— Presidente Belikov, Ministro Volkova, enfim, estamos frente a frente… A voz do canalha ressoava em minha mente alto de mais para minha própria sanidade. A euforia dele me enojava, minhas mãos soavam, meu corpo tremia pela raiva que eu fazia um grande esforço para conter. — O que você quer? — Iuri o questionou asperamente, ignorando o sorriso sínico que o desgraçado lançava em nossa direção. — A paz mundial? O fim da intolerância? São tantas coisas. — Ele respondeu com ironia, alargando ainda mais seu maldito sorriso. — Não seja ridículo! — Vociferei impaciente. — Queremos saber qual é o seu objetivo em fazer tudo isso? — Você fica tão fofo bravo, Volkova! FILHO DE UMA RAMERA. Rosnei em minha mente. — SEU DESGRAÇADO, EU QUERO A MINHA MULHER. — Bradei, em reposta as suas palavras, em resposta a mim, ele gargalhou e a vontade que tenho é esganar o filho da puta. Ele tem sorte que a porra desse telão nos separa… Não por muito tempo. Digo a mim mesmo, como uma promessa. — Fala a
Miserável!— Não se preocupe. — O General diz com o tom mais brando. — Talvez essa criança me renda um bom dinheiro também. Só se for por cima do meu cadáver. — Você é um monstro. — Elisa declarou o encarando altiva. Ela parecia está com raiva, não havia medo em sua postura ao encarar o General, mas quando seus olhos me fitaram, pude perceber o medo neles.— Ministro. — Ela sussurrou para mim, sua boca tremeu e lagrimas caiam de seus olhos.— DESGRAÇADO, SE VOCÊ A MACHUCAR EU…— Você o quê, Volkova? Como você mesmo disse: Tenho as cartas, eu mando nessa PORRA, SEU MOLEQUE ATREVIDO, TIRADO AO SABE TUDO. — Rosnou. — Não ouse me desafiar, você tem uma hora. Seu tempo está correndo, Volkova. Tic, tac, tic, tac. — Brincou empurrando Elisa para longe da tela.— Não ouse tocar nas meninas ou em qualquer pessoa que esteja preso aí… — Tornei a falar, mas ele me interrompeu.— Você ainda não entendeu Volkova? — Ele suspirou pesadamente e revirou os olhos. — Veremos se você entende agora… — El
Por que o General está fazendo isso? Essa pergunta rondava a todo o momento a minha mente e eu não tinha uma resposta para ela. Na verdade, eu não tinha resposta para porra nenhuma. Na videochamada ele praticamente palestrou sobre o seu poder sobre nós, mas, ao mesmo tempo, não disse nada de muito aproveitável. Eu sei, ele quer o poder... Mas não é só isso. ELE QUER VINGANÇA! Minha mente gritou em protesto. Sei que tem mais coisa, sei que essa vingança é algo que envolve diretamente a mim. Então o quê? Bato em minha testa repetidamente fazendo um grande esforço para pensar, no entanto, nada surgia em minha mente. Entendo que o fato de enfrentar o pensamento de minha deusa morrendo pela bala de algum homem nesse grande Palácio é um horror que eu não conseguiria suportar, doía só em imaginar, esse é o motivo que minha mente não estava funcionando bem, pois já me vi em situações parecidas e me sair bem. Se não, nem estaria vivo hoje. Eu sempre fui bom em quebra-cabeças, eu semp
— Senhor Miagkov! — Iuri exclamou se aproximando de nós. — Ivan, senhor. — O homem pediu. — Ivan, você está bem? — Já estive melhor. — O velho confessor ranzinza. — Aceito me aposentar agora. — Emendou rápido, em resposta, Iuri sorriu entristecido para o homem. — Cuidarei disso pessoalmente. — Iuri prometeu. — É uma honra para mim. Muito obrigado senhor. Iuri ordenou que dois agentes levassem o senhor Miagkov para a sala de comando até chegar ajuda. Andrei entregou a chave do cadeado a eles e nós voltamos a caminhar em direção ao térreo. Descemos as escadas com cautela, mas ao chegarmos enfrente a porta de saída, estranhei não ver nenhum deles guardando o local. — Não acha isso estranho, Volkova? — Acho sim! Provavelmente estão nos esperando. O que você ver Andrei? — Vejo várias assinaturas de calor próximo à porta. — Vou à frente. — Serguei informou. Antes que eu pudesse contestar, o mesmo foi em direção a porta e a abriu devagar. — EXPLOSIVO DE CURTO ALCANCE! — Serguei g
— Para quê? — Andrei voltou a perguntar com o olhar assustado para cima de mim. — Preciso cauterizar o ferimento, se não infecciona e essa dor será em vão. — Faça o que tem que fazer. — Falei em resposta a sua fisionomia preocupada. — Se eu desmaiar, deem um jeito de me acordar. Pedir me preparando para a dor que virá. — Então o homem de aço sangra. — Iuri comentou fazendo graça. Sorrindo, respondi a ele: — Eu nunca disse que não sangrava. A idade avança e o corpo não fica tão ágil quanto antes. Quando Zaitsev acendeu a pólvora em minha barriga por um instante, eu perdi a consciência e tudo que pensei foi: Eu realmente estou ficando velho. 🔫🔫🔫 Abrir meus olhos devagar sentindo a dor da barriga me incomodar. Não estava doendo como antes, a dor era suportável, mas ainda assim incomodava. — Por um momento achei que você iria morrer Dmi. — Eu também, Andrei! — Falei com sinceridade tentando me lev
Amanhã o dia será melhor? Questionei-me ao presenciar a fúria do General Aliyev assistindo pelas câmeras o Ministro, o Presidente, Andrei e os outros acabarem com seus homens. Uma parte de mim gostou em assisti a essa derrota que ele teve agora pouco, mas eu sabia que era apenas mais uma luta e a outra parte de mim, temia o pior. Isso me deixa inquieta, assustada. Parece tudo surreal. Refletir fechando meus olhos cansados e sonolentos. Ontem eu estava em meu casamento, feliz da vida, rodeada de amigos e familiares, mas hoje posso nem saí viva daqui, não sei se terei minhas filhas, não sei se abraçarei meu ministro outra vez. Abrir meus olhos tentando reprimir os pensamentos negativos. Sorrir no exato momento que o General olhou para trás e a forma que ele me fitava, era certo que imaginava que eu estava gostando. Mas o meu sorriso era de nervosismo, medo e de pura incredulidade. Penso desfazendo o sorriso e encarando ele nos olhos. — Está rindo neguinha? — O General “transbordav
— Você ouviu, então não me faça repetir! Você mandou o meu filho para o pior lugar da zona de ocupação, onde aqueles malditos assassinos estavam. Por quê? Por quê? — Lágrimas saiam de seus olhos, mas estava claro que as lágrimas eram de ódio. — Mas… — Quando uma nova guerra civil quis se instalar na Rússia, Volkova, todos nós fomos avisados que não adiantaria defender aqueles que incitaram os conflitos. Mas você e seu maldito presidente, os grandes heróis, quis fazer a paz… É vocês são bons em colocar panos quentes, vocês sempre ajeitam tudo. — General, não é tão simples… — Ah, é simples, sim, Volkova. Eu até pensei: não, ele deve está querendo fazer bonito, estava no início como Ministro e já tinha salvado muitos, recebeu aquele apelido heroico… — Não é nada disso… — Então é o quê? Qual é a sua desculpa em mandar meu filho para a morte? — General, lamento pela morte do Bosh… — Lamenta Volkova? Não, quando alguém tem a audácia em lamentar por algo é porque não entende, apenas
— O que foi Andrei? — Indaguei me aproximando dele. — O tempo acelerou sozinho. — Como assim Andrei? Quanto tempo nós temos agora? — Tornei a perguntar. — Dez minutos. — Como isso aconteceu? — Perguntei a Andrei incrédulo. — Acho que o General tinha algum tipo de dispositivo que retardava o tempo da bomba. — Como é esse dispositivo? — Perguntei olhando tudo ao meu redor. — É pequeno, grande? Fala Andrei. — Dá para você se acalmar caramba? — Pediu impaciente, se levantando e caminhando em direção ao corpo de Mikhail. — Rapaz, você penetrou o corpo do cara todo, não consigo nem reconhecer a cara do infeliz. — Essa foi a intenção… Além disso, foi uma promessa. — É, promessas precisam ser cumpridas. — Andrei murmurou tocando no braço do General Aliyev. — Espero que tenha mandado ele se foder. — Mandei sim… O que está fazendo, Andrei? — Em resposta, ele levantou o braço direito do General. — Esse é o dispositivo, mas como você mesmo ver, não presta. — Por quê? Você não pode con