Epílogo2 meses depoisPerpetua narrandoA gente tinha se mudado para o alemão a um mês, ficamos lá até quase passar a minha quarentena, Vitoria estava feliz ao lado do pai e Carioca tinha feito tudo para receber ela, Liz e Jonas.Ele mudou de uma forma inexplicável, e não tinha mais medo em ficar od seu lado, ele tratava as crianças da melhor forma possível mesmo com o morro o consumindo tanto, ele separava tudo, dentro de casa ele era outra pessoa.Eu estava arrumando as roupas dele e dobrando, sua tia está nos ajudando com as crianças , até porque era três crianças, uma de dois anos, outra recém nascida que dava mais trabalho que a Vitoria, que era um amor de criança e super inteligente.Eu acho um papel dobrado dentro de um casaco e abro o casaco, é quando eu vejo que era uma carta e começo ler toda aquela carta, era da mãe da Vitoria, da Brenda, eu consigo sentir a dor dela escrevendo essa carta e o amor que ela sentia por Vitoria e Carioca.— Perpetua? – ele pergunta e eu o enc
Heloise narrandoEu olho para o relógio e as horas passam e passam, eu ando de um lado para o outro esperando alguma resposta ou pelo menos uma ligação, eu jamais achei que viveria um momento assim.— Você ainda está aqui? – A voz dele soa e eu olho para trás vendo ele abrir porta – eu não mandei você ir embora do morro. Vou ter que te colocar eu mesmo para fora?— Você me deu um prazo.— E ele está se esgotando Heloise – RK fala me encarando— Porque Henrique? – eu questiono— Porque o que garota,?— Eu não posso acreditar que você tenha mudado tanto.— Se passou 14 anos desde que você foi embora, você achou que eu continuaria aquele moleque que comia meleca na hora do recreio?— Eu não posso acreditar que você tenha virado esse demônio – eu olho para ele— Se voicê não acredita e julga, faz o que eu mandei, vaza de dentro do meu morro.— Eu não vou ir embora.— Se você não ir embora Heloise , eu juro que te meto uma bala no meio da tua cara – ele fal
Heloise narrando— Aqui, falta apenas o delineado – eu falo terminando.— Ficou perfeito – a noiva fala— Obrigada.Eu termino a maquiagem e saio do hotel , meu aluguel tinha vencido e estava tendo poucas maquiagens nesses últimos meses e com a correria da faculdade, eu mal estava conseguindo pagar tudo que eu tinha para pagar e infelizmente eu teria que recorrer ao meu pior pesadelo, meu pai e a minha melhor amiga Jessica.Desde que eu fui embora do morro da rocinha, eu nunca mais pisei os meus pés lá , eu fui embora para São Paulo com a minha mãe e depois de alguns anos da sua morte, eu voltei para o Rio de Janeiro cursar direito e graças aos cursos de automaquiagem, eu estava conseguindo ganhar uma grana para me manter, mas agora estava quase impossível sobreviver, meu pai tinha uma casa no morro da Rocinha e mesmo ele não querendo me ver nem pintada de ouro, eu iria até lá pedir abrigo, até porque ele era meu pai e não poderia me negar isso, se caso ele me negasse eu fica
Rk narrandoEu saio para fora da boca para fumar, eu tinha pavor de fumar dentro e ficar esse cheiro de droga lá dentro, então eu ficava sempre na porta e já aproveitava para olhar o movimento.Tinha enviado Lk cobrar aquele velho maldito da farmácia, já estava de saco cheio dele, toda hora arrumando confusão e devendo horrores aqui dentro do morro e fora, o problema é que agora estão vindo cobrar na porta do morro as dividas dele e isso eu não admito.Eu estava fumando, quando eu vejo uma garota subindo, cabelos cacheados e da cor clara, o cabelo ia até a bunda e estava com uma mochila, eu não tinha visto ela aqui ainda, mas parecia que eu a conhecia, até que ela passa por mim e eu estreito os meus olhos percebendo quem era: era a Heloise, a filha do velho.Um dia eu disse que a tornaria era minha fiel, que palhaçada, até parece que assumiria uma garota na minha vida sendo que poderia ter todos.— - Está revivendo os velhos tempo? – Ph fala – achei que meu irmão não era de se apeg
Capítulo 3Malu narrando— O senhor está bem mesmo? – eu pergunto antes de descer para casa dele.— Estou – ele fala – estaria melhor se você não tivesse aqui.— Eu preciso de um lugar para ficar e eu posso falar com a Jessica e ficar na casa dela se eu for atrapalhar o senhor, eu sei que a gente não se fala a muito tempo – ele me encara – mas eu sinto falta.— Olha – ele fala nervoso e me encara – desce e fica na nossa casa, ela também é sua.— Obrigada – eu respondo – eu jamais vou esquecer que está me deixando ficar lá.— Eu espero que não esqueça mesmo – ele fala.Meu pai era assim, ele não demonstrava sentimento ee u confesso que comecei achar loucura ter subido o morro e pedir ajuda a ele, mas a verdade é que eu não tinha para onde ir e já estava sendo despejada do alojamento por não pegar o valor do aluguel.Meu pai está nervoso e bastante atrapalhado também dentro da farmácia- Pai, o que o senhor tem? – eu pergunto.- Nada não – ele fala e olha para frente e
RK narrandoEu resolvo ir até a entrada do morro junto de LK, para ver o que estava me esperando agora lá embaixo, Ph tem razão talvez eu estava deixando Antonio se criar aqui dentro por causa da amizade dele com meu pai.Enquanto meu pai era vivo, os dois eram carne e unha, meu pai confiava muito nele e nossas famílias eram bem unidas, mas eu sempre tive o pé atrás com ele, mas pela memoria do meu pai eu sempre relevei todas as atitudes dele aqui dentro do morro.— - Eu já disse que não tenho o dinheiro agora – Antonio fala para o cara que eu nunca tinha visto na minha frente – uma semana eu te consigo.— - Eu te dou dois dias – ele fala – dois dias, se não você morre. – o cara diz apontando uma arma para ele e Vadio se aproxima deles com a arma apontado.— - Já deu – Vadio fala – vaza, anda. Aqui não é teu lugar, quem manda é a gente, não queira que eu atiro em você;— - Dois dias – o cara o ameaça antes de entrar dentro do carroAntonio que já está branco se vira e dar
Jessica narrandoPedro Henrique diz que está com a mãe dele na feira e eu fico pensando no que eu escutei RD e Lk conversando.Eu vou até a entrada do morro e vejo RD e Antonio subindo o morro de volta e RD com uma cara nada amigável.- Mãe? – eu a chamo quando vou entrando para dentro de casa – Mãe?- Oi – ela fala.- Mãe me diz uma coisa – eu falo sentando-se na mesa enquanto ela fazia algo no fogão – Antonio estava com uns caras estranhos na entrada do morro – ela me encara – e eu escutei uma conversa do RD e do Lk e acho que era sobre ele.- Não entra nessa história Jessica – ela fala – não vá mexer em coisa que não é sobre você, já não basta está namorando traficante, ainda quer se envolver em assunto desse? Ainda vão te matar Jessica.- Que horror mãe, eu estou apenas te falando – eu falo.- Se RD achar que você está se metendo a onde não deve, seu namoradinho mesmo sendo irmão e sub não vai te proteger – ela fala – vai embora do morro e larga esse bandido.- E por que a senhora
HeloisenarrandoMeu pai retornapara farmácia com cara de poucos amigos, ele entra para dentro de uma sala e euvejo que ele começa a fazer muito barulho lá dentro, eu respiro fundo e ficoali mexendo no celular.Eu confesso quejá estava pensando em sair correndo de dentro do morro e por alguns segundosestava me perguntando o que eu tinha vindo fazer aqui, até porque eu e ele agente nunca teve tanto contato, mas além dele eu tinha minha tia e minha primaaqui e na minha cabeça era muito melhor do que ficar sozinha perambulando no rio de janeiro e passando necessidade.— Oque o senhor está fazendo? – eu pergunto vendo ele tirar um monte de dinheirodo cofre – que dinheiro todo é esse?— Calaboca – ele fala pegando uma arma e apontando para mim – garota insuportável quemerda que você veio fazer nesse morro?— Oque o senhor acha que está fazendo?— Euque pergunto para você que merda você acha que está fazendo vindo no morro comesse papo que precisa de ajuda? Vo