Amanhã o dia será melhor? Questionei-me ao presenciar a fúria do General Aliyev assistindo pelas câmeras o Ministro, o Presidente, Andrei e os outros acabarem com seus homens. Uma parte de mim gostou em assisti a essa derrota que ele teve agora pouco, mas eu sabia que era apenas mais uma luta e a outra parte de mim, temia o pior. Isso me deixa inquieta, assustada. Parece tudo surreal. Refletir fechando meus olhos cansados e sonolentos. Ontem eu estava em meu casamento, feliz da vida, rodeada de amigos e familiares, mas hoje posso nem saí viva daqui, não sei se terei minhas filhas, não sei se abraçarei meu ministro outra vez. Abrir meus olhos tentando reprimir os pensamentos negativos. Sorrir no exato momento que o General olhou para trás e a forma que ele me fitava, era certo que imaginava que eu estava gostando. Mas o meu sorriso era de nervosismo, medo e de pura incredulidade. Penso desfazendo o sorriso e encarando ele nos olhos. — Está rindo neguinha? — O General “transbordav
— Você ouviu, então não me faça repetir! Você mandou o meu filho para o pior lugar da zona de ocupação, onde aqueles malditos assassinos estavam. Por quê? Por quê? — Lágrimas saiam de seus olhos, mas estava claro que as lágrimas eram de ódio. — Mas… — Quando uma nova guerra civil quis se instalar na Rússia, Volkova, todos nós fomos avisados que não adiantaria defender aqueles que incitaram os conflitos. Mas você e seu maldito presidente, os grandes heróis, quis fazer a paz… É vocês são bons em colocar panos quentes, vocês sempre ajeitam tudo. — General, não é tão simples… — Ah, é simples, sim, Volkova. Eu até pensei: não, ele deve está querendo fazer bonito, estava no início como Ministro e já tinha salvado muitos, recebeu aquele apelido heroico… — Não é nada disso… — Então é o quê? Qual é a sua desculpa em mandar meu filho para a morte? — General, lamento pela morte do Bosh… — Lamenta Volkova? Não, quando alguém tem a audácia em lamentar por algo é porque não entende, apenas
— O que foi Andrei? — Indaguei me aproximando dele. — O tempo acelerou sozinho. — Como assim Andrei? Quanto tempo nós temos agora? — Tornei a perguntar. — Dez minutos. — Como isso aconteceu? — Perguntei a Andrei incrédulo. — Acho que o General tinha algum tipo de dispositivo que retardava o tempo da bomba. — Como é esse dispositivo? — Perguntei olhando tudo ao meu redor. — É pequeno, grande? Fala Andrei. — Dá para você se acalmar caramba? — Pediu impaciente, se levantando e caminhando em direção ao corpo de Mikhail. — Rapaz, você penetrou o corpo do cara todo, não consigo nem reconhecer a cara do infeliz. — Essa foi a intenção… Além disso, foi uma promessa. — É, promessas precisam ser cumpridas. — Andrei murmurou tocando no braço do General Aliyev. — Espero que tenha mandado ele se foder. — Mandei sim… O que está fazendo, Andrei? — Em resposta, ele levantou o braço direito do General. — Esse é o dispositivo, mas como você mesmo ver, não presta. — Por quê? Você não pode con
Eu me sentia cansada demais, minha cabeça doía, meu corpo pedia urgentemente minha cama, mas nada se comparava a fome que me consumia por dentro. O ministro pediu a mim um pouco mais de paciência, pois logo iríamos para nossa casa, mas agora, sinto que minha paciência não é das melhores. Ele poderia falar isso para as filhas dele que não paravam de se mexer em minha barriga. Poderia implorar a elas dizendo: Meninas deixe a mamãe respirar direito. Penso reprimindo o riso. Respirei fundo, voltando a olhar ao redor. A gente se encontrava na sala de comando novamente, a enorme mesa redonda foi retirada para que o espaço da sala ficasse maior. Onde colocaram a mesa eu não faço ideia. Matutei tornando a olhar ao redor. O Ministro achou melhor a coletiva de imprensa ser aqui, porque a outra ala do Grande Palácio ainda está sendo vasculhada pela equipe antibomba. Nunca vi um lugar tão gigante como o Grande Palácio. Então, com o aval do presidente Belikov, o chefe de bombeiro que, desc
Encarei o Ministro e ele me olhava alarmado. Todos nos encaravam e eu não pude deixar de estremecer assustada e envergonhada. Ania segurou minha mão esquerda e a mão direita de Nanda e nos puxou em direção ao pai. Aproximamo-nos do Presidente e Ania o abraçou apertado, fazendo o Presidente Iuri sorrir alegremente. — Senhores, eu sei que Pavel explicará melhor, mas quero que todos conheçam a minha filha, Ania Hunter Belikov. — Ania fitou os repórteres com um meio sorriso e acenou para eles, quando não ouve nenhum estímulo dos repórteres, ela desfaz o sorriso envergonhado. Novamente uma comoção na sala surgiu e eu comecei a sentir raiva das atitudes desses repórteres idiotas. — Senhores? SENHORES? — O Presidente exclamou alto e eles ficaram em silêncio. — Ainda não acabei as apresentações. — Iuri avisou com seu tom áspero chamando a Nanda que se aproximou dele. — Essa linda mulher ao meu lado é a minha noiva Iolanda Noiva? Essa é nova. Sorriu em pensamento ao observar a cara de Nanda
Um mês depois. Foi as melhores semanas de toda a minha vida. O ministro prometeu e realmente foi inesquecível nossa lua de mel. Logo que chagamos a capital havaiana, ao aeroporto internacional de Honolulu, nos deparamos com um dos vários costumes que sempre eu via em filmes americanos. Fomos parados no aeroporto por mulheres vestidas com Pa'u, a saia utilizada por homens e mulheres para dançar hula hula, na parte de cima, elas usavam biquínis com flores coloridas que as deixavam encantadoras. Com sorrisos largos, as mulheres se aproximaram de nós e colocaram um colar de flores em mim, no ministro, Serguei e Aline dizendo: — Aloha, você está no Hawai! Fiquei boba olhando para elas, uma vontade de guardá-las em um potinho de tão lindas e perfeitas. Na verdade, tudo estava perfeito. Viajamos no avião particular do ministro, então à gente pôde ficar mais a vontade. Literalmente à vontade. O tempo que ficamos no hawai, o ministro usou muito calças e blusas de linhos, sandálias de
Caminhamos a passos largos em um longo corredor, o diretor abriu uma porta que parecia ser um quarto com várias camas. Nenhuma das camas pareciam desocupadas.— Ele está na última cama, lado direito, senhora. — O diretor avisou. Afirmei entrando no quarto sendo seguida pelo ministro. Estaquei no lugar e olhei para o mesmo.— Preciso realizar isso sozinha. — O lembrei tocando em sua face com carinho.— Não, eu não deixarei você falar com esse homem sozinha.— Por favor, ministro, você prometeu. — Ele assentiu inconformado. — Ministro, prometo que se eu precisar eu te chamarei na hora.— Promete?— Dou a minha palavra. Depois de muito pensar, me fitando como se pensasse nos prós e contra, ele concordou.Voltei a caminhar em direção a última cama e Arregalei meus olhos em total espanto.O Joel estava bem magro, era possível ver seus ossos por baixo de sua pele preta, seu corpo amarelado estava coberto de feridas, ele estava com poucos fios de cabelos, ele nem parecia respirar. Aproximei-
3 meses depois — Ainda nem acredito que logo mais serei mãe, Lua. — Exclamei ao sentar na espreguiçadeira enfrente a piscina com a ajuda de Luanda. — Você está uma grávida muito linda, Elisa. — Ela disse com um largo sorriso. — Tenho certeza que as meninas serão tão lindas quanto a mãe. — Ela sempre diz isso e eu me encho de orgulho, pois sei que elas serão lindas. Luanda saiu do hospital a quase três meses e eu fiquei imensamente feliz de ela está bem sem nenhuma sequela. Faz exatamente dois meses que Lua está trabalhando aqui em casa como minha governanta, ela supervisiona os outros funcionários e às vezes faz a função de alguns deles, quando os mesmo não podem comparecer. Lua parece estar muito feliz e eu igualmente em tê-la por perto. Quando a visitei ainda no hospital, eu notei a desesperança em seu olhar, a decepção de está viva. Ela não sorria, não comia. Eu, Kátia e Nanda tentava alegrá-la, mas na maior parte do tempo ela chorava, quando conseguia dormir, acordava gritand