Desculpas é que nem remédios placebos, podemos até engoli, mas não resolve nada. Não resolve merda nenhuma! Faz exatamente dez minutos que nenhum de nós falávamos alguma coisa, estava cada um olhando para cara do outro, esperando uma solução cair em nosso “colo”. Confesso que nem eu conseguia pensar em algo com clareza. A agente Dias não deu mais notícias, talvez por isso a minha mente não esteja funcionando bem. Talvez não, é por esse motivo mesmo! — E se chamássemos o exército para nos proteger? — Rodion perguntou olhando diretamente para o telão, onde Sergei Rudskoy, capitão das Forças Armadas, com a mão no queixo, nos observava pensativo. — Já mobilizei a todos. — Rodskoy avisou. — Mas infelizmente, só poderemos partir em três horas. — É muito tempo. — Falei recostado em meu assento. — Se for de acontecer algo, teríamos que nos virar sozinhos… Talvez chamar a polícia local. — É, ótima ideia, Volkova. — Fedorov ironizou. Eu não o crítico, ideias não estão sendo o meu forte
— A esposa dele está com Alzheimer. — Iuri sussurrou para mim. Deve ser horrível essa situação. Penso o vendo ainda perdido em seus pensamentos. Eu nem consigo imaginar acontecendo algo assim comigo e Elisa. Balanço a cabeça em negativo, esforçando-me para tirar esses pensamentos de minha cabeça. — NIKOLAI? — Belikov gritou seu chefe de segurança. — Senhor? — Alguma notícia do Mikhail? Já prenderam o Igor? — Não senhor! — CHERTOV! — Iuri exclamou em frustração. — PAPAI? — Surpresos, encaramos a porta da sala de comando. Lá estava Ania seguida da senhorita Peterson. — Ania, meu amor, você está bem? — Iuri a questionou se levantando de seu assento e caminhando a passos largos em direção a sua filha, que chorava com um largo sorriso nos lábios ao rever seu pai. Belikov a abraçou forte e a mesma balançou a cabeça afirmando. Assim que eles desfizeram o abraço, Ania limpou suas lágrimas. — Porque estamos aqui, papai? — Confusa, ela nos fitou um por um. — Essa será a casa de voc
— Sim, voltando. — Andrei tornou a dizer. — Depois de muito pensar para resolver esse assunto… — Ele parou de falar e nos fitou com a face franzida. — O cavalo de Tróia gente. — Ele estralou o dedo. — Acompanhem o raciocínio pessoal. — Diz insatisfeito. — Primeiro, eu nem sei o que é cavalo de Tróia. — Popov avisou ranzinza. Respirando fundo, Andrei respondeu. — Os senhores conhecem a antiga história grega do grande cavalo de madeira que levou à queda da cidade de Tróia? — Claro que sabemos sobre essa história, Medvedev. — Fedorov retrucou ultrajado. — Sou Frans Fedorov, o diretor de política, eu seria um tolo se não soubesse. — Tá, tá. — Andrei replicou contendo a irritação. — Em computação, um cavalo de Troia é qualquer malware que engana os usuários sobre sua verdadeira intenção. — Mas não adiantou! — Iuri afirmou o óbvio e Andrei concordou. — Foi então que tive a brilhante ideia em usar o Sil’nyy… — Sil'nyy? — O Sil'nyy, Sokolov, é o meu Sistema Operacional. — Andrei par
Em algum momento de nossas vidas, todos querem ser corajosos em nossas mentes e comigo não foi diferente. Por diversas vezes, eu já me imaginei ou passei situações difíceis, e conseguir sair facilmente… Ok, não foi facilmente. Falando assim, parece até um conto de fadas, como se eu quisesse amenizar a situação, mas sei que não foi bem assim. Foi horrível, difícil e eu sentir medo a todo o tempo. Uma vez, quando fiquei atendendo no bar do restaurante de Igor, precisei recusar um convite para sair de um cliente que frequentava fazia um tempo o restaurante. Achei que tinha resolvido, pois o cliente havia ido embora antes do bar fechar, mas quando eu estava a caminho do metrô, notei que o cliente me aguardava na rua e passou a me seguir insistentemente. Lembro que meu coração acelerou e meu corpo todo começou a suar frio. O percurso do metrô ao meu trabalho, ou do trabalho ao metrô é de meia hora, mas naquele dia eu consegui fazer em dez minutos, pois conseguir correr até o metrô em
Eu estava no chão frio, assim com Nanda e Ania. Com dificuldade, me recostei a parede e olhei tudo ao redor. A sala parecia ser maior que a minha pequena casa, estava repleta de equipamentos eletrônicos, como computadores, acho que um sonar e outras que eu nunca vi em minha vida. Havia também outras pessoas na sala, principalmente funcionários de limpeza e alguns homens de terno, talvez outros tipos de funcionários, pois as gravatas eram de várias cores e os ternos alternavam entre pretos e cinzas. Todos eles estavam sentados no chão com suas mãos algemadas a sua frente, exceto eu e as meninas que não estavam algemadas. Próximo à porta de saída, dois homens usando o uniforme do serviço secreto fazia guarda, olhando para todos os lados, atentos aos nossos movimentos. Foquei meus olhos onde um homem com cabelos pretos com tons grisalhos, alto e magro, usando uniforme militar me fitava enojado. Ele não era um homem bonito, mas aparentemente era atraente. O tipo de homem que alguém olhar
Eu aplaudiria se não estivéssemos nesse momento e minhas mãos não estivessem trêmulas.O General a encarou igualmente surpreso e sorriu, mas Korobov caminhou a passos largos em direção a Ania e deu uma tapa na cara da menina que caiu no chão devido ao impacto.Enfurecida com a atitude do homem e vendo a boca de Ania sangrando, Nanda caminhou até ele e desferiu socos na cara de Korobov como se fosse algo fácil de fazer.— Ohhhh. — Todos exclamamos surpreendido pela explosão de Nanda.Ela estava com raiva, muita raiva, nunca a vi dessa forma.Rapaz, Nanda realmente sabe bater. Pensei com divertimento a vendo incansavelmente desferindo socos atrás de socos.— TIRE-A DE CIMA DESSE IDIOTA. — O General bradou para os dois homens que estavam parados enfrente a porta, olhando a cena com divertimento.Assim que Nanda foi puxada para longe de Korobov, pudemos ver o estrago que a mesma fez na cara do homem. O nariz dele havia quebrado, sua sobrancelha direita ferida, abaixo dos olhos estava roxo
— Presidente Belikov, Ministro Volkova, enfim, estamos frente a frente… A voz do canalha ressoava em minha mente alto de mais para minha própria sanidade. A euforia dele me enojava, minhas mãos soavam, meu corpo tremia pela raiva que eu fazia um grande esforço para conter. — O que você quer? — Iuri o questionou asperamente, ignorando o sorriso sínico que o desgraçado lançava em nossa direção. — A paz mundial? O fim da intolerância? São tantas coisas. — Ele respondeu com ironia, alargando ainda mais seu maldito sorriso. — Não seja ridículo! — Vociferei impaciente. — Queremos saber qual é o seu objetivo em fazer tudo isso? — Você fica tão fofo bravo, Volkova! FILHO DE UMA RAMERA. Rosnei em minha mente. — SEU DESGRAÇADO, EU QUERO A MINHA MULHER. — Bradei, em reposta as suas palavras, em resposta a mim, ele gargalhou e a vontade que tenho é esganar o filho da puta. Ele tem sorte que a porra desse telão nos separa… Não por muito tempo. Digo a mim mesmo, como uma promessa. — Fala a
Miserável!— Não se preocupe. — O General diz com o tom mais brando. — Talvez essa criança me renda um bom dinheiro também. Só se for por cima do meu cadáver. — Você é um monstro. — Elisa declarou o encarando altiva. Ela parecia está com raiva, não havia medo em sua postura ao encarar o General, mas quando seus olhos me fitaram, pude perceber o medo neles.— Ministro. — Ela sussurrou para mim, sua boca tremeu e lagrimas caiam de seus olhos.— DESGRAÇADO, SE VOCÊ A MACHUCAR EU…— Você o quê, Volkova? Como você mesmo disse: Tenho as cartas, eu mando nessa PORRA, SEU MOLEQUE ATREVIDO, TIRADO AO SABE TUDO. — Rosnou. — Não ouse me desafiar, você tem uma hora. Seu tempo está correndo, Volkova. Tic, tac, tic, tac. — Brincou empurrando Elisa para longe da tela.— Não ouse tocar nas meninas ou em qualquer pessoa que esteja preso aí… — Tornei a falar, mas ele me interrompeu.— Você ainda não entendeu Volkova? — Ele suspirou pesadamente e revirou os olhos. — Veremos se você entende agora… — El