Capítulo 3
Malu narrando
— O senhor está bem mesmo? – eu pergunto antes de descer para casa dele.
— Estou – ele fala – estaria melhor se você não tivesse aqui.
— Eu preciso de um lugar para ficar e eu posso falar com a Jessica e ficar na casa dela se eu for atrapalhar o senhor, eu sei que a gente não se fala a muito tempo – ele me encara – mas eu sinto falta.
— Olha – ele fala nervoso e me encara – desce e fica na nossa casa, ela também é sua.
— Obrigada – eu respondo – eu jamais vou esquecer que está me deixando ficar lá.
— Eu espero que não esqueça mesmo – ele fala.
Meu pai era assim, ele não demonstrava sentimento ee u confesso que comecei achar loucura ter subido o morro e pedir ajuda a ele, mas a verdade é que eu não tinha para onde ir e já estava sendo despejada do alojamento por não pegar o valor do aluguel.
Meu pai está nervoso e bastante atrapalhado também dentro da farmácia
- Pai, o que o senhor tem? – eu pergunto.
- Nada não – ele fala e olha para frente e vejo um dos vapores do RK com um fuzil atravessado nas costas entrando dentro da farmácia.
- Antonio – ele fala – tem um cara querendo falar contigo la na entrada, RD te mandou descer.
- Quem é? – eu pergunto.
- Se mete não garota – ele fala.
-Heloise eu já volto – ele diz.
- Pai – eu chamo por ele.
- Eu já volto – ele afirma e eu suspiro.
Meu coração acelera e fica apertado, não sei por que eu estava sentido que algo estava errado desde a hora que eu coloquei os meus pés dentro desse morro e vi Lk aqui falando com ele, eu sempre soube que meu pai lidava com algo a mais aqui dentro e foi por isso que a minha mãe foi embora daqui na época.
Meu pai sempre foi bem protetor e ditou várias regras quando eu era pequena e morava aqui com a minha mãe. Porém, as únicas pessoas que eu tinha era ele, minha tia Marta e minha prima Jéssica, mas a relação dele com a minha tia não era a melhor, a minha tia era por parte de mãe e tenho certeza que eles não se davam bem por causa que a minha mãe foi embora daqui quase fugida dele.
Meu pai sempre me incentivou a estudar quando criança e sempre disse que queria me dar uma vida muito melhor, porém depois que eu fui embora, eu nunca mais tinha falado direito com ele.
— Quando minha mãe disse que você estava aqui eu nem acreditei.
— Jessica – eu sorrio
— O que você faz aqui? Como assim?
— Eu precisei vir pedir ajuda ao meu pai.
— Porque? – ela pergunta – não me ligou? Vamos para minha casa e você não vai ficar na casa dele.
— Eu preciso ficar com ele, eu sinto que meu pai não está bem
— Ele deixou você ficar?
— Deixou – eu dou de ombros
— Ele vai te maltratar com as palavras, o seu pai é um ogro, nem pensar você vai para minha casa.
— Está tudo bem -e u respondo – ele me deixou ficar na casa dele, se der algo errado, eu vou para sua.
— - Eu vi seu pai descendo o morro – Jessica fala – junto do vadio.
— Disse que RK o mandou falar com um cara lá embaixo.
— - É – ela fala pensativa e me encara – estou tentando falar com Pedro Henrique mas não consigo.
— - Você não acha perigoso de mais tudo isso? – eu pergunto.
— - Namorar com bandido? – ela pergunta e eu assinto com a cabeça – eu amo ele e sinto que ele me ama também. Ele me trata super bem e Pedro Henrique é diferente do irmão dele, o Rd sim é o demônio em pessoa.
— - Eu acho que é muita adrenalina para mim – eu falo.
— - Como está a faculdade? – ela pergunta.
— - Está bem – eu falo. – bastante corrido.
— O celular dela toca.
— - É Pedro Henrique – ela diz sorrindo – depois a noite passo na sua casa – eu assinto e ela sai falando com ele no telefone.
Eu fico ali organizando as coisas da farmácia e vejo que já fazia tempo que meu pai tinha descido e até agora não subiu de volta, começo a me preocupar , vou para fora da farmácia mas nem sinal dele pelos becos do morro. Eu prefiro ficar dentro da farmácia esperando ele voltar já que fazia tanto tempo que não andava por esse lugar sozinha.
RK narrandoEu resolvo ir até a entrada do morro junto de LK, para ver o que estava me esperando agora lá embaixo, Ph tem razão talvez eu estava deixando Antonio se criar aqui dentro por causa da amizade dele com meu pai.Enquanto meu pai era vivo, os dois eram carne e unha, meu pai confiava muito nele e nossas famílias eram bem unidas, mas eu sempre tive o pé atrás com ele, mas pela memoria do meu pai eu sempre relevei todas as atitudes dele aqui dentro do morro.— - Eu já disse que não tenho o dinheiro agora – Antonio fala para o cara que eu nunca tinha visto na minha frente – uma semana eu te consigo.— - Eu te dou dois dias – ele fala – dois dias, se não você morre. – o cara diz apontando uma arma para ele e Vadio se aproxima deles com a arma apontado.— - Já deu – Vadio fala – vaza, anda. Aqui não é teu lugar, quem manda é a gente, não queira que eu atiro em você;— - Dois dias – o cara o ameaça antes de entrar dentro do carroAntonio que já está branco se vira e dar
Jessica narrandoPedro Henrique diz que está com a mãe dele na feira e eu fico pensando no que eu escutei RD e Lk conversando.Eu vou até a entrada do morro e vejo RD e Antonio subindo o morro de volta e RD com uma cara nada amigável.- Mãe? – eu a chamo quando vou entrando para dentro de casa – Mãe?- Oi – ela fala.- Mãe me diz uma coisa – eu falo sentando-se na mesa enquanto ela fazia algo no fogão – Antonio estava com uns caras estranhos na entrada do morro – ela me encara – e eu escutei uma conversa do RD e do Lk e acho que era sobre ele.- Não entra nessa história Jessica – ela fala – não vá mexer em coisa que não é sobre você, já não basta está namorando traficante, ainda quer se envolver em assunto desse? Ainda vão te matar Jessica.- Que horror mãe, eu estou apenas te falando – eu falo.- Se RD achar que você está se metendo a onde não deve, seu namoradinho mesmo sendo irmão e sub não vai te proteger – ela fala – vai embora do morro e larga esse bandido.- E por que a senhora
HeloisenarrandoMeu pai retornapara farmácia com cara de poucos amigos, ele entra para dentro de uma sala e euvejo que ele começa a fazer muito barulho lá dentro, eu respiro fundo e ficoali mexendo no celular.Eu confesso quejá estava pensando em sair correndo de dentro do morro e por alguns segundosestava me perguntando o que eu tinha vindo fazer aqui, até porque eu e ele agente nunca teve tanto contato, mas além dele eu tinha minha tia e minha primaaqui e na minha cabeça era muito melhor do que ficar sozinha perambulando no rio de janeiro e passando necessidade.— Oque o senhor está fazendo? – eu pergunto vendo ele tirar um monte de dinheirodo cofre – que dinheiro todo é esse?— Calaboca – ele fala pegando uma arma e apontando para mim – garota insuportável quemerda que você veio fazer nesse morro?— Oque o senhor acha que está fazendo?— Euque pergunto para você que merda você acha que está fazendo vindo no morro comesse papo que precisa de ajuda? Vo
RK narrandoEu estavarespondendo algumas mensagens do JV sobre o carregamento que tinha chegado aquie ele queria a metade de tudo que era forma, ele acha que é meu primo eu iriadar as coisas de graça para ele, ele estava muito enganado, as coisas nãofuncionava dessa forma.Eu termino deresponder e vejo que o rádio está chamando muito e acho estranho quando começao maior fuzuê entre os vapores, eu saio da boca e vou andando e vejo umaconfusão, que envolvia Lk e o pastor.— - Oque está acontecendo aqui porra? – eu grito dando um tiro para cima fazendotodos pararem.Lk pula o muro.— -Você diz para esse seu vapor parar de ficar olhando a minha filha trocar deroupa – Eduardo fala puto da cara.— Asua filha também tem que se dar o respeito - eu falo— Minhafilha? – ele fala me encarando – minha filha se dar muito ao respeito, ela éuma moça cristã – eu começo a rir vendo que o pastor acreditava que a filha ésanta – você é o demônio em pessoa isso sim.— Va
Heloise narrandoEu abro os meus olhos e vejo que estou dentro do consultório, Jessica está ao meu lado assim como sua mãe Marta, a minha tia.— Você lembra do que aconteceu? – a primeira pergunta de Jessica quando eu me sento na cama.— Deixa ela Jessica, ela ainda está acordando.— Eu lembro – eu respondo – meu pai me ameaçou de morta, colocou fogo na sala.— Você não deveria ter voltado – minha tia fala— Mas eu não tinha para onde ir, estava sem saída, eu achei que procurar meu pai seria uma boa idéia.— Aquele homem nunca é uma boa idéia ter por perto, ele fugiu depois te deixar para morrer.— Para onde ele foi? – eu pergunto— Ninguém sabe – Jessica fala – ninguém o encontrou, fugiu levando muita grana.— Sim, era muita grana – eu respondo – quem me salvou?— Henrique – Jessica fala— Rk – tia Marta corrige— Ele me salvou?— Sim – Jessica fala – entrou lá dentro e te salvou – eu a encaro – você está bem, os médicos já fizeram todos os exames.— Quanto tempo eu dormi?— Um dia –
Jessica narrandoHeloise estava tomando banho para descansar um pouco e Pedro tinha saído encontrar o irmão e o primo Jv que estaria na boca, eu desço e escuto uma conversa muito estranha entre minha mãe e minha sogra.— Heloise precisa sair do morro – Alice fala – não tem como ela ficar aqui.— Você acha que depois de tanto tempo vão vir atrás dela? – Minha mãe pergunta— Eu não sei, o problema é que se RK descobre tudo, eu não sei do que ele é capaz de fazer— Ele não faria mal a ela – minha mãe.— Será que não? Para proteger o morro? – Alice pergunta— Ele é seu filho você deveria saber.— Eu sei que ele é meu filho mas RK é completamente imprevisível, tirando que heloise aqui poderia levantar muitas coisas, até mesmo tudo que foi guardado por tanto tempo, --------------------------+---------------------------+*-eservar essa garota de todos os segredos que atinge ela e a sua família,— O pai dela tentou matar ela, ela não tem ninguém, não podemos expulsar ela daqui – minha mãe f
Heloise narrandoUma semana e meia se passou desde tudo, eu tinha retornado para faculdade e também a trabalhar com a maquiagem, eu evitava sair tanto no morro porque era comentado sobre o incêndio e sobre o sumiço do meu pai que era apontado como um traidor por todos.Eu estava descendo o morro para ir para faculdade e é quando eu corto por dentro de um beco e esbarro em RK, conversando no rádio com alguém, ele me encara e eu tento passar reto, mas ele não deixa.— Está indo onde? – ele pergunta— Para faculdade, não lembro de ter que avisar a hora que eu entro e saio do morro? — Você está de sacanagem?— Estou falando sério – eu afirmo e ele revira os olhos me encarando.— Olha garota – ele fala – tem horário para chegar sim e s evocê não avisou da sua necessidade, você não sobe.— Então deveria tomar mais conta do seu morro, porque eu já avisei – eu solto meu braço.— RK – o rádio começa a tocar – anda cara, precisa passar a verba do baile.— Boa noite – eu falo passando por ele.
Lk narrandoEu estou na boca , quando vejo a Larissa passar toda vestida para o culto, ela me encara e abre um sorriso e faz gesto com as mãos e depois entra na igreja que era na frente da boca quase.RK entra com o demônio no corpo dentro da boca e não falada nada e nem com ninguém, apenas entra todo endiabrado e quando acontecia isso, a gente já sabe que não deveria nem falar com ele.— Ei – Ph fala batendo na minha cabeça.— Que foi cara?— Meu irmão está ai dentro?— Tá todo nervosinho.— Ele anda assim né?— Desde que o velho fugiu.— Não, desde que a Heloise voltou.— Até parece que ele está assim por causa da Heloise – eu falo— Tu que acha – ele responde – Henrique chorou muito quando ela foi embora, é o primeiro amor da vida dele, se não for a única.— Ele não ama ninguém – Eu respondo – nem ele mesmo.— Vai achando que é isso – ele fala – ele é muito diferente do que a gente pensaEu desacredito nas coisas que Ph fala, eu não acredito que Rk é capaz de amar alguém, eu já fiz