estava batendo muito rápido, eu quase não conseguia sentir o ar entrando nos meus pulmões, ele estava lá parado me olhando e eu o olhando... Eu apenas me soltei e em um único e talvez ultimo impulso de adrenalina, eu queria muito correr para seus bracos, mas corri para fora trombando em quem estivesse no meu caminho, em direção ao jardim a única porta que eu achei a primeira vista... Mesmo que Ayla e cada canto do meu corpo estivesse desejando correr para ele.— Porque você esta correndo do nosso companheiro? — Ayla resmungou irritada.— Você viu quem era? — falei, enquanto puxava o ar mais forte, para que eles cheguem aos meus pulmões. — E daí Hannah! Ele é nosso companheiro? Você não pode! — Ayla falou indignada.— Você ficou maluca!!! — gritei — A rejeição de um Alfa dói mais do que qualquer outra! — falei inspirando e respirando, ao engoli em seco. Talvez em pânico.Caminhei por aquele jardim, tentando
Hannah Mond Seus lábios se encontraram suavemente com os meus, como se dançassem em sintonia, num movimento lento e delicado que fez o tempo parecer parar. Meu coração que estava esquecendo de bater, tomou um ritmo descontrolado, eu sentia ele saltar cada vez mais rápido dentro do meu peito. Sentindo a doçura daquele contato que transcendia o físico e me mergulhava na profundidade das minhas emoções. Cada toque dos seus lábios eram como uma promessa sussurrada de amor e conexão, envolvendo-a em um turbilhão de sensações arrebatadoras. Era um beijo que transcendia palavras, um instante mágico em que o mundo se reduzia a dois corações batendo em perfeita harmonia.Eu já estava suspensa em seus braços, mas o que ele fez asseguir me faltou ar. Suas duas mãos seguraram minhas pernas e rápido ele as colocou envolta da sua cintura. Intensificando aquele beijo que estava tirando mais fôlego meu, do que eu esperava. O que eu não conseguia fazer, era me afastar. Meu corpo parecia estar
Hannah Mond Estamos a caminho da casa dos alfas! Eu estou muito agradecida por Dominik ter me tirado daquele lugar, eu já não queria ir. Mas depois que todos nos viram os olhares estavam quase me encolhendo em algo menor do que um anão de jardim. Eu realmente odeio ser o centro das atenções, que ironia da ‘mãe’ a garota agora com quase o título de ‘Luna’ a pessoa que recebe toda a atenção em uma matilha.— O que ele poderia fazer dentro deste carro, Hannah?— engoli em seco com o comentário malicioso da Ayla.Como se fosse automaticamente meus olhos se voltaram para ele dirigindo, com sua mão segurando firme o volante, seus olhos com a devida atenção na estrada e a manga da sua camisa levemente posta a cima... Meus olhos foram descendo lentamente e eu vi o seu peito com dois botões abertos subindo e descendo com os movimentos da sua respiração. Novamente eu tive que engolir em seco...— Senta nele Hannah, senta... Por favor!! — Ayla parecia se contorcer o que estava fazendo o meu c
Hannah Mond— Pequena tenta se acalmar, outra hora conversamos sobre isso! Desta vês eu não evitei o seu olhar e mesmo lá no fundo estando repleto de ódio, eu sabia que havia paixão neles, eu sorri quando ele limpou o restante das lágrimas que ficaram no meu rosto.— Tudo bem! Eu já avisei meus pais que você não está bem hoje. — ele me deu um beijo em meus lábios e os meus olhos se fecharam, com o meu coração voltando a bater tranquilamente — Podemos ir vê-los amanhã, tudo bem para você?— Mas... Mas eles não vão se chatear!? — perguntei com o meu olhar caindo para baixo.— Não! Eles entendem — sua mão veio e levantou o meu rosto para ele — Vou te levar para minha casa, você descansa e amanhã nos encontramos com eles! Ele acariciou o meu rosto, mas as suas palavras pararam, quando ele disse que ia me levar para sua casa... Casa dele? Eu e ele, será que ele mora sozinho? Eu vou ficar sozinha com ele!? — Hannah calma, vai ficar tudo bem... — Ayla suspirou, e
Hannah Mond Eu apenas senti o meu corpo sendo jogado sobre a cama, foi um pouco divertido porque eu bati contra aquele colchão macio subi para cima, voltando novamente. Os olhos dele pararam no dourado, seu lobo assumiu! Oh! Deus.— Desculpa Hannah! Foi sem querer... — Ayla parecia confusa — Eu nem sabia que conseguia fazar as garras saltarem... Não sei se já estamos no cio!...— Tá confusa minha doce garotinha! — sua voz me fez tremer e agarrar os lençóis — Suas garras saltaram porque você já me encontrou e está pronta para a sua primeira transformação! E o melhor — sua voz ficou cheia de luxuria — Já entrou no cio! Engoli em seco, ao ver aquela camisa dele sendo tirada e jogada ao chão, as feridas feitas por minhas garras estavam se fechando tão rápido do que qualquer ferimento que eu já tive.— Hannah deixa! Deixa eles nos tocar pelo menos um pouco, por favor!! — Ayla estava muito empolgada.— Eu consigo sentir o cheiro de vocês! — ele deslizou o seu nariz
Hannah Mond Abracei meus pais apertado, só fiquei pouco tempo longe deles, mas parece que foi uma eternidade. O cheiro deles me deixou mais tranquila — Tudo bem filha? — A voz doce da minha mãe, soou em meus ouvidos.— Tudo. Mãe, pai, me desculpem por não ter falado com vocês depois que saí... Tudo foi tão rápido! — sorri envergonhada. Eu sei que eu não deveria estar, eles sabiam porque eu sai de casa, mas mesmo assim eles são meus pais e não temos o privilégio dos humanos de esconder quando nos acasalamos, porque eu cheiro a Dominik.— Tudo bem minha menina! O importante é que você seja feliz — meu pai me deu um beijo no topo da minha cabeça. — Nós te amamos! Retribui o carinho e em seguida nos sentamos. O alfa e a Luna estavam no início da mesa, seus dois filhos de cada lado, eu ao lado de Dominik e meus pais ao meu... Em seguida veios os amigos e betas. Assim como o alfa Alessandro teve seu filho a seguir seus passos a família do Beta do Alfa, também
Hannah Mond ‘Buscar manter a calma em situações extremas é o melhor exemplo de resolução. Mas agora pensamos, como podemos manter a calma em situações inesperadas? Isso é o que vamos estudar apartir de hoje, dominar o seu interior a ponto de acessar uma calma...’— Hannah! — Ouvi a voz da minha mãe, após três batidas leves na porta do meu quarto! Eu fingi silêncio, quase nem respirei, para que ela não percebesse que eu estou em casa! — Hannah abre esta porta filha, eu sei que você está aí!Bufei frustrada fechando o livro! O deixei sobre a cama e me levantei calçando minhas pantufas e caminhando até a porta. — Oi mãe!?— Filha tem um guarda te esperando na porta! — minha mãe me deu um sorriso caloroso — Ele disse que você não costa como presente no local hoje.— Mãe eu não quero ir! — respirei fundo, deixando meus ombros caírem — Eu realmente não quero...— Filha você prescisa ir! — senti a mão da minha mãe tocando o meu rosto, com carinho — Hoje você completa dezoito anos...