Quando virei o corredor uma sensação estranha se apoderou de mim, meu corpo foi automaticamente atraído para o quarto do jovem, como se eu tivesse que estar lá o mais rápido possível, antes eu estava caminhando, quando olhei para minhas pernas fiquei chocado ao perceber que eu estava correndo, quando cheguei em frente a porta eu a empurrei e quando entrei não foi duas figuras encapuzadas com seus rostos ocultos que eu encontrei, olhei para a cama vazia do jovem Nikolas, em sua cama algumas gotas de seu sangue derramadas, presumi que ele havia sido nocauteado muito rápido para que não fizesse qualquer barulho.E havia aqueles dois cheiros diferentes, um deles era de um homem, vampiro estranhamente seu cheiro era muito semelhante ao do príncipe, como se ele de alguma forma tivesse camuflado seu verdadeiro cheiro, se encoberto com o cheiro do jovem Nikolas e dessa maneira deixado seu verdadeiro cheiro oculto.O outro cheiro era ainda mais intrigante, quando deixei que o outro cheiro me en
Foi como se o sol estivesse nascendo bem diante dos meus olhos no meio daquela floresta escura, como se eu estivesse abrindo os olhos pela primeira vez, sentindo cheiros pela primeira vez, e tudo aquilo se resumia a ela.Era muito mais bonita do que eu se quer pude imaginar, uma beleza diferente e rara que me arrebatou por completo, sua pele era avermelhada, puxando para uma acobreada, e seus olhos tinham pequenos traços de que foram azuis, mas como acontecia com todos os vampiros ele exibiam um tom avermelhado neles, seus cabelos eram negros e longos, caindo perfeitamente até sua cintura, ela olhou diretamente para mim, seus olhos fixos em mim parecendo surpresos e extasiados, e para minha grande surpresa ela pronunciou meu nome.- Ravi! - pronunciou ela, e meu nome em seus lábios foi uma das melhores sensações, soou muito bonito em sua voz delicada, e que voz linda ela possuía, era como um canto de um rouxinol, era dona de um rosto espetacular, uma joia rara, e quando disse meu nome,
Já haviam se passado quase cinco dias que trouxemos Ravi para a casa de Desdemona, ficava muito distante do porto de Pireu, Desdemona reconheceu em mim algum espécie de encarnação de uma divindade, achei por bem não discordar dela, graças a esse pensamento ela estava nos ajudando a drenar o veneno do corpo de Ravi, sua magia era extremamente poderosa.- Vocês podem seguir para seu compromisso em Creta, vou cuidar do amigo de vocês eu prometo. - Desdemona em um determinado momento sugeriu, mas essa possibilidade não existia para mim, e pela reação de Nikolas nem para ele.- Não nenhuma maneira de me fazer deixa-lo aqui sozinho com você. - respondeu a desconfiança nítida em cada palavra que ele dizia para ela.Ele não confiava nela, e eu não o culpava por isso, afinal a muito pouco tempo ela havia tentado nos matar, e Ravi estava sobre uma cama inconsciente por causa dela.Sua desconfiança era justificada, porém sua impulsividade havia nos custado caro também.- O compromisso pode esper
Eu corri na direção de Ravi que deitado na cama tentava de modo desajeitado se levantar, eu me joguei em cima o abraçando fortemente.Eu senti uma enorme gratidão por finalmente depois de todos esses dias ele estar despertando, uma parte de mim nunca deixou de acreditar que ele acordaria. A sensação de tê-lo despertando após todos esses dias foi tão reconfortante que uma onda de gratidão me inundou por completo. Uma parte de mim nunca deixou de acreditar que ele acordaria, e agora, ali, nos meus braços, parecia que um milagre tinha acontecido. — Nina, calma você está me esmagando. — reclamou Ravi e só então me dei conta de que eu ainda estava praticamente deitada sobre ele, o abraçando. Me levantei rapidamente para olhar para ele, observando sua pele pálida e seus olhos castanhos avermelhados, que revelavam o rastro de sofrimento que tinha enfrentado. A preocupação tomou conta de mim, sabendo que ele devia estar com fome depois de tantos dias inconsciente. — Eu vou arranjar algu
Quando entrei no casebre, imediatamente senti cheiro de sangue. Eu olhei ao redor da bagunça que era aquele lugar, com potes e penico espalhados, em busca da origem do cheiro. Ao ver eu fazer isso, a feiticeira que possuía cabelos escuros e seu rosto estava parcialmente escondido pelo capuz. —Meu marido acabou de morrer. Ainda não preparei o corpo. Havia um pesar muito grande em sua expressão e sua voz era baixa e rouca, talvez por isso eu não tenha notado nada de estranho. Afinal, era apenas uma viúva que acabara de perder o marido. Eu fui guiada até um túnel subterrâneo, eu segui a mulher pelo caminho estreito até chegar em uma área cavernosa e maior. No centro havia um corpo imóvel. O corpo de um homem com uma adaga no peito. Eu olhei para trás e vi as lágrimas descendo pelo rosto da mulher e toda a sua dor. — Você o matou? — perguntei incrédula. Ela caiu de joelhos, e chorou alto demais, enquanto dizia: — Sou a última feiticeira de sete que sabe fazer esse fe
A noite estava escura e densa, eu corria pela viela sem saber o que seria de mim, o vento soprava gelado em meu rosto, mas não era por causa dele que eu tremia repetidamente.Os tremores eram causados pelo medo que sentia não o frio.Meu coração batia em um ritmo louco, desesperado, minha respiração ofegante se fazia alta no silêncio da noite.O som dos meus passos correndo era o único som daquele lugar.Logo os cachorros e seus donos viriam até mim, o fino vestido vermelho que eu usava agora estava todo amassado e sujo de suor, mas eu só precisava correr mais um pouco até chegar na floresta.Lá eu conseguiria sobreviver, mas seria muito difícil diante do clima frio, das condições que eu me encontrava sem provisões a não ser um pedaço de pão que eu segurava enrolado em um pano.Olhei para o céu e vi suas estrelas, a lua imponente e luminosa me fez querer chorar, em algum lugar meus pais poderiam estar vendo aquele mesmo céu que eu agora, só
Acordei com o barulho dos passaros sobrevoando onde eu estava, por um momento esqueci que tinha fugido e imaginei que Sandra apareceria exigindo uma limpeza nos quartos e na boate, mas é claro isso não aconteceu.Estava de volta a natureza da qual eu passei a maior parte da infância.O cheiro da mata ao redor me trouxe uma felicidade que há muito não sentia e agora o céu estava limpo sem nenhum vestígio de chuva vindo.Me levantei caminhando com o único objetivo de encontrar um riacho, beber água e um banho seria uma benção agora, eu sabia que tinha um riacho na direção ao norte daqui graças a Pedro um dos meninos que trabalhava na boate.Ele já havia entrado na floresta para caçar apesar das lendas amendrontarem a todos para Pedro ver suas irmãs com fome pareceu mais assustador, esperava que ninguém soubesse que ele havia me dado algumas referências de como sobreviver aqui, embora ninguém soubesse que ele já havia entrad
Havia andado o dia todo sem encontrar o riacho, minha boca estava seca e meu corpo desejando um gole que fosse de água, até do vinho da boate eu sentia falta agora, mas só do vinho.Agora a noite se aproximava e a idéia de fazer uma fogueira me parecia tão insensata, se aquele homem havia entrado aqui sem medo então deveria ter outros e eu precisava ser o mais discreta possivel, afinal pensando agora para onde eu iria?Se fosse na delegacia eles arrumariam um jeito de me pegar de volta ou me matar, e minha casa?Estariam me esperando agora lá sem dúvida.Será que meus pais ainda viviam perto da tribo Kai? Ou minha finalmente convenceu meu pai a se mudar para a cidade? Será que eles acham que morri? De certa forma eu morri.Estava sentada pensando nessas coisas quando notei uma figura saindo das sombras, uma muito alta.Me levantei do chão de sobressalto segurando uma pedra pronta para jogar quando um rosto familiar foi iluminado pela lua.
Último capítulo