Deixei Hannah na faculdade, depois de um quase beijo, que minha boca ainda estava salivando de desejo, eu fui conferir as muitas mensagens que estavam acumuladas. Respondi às de mamãe, Nati, sobre a festa das gêmeas. E claro, as duzentas da Antonella. Tinha uma em especial que deixei por último, já que estava com a cabeça cheia e não virou nada com a mulher com quem eu realmente queria passar a noite, não tinha escolha a não ser aceitar aquele convite indecente. Greta diz: “Acabei de tomar meu banho com óleo de andiroba, que você adora. Abri um vinho Chateau 2005 e pra você, fiz um caipirinha com Sprite, junto com ele, posso abrir muitas outras coisas que você vai querer provar.”Greta diz: (foto nude) Nicolas diz: “Pede uma pizza, chego em vinte minutos.”Greta diz: “Já está no ponto: a pizza e eu.”Ela era perfeita para ter algo casual. Era só ficar e cair fora, já que foi o que ela mesma me propôs quando começamos. Disse que não gosta de curtir a vida e coisa e tal que nem prest
— Tabita, se você falar mais uma vez que está grata, vai cansar minha beleza. Agora come isso daí e vai me contar logo da Karla. — Rodolfo, mas o que você fez… — Eu estou falando sério, garota. — Ok, ok. Nós paramos em uma lanchonete pertinho do trabalho, tínhamos pouco tempo depois de ter saído da escolinha do Rafael. Queria saber o máximo possível da minha musa. Afinal, começava na segunda e ia ficar cheio de tarefas do trabalho. Só de falar trabalho já me empolgou. A maioria dos que se diziam meus amigos, vão achar loucura. Rodolfo Bernardes Vasconcelos de Alcantara Furtado, trabalhador, registrado com carteira e tudo. Ando de metrô e busão e vou alugar um apartamento. — A Karla está namorando o Juscelino, o pai do meu filho…Ela começou a falar o trivial, e o que mais me chamou a atenção era que a minha musa era exatamente o tipo de mulher que eu queria longe de mim quando abandonei minha antiga vida. As interesseiras, vigaristas, oportunistas dos infernos. Mas a questão era,
— Ôxi, Tabita, viu passarinho rosa? Boa tarde, pessoal, pessoas lindas do meu país!— Ai, D. Graça, finalmente a vida me deu alguma alegria. — Hummm, esse Rodolfo deve ter um… — Coração, D. Graça, coração. Coloquei meu crachá para terminar a tarde de serviço. Com a cabeça menos preocupada com a educação do meu filho, agora eu podia ficar mais tranquila. Claro, que Juscelino ia tentar ver ele e dar de cara com o segurança, provavelmente ia sobrar pra mim, mas com ele eu sabia lidar. Era no meio da tarde e fui fazer meus quinze minutos de lanche. Dei uma olhada no celular que tinha uma mensagem de um número não cadastrado. 989877098 diz: “Sr. Tabita Souza, por favor comparecer com urgência na Central de Urgência do Hospital Libanês, das 14h às 22h. Pode informar o código 777989899, EX no prontuário.”Mas do que será que se trata? Foi o hospital que fiz exames semana passada, mas eles me liberaram e disseram que estava tudo em ordem. Droga, pobre não tem sorte, será que deu zica em a
— Até que horas eu posso desfrutar da sua companhia? — Uau, que linguagem de um cavalheiro. – Eu dei uma boa risada, era surreal estar ali com Apolo, em um barzinho em frente à faculdade. Estava feliz com isso. — Eu tenho aula só mais tarde, não se preocupe. Vamos sentar aqui? — Está ótimo pra mim. Vem aqui sempre? — Na verdade, nunca vim. Morro de inveja da turma que vem. — Achei que era baladeira? E ele deu um sorriso tímido, daqueles que desvia o olhar e abaixa a cabeça. O que deixa ele mais charmoso, se é que é possível. Aqueles dentes perfeitos contornados por lábios desenhados por … — E aí, é baladeira? — Não, não. Sou muito na minha. Na verdade, minha turma é a Lili, minha melhor amiga e aqui na faculdade, a Sara, que me deu o cano hoje. — Bendita Sara. Graças a ela posso ter você pra mim um pouquinho. Dessa vez ele não desviou o olhar, muito pelo contrário, me olhou profundamente, quase que dentro da minha alma. — Uau, vamos pedir algo? – Precisava beber alguma coisa.
O que aquele alemão pensa que é? Cretino, o cara acha que eu poderia querer alguma coisa com ele, coitado. Onde estão os relatórios das folhas de pagamento de hoje? Melhor eu me concentrar no trabalho. Quando abri minha gaveta, dei de cara com o papel que ele deixou cair. Um ticket de pagamento de uma mesa do La Luna, o que não fazia o menor sentido. Não tinha como aquele rapaz ter uma mesa lá. — O que isso? Neusa apareceu do nada. — Hummm, mais um dos velhos ricos que tem um mesa no La Luna? Ai, Karla, você podia arrumar para eu ir com meu marido… — Intrometida, o que você vai fazer lá, se não sabe nem dançar? Já te expliquei que é para quem ama dança. — Achei que era pra você pagar, seus otários que pagam suas contas. Levantei e fui com tudo bem em frente a cara dela com o dedo indicador em riste, onde minha unha era a maior. — Escuta aqui, Neusa, queridinha, intimidade tem um limite, ok. Eles pagam porque querem, não coloco uma arma na cabeça de ninguém. Além do mais, nun
Então a moça anunciou o intervalo e colocou um playback dos anos 90, com músicas internacionais lentas, que minha mãe adorava ouvir. — Essas aí a Capitu que coloca, ela adora. — Minha mãe também. Vem, vamos dançar. No impulso, puxei ele pela mão e a coloquei em minha cintura. Apoiei minha cabeça nos seus ombros e ficamos ali dançando juntinhos. Ele começou a fazer cafuné na minha cabeça, e estava tudo tão gostoso. Pensei na última vez que dancei assim com o Chris, foi lá em casa, depois de tomarmos vinho. Eu fiquei tonta e ele me fez colocar os pés sobre os seus. É claro que eu não ia me apaixonar por ele, se não fosse encantador. Tinha coisas que depois de vários relacionamentos, só ele conseguiu desbloquear. Diego abaixou a cabeça e beijou meu pescoço bem abaixo do meu ouvido. Um beijo muito suave. Me despertou das minhas lembranças. Eu olhei para ele, e sua boca estava a um centímetro da minha. Desci minha mão do seu pescoço e coloquei sobre seu coração, que batia acelerado. S
Depois de uma tarde louca como aquela, o que eu ia fazer em uma exposição de arte? Paola presa e eu me maquiando, onde minha vida veio parar? Mas eu não estou com cabeça pra pensar, apenas vou seguir quem está me ajudando no momento e ver no que vai dar. — Sara, eu deixo uma chave aqui neste piso falso, para emergência. — Ok, Lili, mas você vai estar comigo, não é? — Sim, é que eu falo isso pra todos que ficam aqui comigo, deixo a chave para uma eventual emergência, entende? Olhei pra Lilith e ela estava linda, ela era uma mulher tão forte. Aquela imagem das suas costas toda marcada não saía da minha cabeça. Como ela podia ser tão livre e decidida? Parecia não ter medo de nada. — Vamos pegar o metrô e descer quase de frente ao evento. Você está fantástica, estou louca para te apresentar para o Chris. — Vocês namoram há muito tempo? — Sim, ele é quem está comigo a mais tempo na verdade, tem sido um companheiro incrível, mas a Hannah não gosta dele. — Ela me falou… – falei sem
Depois da resposta azeda da Hannah, resolvi ir para o meu escritório trabalhar. Aprendi que quando as mulheres estão assim, nem todo o açúcar do mundo desfaz o azedume.Comecei a acessar meus e-mails. Chegou mensagem da Nátali.Nátali diz: “Oi, maninho, as gêmeas estão impossíveis hoje, não demore muito, vou precisar de ajuda.”Nátali diz: “Eu sei que você está no escritório, mandei seu almoço, como sempre.”Nátali diz: “Beijos, te amo.”Nem em mil anos eu ia merecer uma irmã como a Nati. Depois de uma tempo:No se preocupe, Sr. Gonçalez, las empresas estarán a salvo. Y tus hijos serán nuestra prioridad. Nos vemos pronto.Desliguei e resolvi fazer uma pausa, esticar as pernas e tomar um café.Passei pela recepção e Hannah não estava. Quando estava chegando na copa, ouvi vozes, não pude resistir e ouvir um pouco a conversa. Era ela com o Dudu, o menino da limpeza.… e ele expulsou ela daqui, com os seguranças indo atrás dela e tudo mais. A Laura levou, ela inclusive.Então, ele namorav