— Onde está o Yegor. — Ele pediu para avisar que estará no centro de operações, senhor Presidente. — Por que se eu o mandei vim para cá? — Os bombeiros acharam uma bomba que não detonou, ligamos para central e Medvedv pediu para levar, pois o mesmo quer dar uma olhada com o especialista que desarma bomba. — OK! Você descobriu o que pedir? — Sim, Senhor! Até agora foram encontrados duzentos e noventa mortos, trinta ainda está sem identificação. — Rodion entregou uma lista a Iuri, que prontamente retirou de suas mãos. — O que sabe sobre a explosão? — Se iniciou no Centro Histórico. Encontramos uma bomba na praça e na Catedral também. A bomba que não explodiu estava na Catedral, talvez por isso ela não caiu por completo, os bombeiros acreditam que foi o impacto da bomba que explodiu na praça e no Centro Histórico que destruiu a Catedral. — DESGRAÇADOS! — Vociferei não escondendo a raiva. — Volkova, também odeio ficar as sem saber todas as informações. — Algo passa em minha mente
— Aline, diga-me que eles não estão mais nos seguindo, por favor… — Pedi não disfarçando a súplica em minha voz. A comida já tinha acabado a um tempo e as meninas ficaram mais calma e pararam de dançar Ballet em minha barriga. — É para dizer, ou para não dizer? — Ela brincou e eu suspirei, deixando claro a minha frustração. — Calma, já os despistei alguns minutos atrás. — Ela rir e eu volto a suspirar, mas dessa vez de alívio. — Logo chegaremos ao Grande Palácio. — Obrigada, Aline! — Declaro, em seguida, Ania e Nanda fazem o mesmo. Mesmo sabendo que no momento estávamos seguras, nenhuma das meninas pareciam acreditar, nem mesmo Aline, que sorria para nós, no entanto, a preocupação não saia de seus olhos. Eu também me sentia amedrontada, mas sei que não posso surtar, não em um momento como esse. — Tudo bem, Nanda? — Perguntei, ao vê-la limpar ligeiramente os olhos. Ela balançou a cabeça em positivo, mas estava claro que não. — Que pergunta idiota essa a minha! — Exclamei rindo sem
— O mundo é do jeito que é porque é o mundo que nós, de certa forma, pedimos. — Eu não pedi um mundo assim, não. — Ania exclamou horrorizada. — Isso vem desde Adão e Eva, Ania, quando eles comeram o fruto proibido. — Não sei quem são eles, não… Eles são culpados por tanto mau no mundo? — Na verdade, as ações deles, nos deram o livre arbítrio, infelizmente, nem sempre a gente, digo os seres humanos, fazemos boas escolhas. — Ainda não entendi Aline. — Depois te conto sobre eles, pequena. — Nanda diz ao ver a confusão na fisionomia de Ania. — Certo, Nanda, me conte mesmo, quero entender. — Eu não pedi para meu pai me machucar, Aline. — Falei depois de um tempo pensativa. Não consigo reprimir a dor em minha voz. Mesmo o perdoando, ainda doe… Como doe! — Claro que não! — Ela afirmou. — Ninguém pedi ao próprio pai para machucá-la, Elisa, pelo menos, não alguém em sã consciência. Às vezes experimentamos as consequências dolorosas das escolhas de outros ou nossas próprias escolhas. “
Desculpas é que nem remédios placebos, podemos até engoli, mas não resolve nada. Não resolve merda nenhuma! Faz exatamente dez minutos que nenhum de nós falávamos alguma coisa, estava cada um olhando para cara do outro, esperando uma solução cair em nosso “colo”. Confesso que nem eu conseguia pensar em algo com clareza. A agente Dias não deu mais notícias, talvez por isso a minha mente não esteja funcionando bem. Talvez não, é por esse motivo mesmo! — E se chamássemos o exército para nos proteger? — Rodion perguntou olhando diretamente para o telão, onde Sergei Rudskoy, capitão das Forças Armadas, com a mão no queixo, nos observava pensativo. — Já mobilizei a todos. — Rodskoy avisou. — Mas infelizmente, só poderemos partir em três horas. — É muito tempo. — Falei recostado em meu assento. — Se for de acontecer algo, teríamos que nos virar sozinhos… Talvez chamar a polícia local. — É, ótima ideia, Volkova. — Fedorov ironizou. Eu não o crítico, ideias não estão sendo o meu forte
— A esposa dele está com Alzheimer. — Iuri sussurrou para mim. Deve ser horrível essa situação. Penso o vendo ainda perdido em seus pensamentos. Eu nem consigo imaginar acontecendo algo assim comigo e Elisa. Balanço a cabeça em negativo, esforçando-me para tirar esses pensamentos de minha cabeça. — NIKOLAI? — Belikov gritou seu chefe de segurança. — Senhor? — Alguma notícia do Mikhail? Já prenderam o Igor? — Não senhor! — CHERTOV! — Iuri exclamou em frustração. — PAPAI? — Surpresos, encaramos a porta da sala de comando. Lá estava Ania seguida da senhorita Peterson. — Ania, meu amor, você está bem? — Iuri a questionou se levantando de seu assento e caminhando a passos largos em direção a sua filha, que chorava com um largo sorriso nos lábios ao rever seu pai. Belikov a abraçou forte e a mesma balançou a cabeça afirmando. Assim que eles desfizeram o abraço, Ania limpou suas lágrimas. — Porque estamos aqui, papai? — Confusa, ela nos fitou um por um. — Essa será a casa de voc
— Sim, voltando. — Andrei tornou a dizer. — Depois de muito pensar para resolver esse assunto… — Ele parou de falar e nos fitou com a face franzida. — O cavalo de Tróia gente. — Ele estralou o dedo. — Acompanhem o raciocínio pessoal. — Diz insatisfeito. — Primeiro, eu nem sei o que é cavalo de Tróia. — Popov avisou ranzinza. Respirando fundo, Andrei respondeu. — Os senhores conhecem a antiga história grega do grande cavalo de madeira que levou à queda da cidade de Tróia? — Claro que sabemos sobre essa história, Medvedev. — Fedorov retrucou ultrajado. — Sou Frans Fedorov, o diretor de política, eu seria um tolo se não soubesse. — Tá, tá. — Andrei replicou contendo a irritação. — Em computação, um cavalo de Troia é qualquer malware que engana os usuários sobre sua verdadeira intenção. — Mas não adiantou! — Iuri afirmou o óbvio e Andrei concordou. — Foi então que tive a brilhante ideia em usar o Sil’nyy… — Sil'nyy? — O Sil'nyy, Sokolov, é o meu Sistema Operacional. — Andrei par
Em algum momento de nossas vidas, todos querem ser corajosos em nossas mentes e comigo não foi diferente. Por diversas vezes, eu já me imaginei ou passei situações difíceis, e conseguir sair facilmente… Ok, não foi facilmente. Falando assim, parece até um conto de fadas, como se eu quisesse amenizar a situação, mas sei que não foi bem assim. Foi horrível, difícil e eu sentir medo a todo o tempo. Uma vez, quando fiquei atendendo no bar do restaurante de Igor, precisei recusar um convite para sair de um cliente que frequentava fazia um tempo o restaurante. Achei que tinha resolvido, pois o cliente havia ido embora antes do bar fechar, mas quando eu estava a caminho do metrô, notei que o cliente me aguardava na rua e passou a me seguir insistentemente. Lembro que meu coração acelerou e meu corpo todo começou a suar frio. O percurso do metrô ao meu trabalho, ou do trabalho ao metrô é de meia hora, mas naquele dia eu consegui fazer em dez minutos, pois conseguir correr até o metrô em
Eu estava no chão frio, assim com Nanda e Ania. Com dificuldade, me recostei a parede e olhei tudo ao redor. A sala parecia ser maior que a minha pequena casa, estava repleta de equipamentos eletrônicos, como computadores, acho que um sonar e outras que eu nunca vi em minha vida. Havia também outras pessoas na sala, principalmente funcionários de limpeza e alguns homens de terno, talvez outros tipos de funcionários, pois as gravatas eram de várias cores e os ternos alternavam entre pretos e cinzas. Todos eles estavam sentados no chão com suas mãos algemadas a sua frente, exceto eu e as meninas que não estavam algemadas. Próximo à porta de saída, dois homens usando o uniforme do serviço secreto fazia guarda, olhando para todos os lados, atentos aos nossos movimentos. Foquei meus olhos onde um homem com cabelos pretos com tons grisalhos, alto e magro, usando uniforme militar me fitava enojado. Ele não era um homem bonito, mas aparentemente era atraente. O tipo de homem que alguém olhar