— Senhor Miagkov! — Iuri exclamou se aproximando de nós. — Ivan, senhor. — O homem pediu. — Ivan, você está bem? — Já estive melhor. — O velho confessor ranzinza. — Aceito me aposentar agora. — Emendou rápido, em resposta, Iuri sorriu entristecido para o homem. — Cuidarei disso pessoalmente. — Iuri prometeu. — É uma honra para mim. Muito obrigado senhor. Iuri ordenou que dois agentes levassem o senhor Miagkov para a sala de comando até chegar ajuda. Andrei entregou a chave do cadeado a eles e nós voltamos a caminhar em direção ao térreo. Descemos as escadas com cautela, mas ao chegarmos enfrente a porta de saída, estranhei não ver nenhum deles guardando o local. — Não acha isso estranho, Volkova? — Acho sim! Provavelmente estão nos esperando. O que você ver Andrei? — Vejo várias assinaturas de calor próximo à porta. — Vou à frente. — Serguei informou. Antes que eu pudesse contestar, o mesmo foi em direção a porta e a abriu devagar. — EXPLOSIVO DE CURTO ALCANCE! — Serguei g
— Para quê? — Andrei voltou a perguntar com o olhar assustado para cima de mim. — Preciso cauterizar o ferimento, se não infecciona e essa dor será em vão. — Faça o que tem que fazer. — Falei em resposta a sua fisionomia preocupada. — Se eu desmaiar, deem um jeito de me acordar. Pedir me preparando para a dor que virá. — Então o homem de aço sangra. — Iuri comentou fazendo graça. Sorrindo, respondi a ele: — Eu nunca disse que não sangrava. A idade avança e o corpo não fica tão ágil quanto antes. Quando Zaitsev acendeu a pólvora em minha barriga por um instante, eu perdi a consciência e tudo que pensei foi: Eu realmente estou ficando velho. 🔫🔫🔫 Abrir meus olhos devagar sentindo a dor da barriga me incomodar. Não estava doendo como antes, a dor era suportável, mas ainda assim incomodava. — Por um momento achei que você iria morrer Dmi. — Eu também, Andrei! — Falei com sinceridade tentando me lev
Amanhã o dia será melhor? Questionei-me ao presenciar a fúria do General Aliyev assistindo pelas câmeras o Ministro, o Presidente, Andrei e os outros acabarem com seus homens. Uma parte de mim gostou em assisti a essa derrota que ele teve agora pouco, mas eu sabia que era apenas mais uma luta e a outra parte de mim, temia o pior. Isso me deixa inquieta, assustada. Parece tudo surreal. Refletir fechando meus olhos cansados e sonolentos. Ontem eu estava em meu casamento, feliz da vida, rodeada de amigos e familiares, mas hoje posso nem saí viva daqui, não sei se terei minhas filhas, não sei se abraçarei meu ministro outra vez. Abrir meus olhos tentando reprimir os pensamentos negativos. Sorrir no exato momento que o General olhou para trás e a forma que ele me fitava, era certo que imaginava que eu estava gostando. Mas o meu sorriso era de nervosismo, medo e de pura incredulidade. Penso desfazendo o sorriso e encarando ele nos olhos. — Está rindo neguinha? — O General “transbordav
— Você ouviu, então não me faça repetir! Você mandou o meu filho para o pior lugar da zona de ocupação, onde aqueles malditos assassinos estavam. Por quê? Por quê? — Lágrimas saiam de seus olhos, mas estava claro que as lágrimas eram de ódio. — Mas… — Quando uma nova guerra civil quis se instalar na Rússia, Volkova, todos nós fomos avisados que não adiantaria defender aqueles que incitaram os conflitos. Mas você e seu maldito presidente, os grandes heróis, quis fazer a paz… É vocês são bons em colocar panos quentes, vocês sempre ajeitam tudo. — General, não é tão simples… — Ah, é simples, sim, Volkova. Eu até pensei: não, ele deve está querendo fazer bonito, estava no início como Ministro e já tinha salvado muitos, recebeu aquele apelido heroico… — Não é nada disso… — Então é o quê? Qual é a sua desculpa em mandar meu filho para a morte? — General, lamento pela morte do Bosh… — Lamenta Volkova? Não, quando alguém tem a audácia em lamentar por algo é porque não entende, apenas
— O que foi Andrei? — Indaguei me aproximando dele. — O tempo acelerou sozinho. — Como assim Andrei? Quanto tempo nós temos agora? — Tornei a perguntar. — Dez minutos. — Como isso aconteceu? — Perguntei a Andrei incrédulo. — Acho que o General tinha algum tipo de dispositivo que retardava o tempo da bomba. — Como é esse dispositivo? — Perguntei olhando tudo ao meu redor. — É pequeno, grande? Fala Andrei. — Dá para você se acalmar caramba? — Pediu impaciente, se levantando e caminhando em direção ao corpo de Mikhail. — Rapaz, você penetrou o corpo do cara todo, não consigo nem reconhecer a cara do infeliz. — Essa foi a intenção… Além disso, foi uma promessa. — É, promessas precisam ser cumpridas. — Andrei murmurou tocando no braço do General Aliyev. — Espero que tenha mandado ele se foder. — Mandei sim… O que está fazendo, Andrei? — Em resposta, ele levantou o braço direito do General. — Esse é o dispositivo, mas como você mesmo ver, não presta. — Por quê? Você não pode con
Eu me sentia cansada demais, minha cabeça doía, meu corpo pedia urgentemente minha cama, mas nada se comparava a fome que me consumia por dentro. O ministro pediu a mim um pouco mais de paciência, pois logo iríamos para nossa casa, mas agora, sinto que minha paciência não é das melhores. Ele poderia falar isso para as filhas dele que não paravam de se mexer em minha barriga. Poderia implorar a elas dizendo: Meninas deixe a mamãe respirar direito. Penso reprimindo o riso. Respirei fundo, voltando a olhar ao redor. A gente se encontrava na sala de comando novamente, a enorme mesa redonda foi retirada para que o espaço da sala ficasse maior. Onde colocaram a mesa eu não faço ideia. Matutei tornando a olhar ao redor. O Ministro achou melhor a coletiva de imprensa ser aqui, porque a outra ala do Grande Palácio ainda está sendo vasculhada pela equipe antibomba. Nunca vi um lugar tão gigante como o Grande Palácio. Então, com o aval do presidente Belikov, o chefe de bombeiro que, desc
Encarei o Ministro e ele me olhava alarmado. Todos nos encaravam e eu não pude deixar de estremecer assustada e envergonhada. Ania segurou minha mão esquerda e a mão direita de Nanda e nos puxou em direção ao pai. Aproximamo-nos do Presidente e Ania o abraçou apertado, fazendo o Presidente Iuri sorrir alegremente. — Senhores, eu sei que Pavel explicará melhor, mas quero que todos conheçam a minha filha, Ania Hunter Belikov. — Ania fitou os repórteres com um meio sorriso e acenou para eles, quando não ouve nenhum estímulo dos repórteres, ela desfaz o sorriso envergonhado. Novamente uma comoção na sala surgiu e eu comecei a sentir raiva das atitudes desses repórteres idiotas. — Senhores? SENHORES? — O Presidente exclamou alto e eles ficaram em silêncio. — Ainda não acabei as apresentações. — Iuri avisou com seu tom áspero chamando a Nanda que se aproximou dele. — Essa linda mulher ao meu lado é a minha noiva Iolanda Noiva? Essa é nova. Sorriu em pensamento ao observar a cara de Nanda
Um mês depois. Foi as melhores semanas de toda a minha vida. O ministro prometeu e realmente foi inesquecível nossa lua de mel. Logo que chagamos a capital havaiana, ao aeroporto internacional de Honolulu, nos deparamos com um dos vários costumes que sempre eu via em filmes americanos. Fomos parados no aeroporto por mulheres vestidas com Pa'u, a saia utilizada por homens e mulheres para dançar hula hula, na parte de cima, elas usavam biquínis com flores coloridas que as deixavam encantadoras. Com sorrisos largos, as mulheres se aproximaram de nós e colocaram um colar de flores em mim, no ministro, Serguei e Aline dizendo: — Aloha, você está no Hawai! Fiquei boba olhando para elas, uma vontade de guardá-las em um potinho de tão lindas e perfeitas. Na verdade, tudo estava perfeito. Viajamos no avião particular do ministro, então à gente pôde ficar mais a vontade. Literalmente à vontade. O tempo que ficamos no hawai, o ministro usou muito calças e blusas de linhos, sandálias de