Ricardo

Era manhã de sexta-feira, eu já havia deixado o dia inteiro planejado. Nada de empresa, nem de ligações profissionais. Na verdade, o único que poderia me encontrar era o karma do Augusto, que no fim das contas, não era tão ruim quanto aparentava. Era um pé no saco, mas útil. Não foi à toa que permaneceu sendo o braço direito de meu pai – e ocasionalmente de minha mãe – por tantos anos e agora continuava sua jornada me acompanhando. Liguei para o orfanato no dia anterior, pedindo a autorização para sair com Amanda, e a diretora, já ciente do caso, apenas me disse que dependeria mais da jovem do que dela mesmo.

E era por esse motivo que eu me demorava no carro, as chaves pendendo do chaveiro pendurado em meu dedo, agarrado ao volante, enquanto eu esperava que o comprimido tomado fizesse algum efeito em minha ansiedade e me impedisse de fazer besteira.

“Fazer besteira é seu dom natural, Ricardo. Apenas tente não ser um completo idiota.”

Meus pensamentos mais atrapalhavam do que ajudavam
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