Caminhamos a passos largos em um longo corredor, o diretor abriu uma porta que parecia ser um quarto com várias camas. Nenhuma das camas pareciam desocupadas.— Ele está na última cama, lado direito, senhora. — O diretor avisou. Afirmei entrando no quarto sendo seguida pelo ministro. Estaquei no lugar e olhei para o mesmo.— Preciso realizar isso sozinha. — O lembrei tocando em sua face com carinho.— Não, eu não deixarei você falar com esse homem sozinha.— Por favor, ministro, você prometeu. — Ele assentiu inconformado. — Ministro, prometo que se eu precisar eu te chamarei na hora.— Promete?— Dou a minha palavra. Depois de muito pensar, me fitando como se pensasse nos prós e contra, ele concordou.Voltei a caminhar em direção a última cama e Arregalei meus olhos em total espanto.O Joel estava bem magro, era possível ver seus ossos por baixo de sua pele preta, seu corpo amarelado estava coberto de feridas, ele estava com poucos fios de cabelos, ele nem parecia respirar. Aproximei-
3 meses depois — Ainda nem acredito que logo mais serei mãe, Lua. — Exclamei ao sentar na espreguiçadeira enfrente a piscina com a ajuda de Luanda. — Você está uma grávida muito linda, Elisa. — Ela disse com um largo sorriso. — Tenho certeza que as meninas serão tão lindas quanto a mãe. — Ela sempre diz isso e eu me encho de orgulho, pois sei que elas serão lindas. Luanda saiu do hospital a quase três meses e eu fiquei imensamente feliz de ela está bem sem nenhuma sequela. Faz exatamente dois meses que Lua está trabalhando aqui em casa como minha governanta, ela supervisiona os outros funcionários e às vezes faz a função de alguns deles, quando os mesmo não podem comparecer. Lua parece estar muito feliz e eu igualmente em tê-la por perto. Quando a visitei ainda no hospital, eu notei a desesperança em seu olhar, a decepção de está viva. Ela não sorria, não comia. Eu, Kátia e Nanda tentava alegrá-la, mas na maior parte do tempo ela chorava, quando conseguia dormir, acordava gritand
Tudo começou quando logo pela manhã ela recebeu uma mensagem de voz no WhatsApp de Vladimir, dizendo:— Kátia, meu amor, hoje é o nosso primeiro dia de muitos que teremos com você sendo a minha esposa, então, eu não poderia iniciar o dia sem falar com a mulher da minha vida. Palavras são incapazes de expressar todo sentimento que tenho por você. — Ele riu. — Minha maluquinha, eu amo você de uma maneira incrível… Na verdade, você é incrível! Você é tudo para mim e se eu não disse isso ainda, fique sabendo agora… Bem, eu quero te contar uma coisa. — Ele pigarreou parecendo nervoso, fazendo Kátia me fitar desconfiada e eu rir ao observar a sua fisionomia desconfiada. — Sabe naquele dia que você teve a ousadia de ir até minha casa? Eu mentir, nunca namorei nenhuma mulher antes de você, já fiquei com muitas, mas nunca assumi nenhuma. Primeiro nunca existiu um interesse mútuo e dois, minha família sempre foi um empecilho. Eu mentir porque eu queria te proteger de minha família e aqui esta
— Tenho uma dúvida. — A ouço dizer parando em frente ao berço das meninas.— Pode falar. — Pedi sentando na grande e confortável poltrona cinza ao lado do berço.— Por que não rosa?— Não entendi… Hum… Você pergunta, por que não fiz o quarto todo rosa? — Ela assentiu. — Eu queria algo diferente, fugindo das cores padrões, como o rosa e o azul. Com a ajuda de meus amigos, escolhi diferenciar. Pintei a parede principal de cinza-claro porque é uma das cores preferidas do ministro, assim como o preto, a cor bege nas outras paredes deu um contraste lindo com o cinza. — Expliquei sorrindo para a mesma. — Os berços na cor verde-esmeralda foi ideia de minha amiga Kátia, é uma das cores preferidas dela, o formato redondo ao invés do quadrado foi minha… — Deixei minhas palavras suspensas admirando os berços juntos.— Realmente, ficaram lindos e fofos. Meio vintage com um toque moderno.— Foi exatamente isso que eu falei. — Admitir não escondendo o meu espanto. Ela rir.— E esse tapete felpudo m
— Eu também acredito nisso, Ksênia. — Afirmei. — Nada nos impõe a viver sofrendo violências, maus tratos de pessoas que deveriam nos amar e nos proteger ou de ninguém. Nem os nossos pais, namorados, maridos, ou filhos, nenhum deles tem o direito de nos ameaçar ou agredir.— A maioria se cala por medo.— Sei disso, fui parte dessa maioria… — Balancei a cabeça em negativo. — Se todas soubessem que o silêncio é uma arma contra nós. Romper com esse silêncio e o próprio medo são o primeiro passo para se libertar da humilhação e do sofrimento.— Mas não com qualquer pessoa, concorda?— Com toda certeza. — Olho para a câmera. — Encontre alguém que você confie e peça ajuda, mas precisa ser alguém de sua extrema confiança.— Ótimo conselho, Elisa. Muitas de nós têm sofrido esse tipo de violência e ouvir algo assim pode ajudá-las, sobre tudo, aqui na Rússia, um país machista cheio de pais e maridos violentos.— Somos mais fortes quando torcemos umas pelas outras. — Declarei com e ela concordou
— Com toda certeza. — Acredito. — Começo a dizer contendo o riso. — Andrei costuma dizer que, em uma escala normal, ele diria que sete, talvez oito, mas conhecendo o ministro, é certo que o número onze chega mais perto! — O ministro gargalhou com gosto. — Vocês me conhecem muito bem, minha deusa. — Ele disse divertido, beijando a minha face esquerda. — Os dois são muito lindos juntos. — Ouço a Ksênia dizer e olho em sua direção. — Eu me vejo velhinha ao lado do ministro, nossas filhas realizando os sonhos delas e o meu amor por esse homem. — Toco na mão direita do ministro e sorriu. — Só faça crescer mais e mais. — Meu amor por você não envelhecerá nunca, Elisa. — O ministro afirmou acariciando minha face com sua mão livre. — Sabe o que gosto além de um Chardonnay? — Ksênia perguntou com um sorriso travesso nos lábios. — Não! — Respondo surpresa pela pergunta com o tom divertido. — Amor e sexo. — Fala com a maior naturalidade. Eu já disse que amo essa mulher? Vergonha não é p
— Pelo amor de Deus, dá para você sentar cara? Ficarei louco com você andando para lá e para cá. — Andrei pediu impaciente. — É melhor você me deixar quieto, Andrei, eu estou nervoso, então não me irrite ainda mais. — Vociferei frustrado. Já fazem exatamente meia hora que cheguei com Elisa ao hospital. Não me deixaram entrar com ela… Quero dizer: Aquela enfermeira insuportável não me deixou entrar. Só não fiz uma cena devido à Elisa, apenas por ela! Então, fiquei aguardando na sala de espera, tentando conter meu mau-humor, até chegar alguma notícia. Notícia essa que ainda não chegou. Aos poucos, nossos amigos foram chegando. Serguei já estava ao meu lado me fitando a todo instante preocupado. Ele chegou a uns dez minutos, com os avós de Elisa e os pais de Kátia que estavam hospedados na casa dos pais de Vladimir, Vlad e Anna. Ania e Iolanda chegaram a pouco e se juntaram aos outros que se acomodaram nos sofás e poltronas espalhados pela sala de espera. Kátia está chegando de s
— Essa enfermeira não quer me deixar entrar… Quero ver quem vai me impedi de entrar nesse quarto. Saia da minha frente. — Katia bradou apontando o dedo para a enfermeira Pavlova. — Só pode uma pessoa por vez, senhora. São as regras. — Deixe-a entrar. — Falei com firmeza. — Mas senhor… — Eu disse: deixe-a entrar. Eu não repetirei outra vez. — Você não precisa falar assim com ela, ministro. — Ouço Elisa dizer atrás de mim e me abraçar por trás. Respiro fundo, buscando paciência de onde eu não sei, toco nos braços de Elisa e torno a olhar para enfermeira que estava com os olhos cheio de lágrimas. — Por favor. Pedir com calma. — Apenas ela entrará. Prometo. — Ela afirmou e deixou Katia Passar com um sorriso vitorioso. Elisa se afastou de mim e eu me afastei da porta dando passagem para Kátia passar. A mesma entrou indo direto para Elisa e eu a parei no caminho. — Vista a roupa. — Ordenei sério. Revirando os olhos, ela faz o que mando. — DEUSA! — Kátia exclamou alto, quase me deixa