Capítulo 91

— Eu também acredito nisso, Ksênia. — Afirmei. — Nada nos impõe a viver sofrendo violências, maus tratos de pessoas que deveriam nos amar e nos proteger ou de ninguém. Nem os nossos pais, namorados, maridos, ou filhos, nenhum deles tem o direito de nos ameaçar ou agredir.

— A maioria se cala por medo.

— Sei disso, fui parte dessa maioria… — Balancei a cabeça em negativo. — Se todas soubessem que o silêncio é uma arma contra nós. Romper com esse silêncio e o próprio medo são o primeiro passo para se libertar da humilhação e do sofrimento.

— Mas não com qualquer pessoa, concorda?

— Com toda certeza. — Olho para a câmera. — Encontre alguém que você confie e peça ajuda, mas precisa ser alguém de sua extrema confiança.

— Ótimo conselho, Elisa. Muitas de nós têm sofrido esse tipo de violência e ouvir algo assim pode ajudá-las, sobre tudo, aqui na Rússia, um país machista cheio de pais e maridos violentos.

— Somos mais fortes quando torcemos umas pelas outras. — Declarei com e ela concordou
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