>PATRÍCIO<
Ela não hesitou, e suas palavras saíram com a sinceridade que eu temia.- Tudo! Quero que confie em mim, que não me esconda mais coisas sobre o seu passado. Ou estamos juntos nessa ou é melhor terminarmos tudo e cada um faz o que quiser.Havia uma urgência em sua voz que me atingiu em cheio. Era o tipo de desespero que você sente quando percebe que está prestes a perder algo importante.E eu não sabia como reagir, porque eu sabia o que ela estava pedindo. Ela queria mais do que promessas vazias. Ela queria a verdade.Fiquei em silêncio, tentando processar a tempestade que se formava dentro de mim. Eu não estava preparado para isso. Não estava preparado para ser confrontado dessa forma, e, ao mesmo tempo, sabia que Liz tinha razão.Não podia mais continuar com essa muralha entre nós. Ela merecia a verdade. A única pergunta era: eu estava pronto para contar tudo?Eu a olhei nos olhos, e vi ali a determinação, o desejo de saber. Ela não est>PATRÍCIOEla, por outro lado, parecia mais determinada do que nunca. - Tudo bem, Patrício, mas tenha em mente que os finais de semana, não ficarei em casa. Vou sair, vou beber, vou conhecer pessoas novas e quem sabe um cara menos complicado.Eu senti a raiva tomar conta de mim. Eu sabia que ela estava tentando provocar uma reação, mas, por um momento, o simples pensamento de ela sair com outro cara me fez perder o controle.Ela sabia o que isso significava para mim. Ela sabia que eu não suportava essa ideia, e ainda assim, estava me desafiando.- Por que isso agora, Liz? - Eu perguntei, a frustração transbordando.Ela não recuou. - Já que não confia em mim para falar toda a verdade, tenho o direito de fazer minhas exigências. É pegar ou largar, Senhor Graham.Eu não sabia o que mais poderia dizer. Eu estava perdido, mas, ao mesmo tempo, sabia que esse era o momento. Eu não podia perdê-la.- Tudo bem, eu aceito. - Eu sabia que, se qui
— ELIZABETH MONTGOMERY — "Prólogo" Até onde você iria por um amor que nunca deveria ter acontecido? Eu nunca soube a resposta até conhecer Patrício... Na verdade, eu nunca procurei por ela até conhecê-lo. Antes dele minha vida era como um roteiro bem escrito: faculdade, estágios, noites silenciosas dedicadas ao futuro que eu acreditava ser o certo. Eu até tinha um namorado, mas eu nem mesmo podia dizer que aquilo era amor. Eu gostava dele? Sim. Mas amar? Acredito que era um termo um pouco forte para descrever tal situação. Mas então ele apareceu, com seu jeito reservado, seus olhos que escondiam tempestades e aquele sorriso que parecia prometer o mundo e destruí-lo ao mesmo tempo. Ele vinha com aquela intensa bagagem que prometia grandes problemas e dores de cabeça. Mas quem importa? Afinal, o amor prevalece, né verdade? Eu lutei contra isso, sabe? Tentei me convencer de que era só uma atração, uma curiosidade passageira. Mas como você foge de algo que parece estar gravado na
> ELIZABETH
>ELIZABETH<- Não é nada do que você está pensando. - Allan fala. Será que ele acha que eu sou estúpida? Ou burra? Cega, talvez?Não, não é o que eu estou pensando é o que eu estou vendo. Tenho vontade de gritar mas permaneço quieta.Em um reflexo percebo que a minha “amiga” vadia ainda está na porta e continua olhando para a sua roupa que está aos meus pés.Fico estática enquanto controlo minha respiração. O que essa mulher ainda está fazendo aqui?Ela está tentada a se abaixar e pegar, mas sabe que não é uma boa ideia no momento. Eu sempre fui uma pessoa calma em qualquer situação, não gosto de brigas e não sou de fazer barracos, e talvez eles queriam aproveitar disso, mas não agora, eu preciso extravasar toda essa raiva pela dupla traição.E ela continua parada as minhas costas.Essa vagabunda só pode estar me testando. Respiro fundo, me abaixo e pego no chão com um sorriso desdenhoso no rosto.- É isso que você quer, amiga? - pergunto com um ódio que chega a me cegar.Com fúria, p
>ELIZABETH
>ELIZABETH
> ELIZABETH< - Então vamos sair! - Bianca exclamou animada enquanto tomava um gole de seu café.Estamos, eu, Bianca e Inocência, neste momento, sentadas no refeitório da faculdade. O reitor tem quase certeza que dessa vez serei aceita no estágio, então ele sugeriu que viesse resolver pendências.Eu comentei sobre a sugestão da mamãe sobre eu arejar minha cabeça e me arrependi instantemente, agora Bianca insiste que devemos sair para nos divertir o quanto antes.Eu sei bem a que diversão ela se refere. Beijar. Beber... Transar. Esse último me preocupa um pouco, pois estou bastante nervosa com essa possibilidade.Contei para elas tudo sobre Isabella e Allan e como peguei os dois me traindo. Elas ficaram furiosas dizendo que ia cortar as bolas do meu ex e raspar a cabeça da vagabunda. Eu apenas sorria de suas maluquices.Bianca nunca foi uma fã do meu ex, muito pelo contrário, ela vai contra tudo que diz respeito a Allan. Bianca é defensora forte do time "Ele não é pra você", basicamen
—> PATRÍCIO GRAHAM <— — Mas o senhor tem certeza… de que não estou dentro dos requisitos iniciais? - a décima quinta candidata perguntou, jogando os cabelos castanhos sobre o ombro, numa tentativa ridícula de chamar a minha atenção para o decote profundo demais para o código de vestimenta que uma entrevista de emprego necessita. - Posso fazer hora extra sempre que precisar. Do tipo de serviço que está me oferecendo, senhorita Alves, eu não preciso contratar para usufruir. Minha equipe verificou os seus antecedentes, e o tipo de hora extra que fazia para os seus antigos chefes não está na lista de demandas de que um executivo como eu necessita. Apontei para a porta da sala; o choque em seu rosto só não foi maior do que a vergonha. - Minha secretária atual não vai entrar em contato com você. Passar bem. Até porque sexo não entrava nas atividades que eu precisava pagar para conseguir. - Eu… - A mulher se levantou aos tropeços nos saltos, tentando baixar a barra da saia apertada dem