Rk narrando
Eu saio para fora da boca para fumar, eu tinha pavor de fumar dentro e ficar esse cheiro de droga lá dentro, então eu ficava sempre na porta e já aproveitava para olhar o movimento.
Tinha enviado Lk cobrar aquele velho maldito da farmácia, já estava de saco cheio dele, toda hora arrumando confusão e devendo horrores aqui dentro do morro e fora, o problema é que agora estão vindo cobrar na porta do morro as dividas dele e isso eu não admito.
Eu estava fumando, quando eu vejo uma garota subindo, cabelos cacheados e da cor clara, o cabelo ia até a bunda e estava com uma mochila, eu não tinha visto ela aqui ainda, mas parecia que eu a conhecia, até que ela passa por mim e eu estreito os meus olhos percebendo quem era: era a Heloise, a filha do velho.
Um dia eu disse que a tornaria era minha fiel, que palhaçada, até parece que assumiria uma garota na minha vida sendo que poderia ter todos.
— - Está revivendo os velhos tempo? – Ph fala – achei que meu irmão não era de se apegar. Nem sabia que ela estava por aqui – ele comenta.
— - Estou pensando que essa garota vai estragar tudo – eu resmungo – esqueceu que Lk ta lá na farmácia do coroa dela?
— - Ele está trazendo problemas para o morro – ele fala – e você está deixando, já passou da época de colocar esse velho para vazar.
— - Estou deixando não, se ele tiver que resolver das dívidas dele, vai ser lá fora – eu falo. – não quero problemas aqui e você sabe disso.
— -Por isso ele nunca vai sair daqui – ele fala. – você não quer problema e deixa o problema aqui dentro.
— -A filha dele mora fora do morro, nem sei porque subiu aqui hoje, uma hora vão pegar ela – eu falo
— - Se ele se importar com ela – ele diz – aquele lá, não se importa nem com a sombra dele, Jéssica vive dizendo que ele nunca sequer responde as mensagens da filha.
— - Fala baixo – eu falo – essas coisas não se fala, ainda mais se aquela sua namorada aparece e escuta, vai levar isso para a garota aí eu quero ver o rolo que vai dar.
— - Vou para casa – ele fala – vou levar a nossa coroa para fazer umas compras na feira.
Meu radio toca assim que PH se afasta.
— - Fala vadio – eu falo no rádio.
— - Estão atrás do Antonio – ele fala.
— - Manda subirem na farmácia dele e mandar ele descer – eu falo – e depois traz para boca, quero conversar reto com ele.
— -Pode crer – ele responde.
Eu peguei a mania do meu pai de ficar na frente da boca observando as pessoas subir e descer por esses becos, eu gostava de morar aqui, de comandar isso aqui, de ser o seu herdeiro e fazer que as coisas andasse da mesma forma que era com ele.
— - O cara lá tá de sacanagem – Lk fala – vai trazer as drogas depois.
— - A garota chegou para atrapalhar – eu falo – eu vi ela subindo. E ainda estão cobrando ele lá embaixo, mandei aquele vadio do caralho buscar ele.
— - A garota ficou sem entender nada , tu tem noção que daqui a pouco ele vai trocar a garota por essas dividas né? – Lk fala. – ainda mais que estão dizendo que ela veio morar aqui com ele porque tá sem como se bancar no lado de fora
— - Quem vai trocar quem? – Jéssica chega,
— - O que faz aqui cunhadinha? – eu pergunto – aqui não é lugar de mocinha.
— - Cadê Pedro Henrique? – eu pergunto.
— - Ph – eu falo.
— -O namorado é meu e eu chamo ele como eu quero – eu falo.
— - Caralho – eu falo .
— - Ta aqui não jessica – Lk fala.
— -Vou procurar ele – ela fala saindo.
— - Essa garota é fofoqueira do caralho – eu falo – vai querer saber de quem a gente estava falando e a gente estava falando da prima dela.
— - Se ela contar para mãe dela, a mãe dela vai sacar – Lk fala.
— - Por mim todos eles desapareciam – eu falo – mas esse merda do antonio tinha que ser melhor amigo do meu pai, por mim dava um tiro e mandava ele para o inferno de uma vez.
— - Tá nervoso o bicho – Lk diz rindo.
— - Só resolve , depois que ele for na entrada , traz ele para cá – eu falo – deixa na mão do vadio as coisas não.
Capítulo 3Malu narrando— O senhor está bem mesmo? – eu pergunto antes de descer para casa dele.— Estou – ele fala – estaria melhor se você não tivesse aqui.— Eu preciso de um lugar para ficar e eu posso falar com a Jessica e ficar na casa dela se eu for atrapalhar o senhor, eu sei que a gente não se fala a muito tempo – ele me encara – mas eu sinto falta.— Olha – ele fala nervoso e me encara – desce e fica na nossa casa, ela também é sua.— Obrigada – eu respondo – eu jamais vou esquecer que está me deixando ficar lá.— Eu espero que não esqueça mesmo – ele fala.Meu pai era assim, ele não demonstrava sentimento ee u confesso que comecei achar loucura ter subido o morro e pedir ajuda a ele, mas a verdade é que eu não tinha para onde ir e já estava sendo despejada do alojamento por não pegar o valor do aluguel.Meu pai está nervoso e bastante atrapalhado também dentro da farmácia- Pai, o que o senhor tem? – eu pergunto.- Nada não – ele fala e olha para frente e
RK narrandoEu resolvo ir até a entrada do morro junto de LK, para ver o que estava me esperando agora lá embaixo, Ph tem razão talvez eu estava deixando Antonio se criar aqui dentro por causa da amizade dele com meu pai.Enquanto meu pai era vivo, os dois eram carne e unha, meu pai confiava muito nele e nossas famílias eram bem unidas, mas eu sempre tive o pé atrás com ele, mas pela memoria do meu pai eu sempre relevei todas as atitudes dele aqui dentro do morro.— - Eu já disse que não tenho o dinheiro agora – Antonio fala para o cara que eu nunca tinha visto na minha frente – uma semana eu te consigo.— - Eu te dou dois dias – ele fala – dois dias, se não você morre. – o cara diz apontando uma arma para ele e Vadio se aproxima deles com a arma apontado.— - Já deu – Vadio fala – vaza, anda. Aqui não é teu lugar, quem manda é a gente, não queira que eu atiro em você;— - Dois dias – o cara o ameaça antes de entrar dentro do carroAntonio que já está branco se vira e dar
Jessica narrandoPedro Henrique diz que está com a mãe dele na feira e eu fico pensando no que eu escutei RD e Lk conversando.Eu vou até a entrada do morro e vejo RD e Antonio subindo o morro de volta e RD com uma cara nada amigável.- Mãe? – eu a chamo quando vou entrando para dentro de casa – Mãe?- Oi – ela fala.- Mãe me diz uma coisa – eu falo sentando-se na mesa enquanto ela fazia algo no fogão – Antonio estava com uns caras estranhos na entrada do morro – ela me encara – e eu escutei uma conversa do RD e do Lk e acho que era sobre ele.- Não entra nessa história Jessica – ela fala – não vá mexer em coisa que não é sobre você, já não basta está namorando traficante, ainda quer se envolver em assunto desse? Ainda vão te matar Jessica.- Que horror mãe, eu estou apenas te falando – eu falo.- Se RD achar que você está se metendo a onde não deve, seu namoradinho mesmo sendo irmão e sub não vai te proteger – ela fala – vai embora do morro e larga esse bandido.- E por que a senhora
HeloisenarrandoMeu pai retornapara farmácia com cara de poucos amigos, ele entra para dentro de uma sala e euvejo que ele começa a fazer muito barulho lá dentro, eu respiro fundo e ficoali mexendo no celular.Eu confesso quejá estava pensando em sair correndo de dentro do morro e por alguns segundosestava me perguntando o que eu tinha vindo fazer aqui, até porque eu e ele agente nunca teve tanto contato, mas além dele eu tinha minha tia e minha primaaqui e na minha cabeça era muito melhor do que ficar sozinha perambulando no rio de janeiro e passando necessidade.— Oque o senhor está fazendo? – eu pergunto vendo ele tirar um monte de dinheirodo cofre – que dinheiro todo é esse?— Calaboca – ele fala pegando uma arma e apontando para mim – garota insuportável quemerda que você veio fazer nesse morro?— Oque o senhor acha que está fazendo?— Euque pergunto para você que merda você acha que está fazendo vindo no morro comesse papo que precisa de ajuda? Vo
RK narrandoEu estavarespondendo algumas mensagens do JV sobre o carregamento que tinha chegado aquie ele queria a metade de tudo que era forma, ele acha que é meu primo eu iriadar as coisas de graça para ele, ele estava muito enganado, as coisas nãofuncionava dessa forma.Eu termino deresponder e vejo que o rádio está chamando muito e acho estranho quando começao maior fuzuê entre os vapores, eu saio da boca e vou andando e vejo umaconfusão, que envolvia Lk e o pastor.— - Oque está acontecendo aqui porra? – eu grito dando um tiro para cima fazendotodos pararem.Lk pula o muro.— -Você diz para esse seu vapor parar de ficar olhando a minha filha trocar deroupa – Eduardo fala puto da cara.— Asua filha também tem que se dar o respeito - eu falo— Minhafilha? – ele fala me encarando – minha filha se dar muito ao respeito, ela éuma moça cristã – eu começo a rir vendo que o pastor acreditava que a filha ésanta – você é o demônio em pessoa isso sim.— Va
Heloise narrandoEu abro os meus olhos e vejo que estou dentro do consultório, Jessica está ao meu lado assim como sua mãe Marta, a minha tia.— Você lembra do que aconteceu? – a primeira pergunta de Jessica quando eu me sento na cama.— Deixa ela Jessica, ela ainda está acordando.— Eu lembro – eu respondo – meu pai me ameaçou de morta, colocou fogo na sala.— Você não deveria ter voltado – minha tia fala— Mas eu não tinha para onde ir, estava sem saída, eu achei que procurar meu pai seria uma boa idéia.— Aquele homem nunca é uma boa idéia ter por perto, ele fugiu depois te deixar para morrer.— Para onde ele foi? – eu pergunto— Ninguém sabe – Jessica fala – ninguém o encontrou, fugiu levando muita grana.— Sim, era muita grana – eu respondo – quem me salvou?— Henrique – Jessica fala— Rk – tia Marta corrige— Ele me salvou?— Sim – Jessica fala – entrou lá dentro e te salvou – eu a encaro – você está bem, os médicos já fizeram todos os exames.— Quanto tempo eu dormi?— Um dia –
Jessica narrandoHeloise estava tomando banho para descansar um pouco e Pedro tinha saído encontrar o irmão e o primo Jv que estaria na boca, eu desço e escuto uma conversa muito estranha entre minha mãe e minha sogra.— Heloise precisa sair do morro – Alice fala – não tem como ela ficar aqui.— Você acha que depois de tanto tempo vão vir atrás dela? – Minha mãe pergunta— Eu não sei, o problema é que se RK descobre tudo, eu não sei do que ele é capaz de fazer— Ele não faria mal a ela – minha mãe.— Será que não? Para proteger o morro? – Alice pergunta— Ele é seu filho você deveria saber.— Eu sei que ele é meu filho mas RK é completamente imprevisível, tirando que heloise aqui poderia levantar muitas coisas, até mesmo tudo que foi guardado por tanto tempo, --------------------------+---------------------------+*-eservar essa garota de todos os segredos que atinge ela e a sua família,— O pai dela tentou matar ela, ela não tem ninguém, não podemos expulsar ela daqui – minha mãe f
Heloise narrandoUma semana e meia se passou desde tudo, eu tinha retornado para faculdade e também a trabalhar com a maquiagem, eu evitava sair tanto no morro porque era comentado sobre o incêndio e sobre o sumiço do meu pai que era apontado como um traidor por todos.Eu estava descendo o morro para ir para faculdade e é quando eu corto por dentro de um beco e esbarro em RK, conversando no rádio com alguém, ele me encara e eu tento passar reto, mas ele não deixa.— Está indo onde? – ele pergunta— Para faculdade, não lembro de ter que avisar a hora que eu entro e saio do morro? — Você está de sacanagem?— Estou falando sério – eu afirmo e ele revira os olhos me encarando.— Olha garota – ele fala – tem horário para chegar sim e s evocê não avisou da sua necessidade, você não sobe.— Então deveria tomar mais conta do seu morro, porque eu já avisei – eu solto meu braço.— RK – o rádio começa a tocar – anda cara, precisa passar a verba do baile.— Boa noite – eu falo passando por ele.