Capítulo 32

Encarei o teto do que era agora o meu quarto.

Não era o mesmo quarto da última vez em que estive aqui sequestrada, era um quarto diferente e as paredes não eram tão claras o que combinava bastante com meu estado de espírito nos últimos dias.

Eu havia parado de contar os dias depois das primeiras semanas, era sempre tudo a mesma coisa.

Eu não sentia vontade de sair e ninguém me obrigava a fazer isso, mas sem qualquer outra distração me restava tempo demais para que as lembranças daquela noite me invadissem e sempre no final do dia eu acabava no chão do quarto chorando.

Eu estava completamente dominada pela dor que me perfurava, me destruía a cada dia, a cada hora e não tinha nada que eu pudesse fazer sobre isso.

Duas vezes por dia a porta se abria e uma serva entrava carregando uma jarra do que poderia muito bem ser vinho mas não era.

Deixava na mesa perto da janela com algumas taças e se retirava em silêncio.

Eu sei que o que eu estava fazendo era cova
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