>ELIZABETH< Voltamos para casa no domingo à noite. Patrício insistiu para que eu dormisse no hotel com ele, mas achei melhor impor alguma distância entre nós ou logo ele enjoaria de mim. Depois das duas primeiras vezes que fizemos sexo anal o desconforto já não existia mais, então passamos o resto dos dias feito coelhos. Patrício era intenso demais, juntando isso ao fato de eu ser louca por ele, fez despertar um monstro sexual em mim, quanto mais nós fazíamos mais eu queria. Ele me fodia em todas as posições, usando todas as minhas entradas. A campainha de casa tocou e corri para atender, sabendo que era Bianca e Inocência. Estava morrendo de saudade delas. — Uau, que bronze, hein. — Bianca provocou — Adorei Liz — Inocência concordou Apertei minha prima nos braços. E depois minha amiga. — Calma, boneca, eu não vou fugir. — Bianca repreendeu e Inocência apenas sorriu Um sorriso bobo se formou ao escutá-lo me chamar de forma tão carinhosa. — E você está carinhosa hoje — Provoq
>ELIZABETH< Coloquei uma camisola e fui até a sala para apagar as luzes, quando escutei a campainha tocar. Será que Bianca ou a Inocência esqueceram alguma coisa? Abri a porta devagar e estranhei a presença Allan. — O que você está fazendo aqui? — perguntei. — Não era pra você estar aqui a essa hora. Antes que eu pudesse reagir senti o corpo dele me pressionando contra a parede e sua boca procurando pela minha. Aquilo foi tão rápido, que não tive reação. Tentei afastá-lo, mas quando dei por mim, sua língua tinha conseguido entrar na minha boca. Ele tinha gosto de uísque e imaginei que estava bebendo, o que não justificava sua atitude. Antes que eu pudesse me livrar dele, meu celular começou a tocar. Aquilo o distraiu e consegui empurrá-lo com mais força até sair de seus braços. Corri para alcançar minha bolsa que estava no sofá e atendi o celular encarando Allan de cara feia. — Alô. — Liguei para saber como você está — Patrício falou de forma doce, me fazendo dá uma sorrisinh
>PATRÍCIOA raiva queimava em meu peito como um incêndio descontrolado. Eu andava de um lado para o outro no quarto da minha cobertura, os punhos cerrados, a mandíbula travada.Como esse idiota ainda tem coragem de procurá-la? Minha vontade de acabar com a raça dele. Liz tinha me garantido que estava tudo bem, que seu ex só estava bêbado e que os pais dela estavam lá. Mas algo dentro de mim não conseguia aceitar aquilo.A simples ideia de outro homem perto dela—e pior, um homem que já a teve e a perdeu por traição—me tirava completamente do eixo.Minha vontade era ir até lá agora, arrancar esse sujeito de perto dela e deixar bem claro que ela era minha.Mas eu não podia.Isso a deixaria irritada.Bufei, passando a mão pelos cabelos, irritado comigo mesmo por estar reagindo desse jeito. Peguei o celular antes que pudesse pensar melhor e disquei.Eu precisava de um conselho, e alguém com a cabeça no lugar seria a melhor opção.Fernan
>ELIZABETHNo dia seguinte acordei péssima e cheguei atrasada nas Corporações Graham. Guardei minhas coisas na gaveta e mal tive tempo para ligar o computador quando o barulho no elevador fez meu coração falhar algumas batidas.Era ele.Patrício usava um terno preto completo. O tecido escuro realçava a pele clara e os olhos azuis, deixando-o incrivelmente lindo.Fiquei apreensiva, mas ele passou por mim sem olhar para os lados, no entanto, quando estava quase chegando à porta, resolveu quebrar o silêncio.- Me acompanhe, Liz.Pelo menos ele ainda estava me chamando pelo primeiro nome.Segui-o para dentro do seu escritório sentindo as mãos geladas e o corpo tenso. Patrício caminhou até sua mesa, encostou os quadris nela e cruzou os braços em frente ao peito.- Por que escondeu que seu ex ainda estava te procurando?A pergunta direta não deixava dúvidas de que ele estava furioso. Mas eu pensei que estivesse bem quando a gente desligou ontem.
>ELIZABETHE então ela continuou: - Jamais me conformaria se tudo acabasse por causa de desentendimentos bobos. Eu sei que errei em ter mentido sobre o filho, e sobre sair com seus amigos, queria provocar ciúme e isso o deixou furioso. Minha história com Patrício é tão longa, e agora acho que ele está disposto a esquecer tudo e reatar de verdade comigo.Tinha a impressão de que todo o sangue havia sumido do meu rosto, eu só conseguia pensar nas palavras dela.“Ele foi meu primeiro namorado… primeiro amor… menti sobre o filho dele e o deixei furioso… Ele está disposto a esquecer tudo…”- Entendo - finalmente consegui dizer forçando um meio sorriso, não conseguiria falar mais que aquilo.Ela percebeu que eu não daria continuidade ao assunto e se despediu. Depois que Aurora foi embora, não consegui me concentrar em mais nada.Era como se o meu mundo tivesse perdido a cor. Saber que ela havia sido namorada de Patrício na adolescência e que havia tido u
>PATRÍCIOEu estava sentado na minha mesa, ainda processando o que acontecera com Liz. O silêncio da sala parecia abafado, como se o ar tivesse sido retirado de um lugar onde tudo estava se tornando cada vez mais difícil de respirar.Quando ela entrou, não precisei olhar para saber que algo estava errado. Liz não costumava se comportar assim, entrando sem avisar.Normalmente, ela batia na porta, sempre cuidadosa, respeitando o espaço que tentávamos manter. Mas ali, naquele momento, sua presença era diferente. Era como se ela carregasse um peso consigo, e a atmosfera já estava tensa antes mesmo de ela abrir a boca.Ela ficou parada por alguns segundos, e eu notei que o semblante dela estava distante. O que quer que tivesse a incomodado, estava mais pesado do que eu imaginava. Não era algo simples. Algo mais estava em jogo, e eu sabia que a conversa que estava por vir não seria fácil.- Precisa de alguma coisa, Liz? - Perguntei, desligando a ligação com
>PATRÍCIOEla não hesitou, e suas palavras saíram com a sinceridade que eu temia. - Tudo! Quero que confie em mim, que não me esconda mais coisas sobre o seu passado. Ou estamos juntos nessa ou é melhor terminarmos tudo e cada um faz o que quiser.Havia uma urgência em sua voz que me atingiu em cheio. Era o tipo de desespero que você sente quando percebe que está prestes a perder algo importante. E eu não sabia como reagir, porque eu sabia o que ela estava pedindo. Ela queria mais do que promessas vazias. Ela queria a verdade.Fiquei em silêncio, tentando processar a tempestade que se formava dentro de mim. Eu não estava preparado para isso. Não estava preparado para ser confrontado dessa forma, e, ao mesmo tempo, sabia que Liz tinha razão.Não podia mais continuar com essa muralha entre nós. Ela merecia a verdade. A única pergunta era: eu estava pronto para contar tudo?Eu a olhei nos olhos, e vi ali a determinação, o desejo de saber. Ela não est
>PATRÍCIOEla, por outro lado, parecia mais determinada do que nunca. - Tudo bem, Patrício, mas tenha em mente que os finais de semana, não ficarei em casa. Vou sair, vou beber, vou conhecer pessoas novas e quem sabe um cara menos complicado.Eu senti a raiva tomar conta de mim. Eu sabia que ela estava tentando provocar uma reação, mas, por um momento, o simples pensamento de ela sair com outro cara me fez perder o controle.Ela sabia o que isso significava para mim. Ela sabia que eu não suportava essa ideia, e ainda assim, estava me desafiando.- Por que isso agora, Liz? - Eu perguntei, a frustração transbordando.Ela não recuou. - Já que não confia em mim para falar toda a verdade, tenho o direito de fazer minhas exigências. É pegar ou largar, Senhor Graham.Eu não sabia o que mais poderia dizer. Eu estava perdido, mas, ao mesmo tempo, sabia que esse era o momento. Eu não podia perdê-la.- Tudo bem, eu aceito. - Eu sabia que, se qui