Perpetua narrandoOs coqueiros em volta das casas estão descendo muito, eu estou super preocupada com a Vitoria lá dentro e eu aqui, maldita hora que eu vim tirar as roupas do varal, Vitoria me encara da janela.— Mamãe você vai demorar? – ela pergunta— Vitoria se esconde – eu grito – se esconde da ventania e da chuva.— To com medo.— Fica tranquila – eu falo nervosa com a situação.Eu odiava ver minhas filhas passando medo ou em apuros, meu coração se aperta e a chuva começa a ficar cada vez mais forte, então eu resolvo tomar coragem e ir para casa, eu entro de volta para dentro do restaurante pegar algo para me cobrir e pego uma toalha de mesa para me tampar, mas no momento que eu vou em direção a porta, escuro um estouro muito forte e as árvores que estão em volta da casa e do restaurante acabam se chocando e elas caiem uma para cada lado.— Vitoria – eu grito mas sou atingida por algo na cabeça e desmaio.Liberdade ao Carioca, [10/04/2023 23:03]Vitoria narrandoA minha mã
Carioca narrandoEu abandono o carro na entrada da vila e saio correndo, as árvores caídas por todo o lado e os coqueiros chegava a balançar, eu vejo o restaurante e a casa totalmente destruídos.— Vitoria? – eu grito – Perpetua?— Socorro – Sinto a voz fina da Vitoria.— Vitoria? – eu grito de novo – onde você está?— Na casa, me ajuda por favor estou com medo – ela gritaEu olho para todos os lugares possíveis e consigo ir tirando os destroços.— Estou com medo – ela fala— Vitoria, onde você está?— Na mesa – ela falaEu consigo ver seu rosto e vou tirando as coisas mais rápido possível, eu me aproximo dela.— Vem pode vim – eu falo para ela – você está segura agora, vem.— Minha mãe – ela fala soluçando e pega em meu braço.Ela me abraça rapidamente e eu abraço ela naquele momento o mais forte possível e ela retribui o abraço em meio a choros e soluços, ela estava muito nervosa.— Eu amo você minha filha – eu falo e ela me encara – me perdoa por ter sido um idiota, tudo
Epílogo2 meses depoisPerpetua narrandoA gente tinha se mudado para o alemão a um mês, ficamos lá até quase passar a minha quarentena, Vitoria estava feliz ao lado do pai e Carioca tinha feito tudo para receber ela, Liz e Jonas.Ele mudou de uma forma inexplicável, e não tinha mais medo em ficar od seu lado, ele tratava as crianças da melhor forma possível mesmo com o morro o consumindo tanto, ele separava tudo, dentro de casa ele era outra pessoa.Eu estava arrumando as roupas dele e dobrando, sua tia está nos ajudando com as crianças , até porque era três crianças, uma de dois anos, outra recém nascida que dava mais trabalho que a Vitoria, que era um amor de criança e super inteligente.Eu acho um papel dobrado dentro de um casaco e abro o casaco, é quando eu vejo que era uma carta e começo ler toda aquela carta, era da mãe da Vitoria, da Brenda, eu consigo sentir a dor dela escrevendo essa carta e o amor que ela sentia por Vitoria e Carioca.— Perpetua? – ele pergunta e eu o enc
Heloise narrandoEu olho para o relógio e as horas passam e passam, eu ando de um lado para o outro esperando alguma resposta ou pelo menos uma ligação, eu jamais achei que viveria um momento assim.— Você ainda está aqui? – A voz dele soa e eu olho para trás vendo ele abrir porta – eu não mandei você ir embora do morro. Vou ter que te colocar eu mesmo para fora?— Você me deu um prazo.— E ele está se esgotando Heloise – RK fala me encarando— Porque Henrique? – eu questiono— Porque o que garota,?— Eu não posso acreditar que você tenha mudado tanto.— Se passou 14 anos desde que você foi embora, você achou que eu continuaria aquele moleque que comia meleca na hora do recreio?— Eu não posso acreditar que você tenha virado esse demônio – eu olho para ele— Se voicê não acredita e julga, faz o que eu mandei, vaza de dentro do meu morro.— Eu não vou ir embora.— Se você não ir embora Heloise , eu juro que te meto uma bala no meio da tua cara – ele fal
Heloise narrando— Aqui, falta apenas o delineado – eu falo terminando.— Ficou perfeito – a noiva fala— Obrigada.Eu termino a maquiagem e saio do hotel , meu aluguel tinha vencido e estava tendo poucas maquiagens nesses últimos meses e com a correria da faculdade, eu mal estava conseguindo pagar tudo que eu tinha para pagar e infelizmente eu teria que recorrer ao meu pior pesadelo, meu pai e a minha melhor amiga Jessica.Desde que eu fui embora do morro da rocinha, eu nunca mais pisei os meus pés lá , eu fui embora para São Paulo com a minha mãe e depois de alguns anos da sua morte, eu voltei para o Rio de Janeiro cursar direito e graças aos cursos de automaquiagem, eu estava conseguindo ganhar uma grana para me manter, mas agora estava quase impossível sobreviver, meu pai tinha uma casa no morro da Rocinha e mesmo ele não querendo me ver nem pintada de ouro, eu iria até lá pedir abrigo, até porque ele era meu pai e não poderia me negar isso, se caso ele me negasse eu fica
Rk narrandoEu saio para fora da boca para fumar, eu tinha pavor de fumar dentro e ficar esse cheiro de droga lá dentro, então eu ficava sempre na porta e já aproveitava para olhar o movimento.Tinha enviado Lk cobrar aquele velho maldito da farmácia, já estava de saco cheio dele, toda hora arrumando confusão e devendo horrores aqui dentro do morro e fora, o problema é que agora estão vindo cobrar na porta do morro as dividas dele e isso eu não admito.Eu estava fumando, quando eu vejo uma garota subindo, cabelos cacheados e da cor clara, o cabelo ia até a bunda e estava com uma mochila, eu não tinha visto ela aqui ainda, mas parecia que eu a conhecia, até que ela passa por mim e eu estreito os meus olhos percebendo quem era: era a Heloise, a filha do velho.Um dia eu disse que a tornaria era minha fiel, que palhaçada, até parece que assumiria uma garota na minha vida sendo que poderia ter todos.— - Está revivendo os velhos tempo? – Ph fala – achei que meu irmão não era de se apeg
Capítulo 3Malu narrando— O senhor está bem mesmo? – eu pergunto antes de descer para casa dele.— Estou – ele fala – estaria melhor se você não tivesse aqui.— Eu preciso de um lugar para ficar e eu posso falar com a Jessica e ficar na casa dela se eu for atrapalhar o senhor, eu sei que a gente não se fala a muito tempo – ele me encara – mas eu sinto falta.— Olha – ele fala nervoso e me encara – desce e fica na nossa casa, ela também é sua.— Obrigada – eu respondo – eu jamais vou esquecer que está me deixando ficar lá.— Eu espero que não esqueça mesmo – ele fala.Meu pai era assim, ele não demonstrava sentimento ee u confesso que comecei achar loucura ter subido o morro e pedir ajuda a ele, mas a verdade é que eu não tinha para onde ir e já estava sendo despejada do alojamento por não pegar o valor do aluguel.Meu pai está nervoso e bastante atrapalhado também dentro da farmácia- Pai, o que o senhor tem? – eu pergunto.- Nada não – ele fala e olha para frente e
RK narrandoEu resolvo ir até a entrada do morro junto de LK, para ver o que estava me esperando agora lá embaixo, Ph tem razão talvez eu estava deixando Antonio se criar aqui dentro por causa da amizade dele com meu pai.Enquanto meu pai era vivo, os dois eram carne e unha, meu pai confiava muito nele e nossas famílias eram bem unidas, mas eu sempre tive o pé atrás com ele, mas pela memoria do meu pai eu sempre relevei todas as atitudes dele aqui dentro do morro.— - Eu já disse que não tenho o dinheiro agora – Antonio fala para o cara que eu nunca tinha visto na minha frente – uma semana eu te consigo.— - Eu te dou dois dias – ele fala – dois dias, se não você morre. – o cara diz apontando uma arma para ele e Vadio se aproxima deles com a arma apontado.— - Já deu – Vadio fala – vaza, anda. Aqui não é teu lugar, quem manda é a gente, não queira que eu atiro em você;— - Dois dias – o cara o ameaça antes de entrar dentro do carroAntonio que já está branco se vira e dar