Ricardo

Nem bem saí do estacionamento, ouvi um som e vi um brilho entre os bancos dianteiros do carro. Encostei e procurei, então encontrei o celular de Amanda. Pensei em devolvê-lo no outro dia, mas sabia que seria muito mais bem visto caso fosse naquela mesma hora.

Ou talvez fosse somente a coceira em meu braço e a voz que falava comigo dizendo para retornar imediatamente.

“Apresse-se!”, gritou uma voz interior e minha cabeça latejou. Obedeci ao que quer que fosse e voltei o mais rápido que pude. Entrei, a recepcionista do turno disse que eu podia subir.

Como se agarrado a uma mão invisível, fui andando o mais rápido possível sem correr, chegando em tempo somente de presenciar a maior tragédia que poderia acontecer em minha vida.

Amanda levou uma facada no peito. O grito que saiu de minha garganta foi maior do que o que eu ouvi em minha cabeça. A agitação em meu sangue foi tão grande que não vi quando tiraram a outra garota de lá.

Depois eu lidaria com ela pessoalmente, se fosse possível,
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