A sede me golpeou violentamente agora que ouvi suas palavras, porque fui completamente dominada pela verdade delas, eu estava com sede.
Podia farejar o cheiro do sangue fresco vindo daquele quarto, cambaleei para trás horrorizada comigo mesma, porque naquele momento pensamentos completamente assassinos envolvendo aquela garota giravam na minha mente.
Senti minha garganta queimar e meu estômago se contrair, que sede!— Você precisa se alimentar regularmente Nina. — anunciou ele e caminhou alguns passos em minha direção.
Eu estava agora curvada no chão tentando não pensar no quanto eu queria entrar naquele quarto e beber todo o sangue dela, fechei os olhos e enterrei meu rosto nos meus joelhos, eu sentia minhas presas rasgando minha gengiva conforme aumentavam, se lançando para fora.Gemi quando senti a dor da sede me golpeando.
— Olhe pra mim. — a voz do príncipe estava calma.
Mas não abri os olhos de imediato, eu temia que se encarasse
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A rua estava lotada com diversas pessoas dançando e louvando para uma deusa grega, olhei para seus rostos sorridentes e pensei que aquela tradição para eles era importante, mesmo que eu não acreditasse em deuses eles acreditavam.Era estranho estar perto dos humanos agora, porque por mais que eu não fosse mais uma deles, eu ainda me sentia humana.Tirando a sede absurda que eu sentia.Encarei os objetos com a forma da deusa sendo vendidos nas barracas, dos amuletos com o nome de Atena, eles acreditavam naquilo. Mas afinal porque não acreditariam? em sua época a existência de seres sobrenaturais como vampiros estava mais do que comprovada, não só comprovada como eles eram governados por eles.A realeza eram composta por vampiros.Me lembrei da história que ouvi de como surgiram os vampiros tudo começou com uma maldição de uma mulher desprezada.O amor se torno
No instante em que o príncipe cortou a cabeça da mulher uma névoa negra saiu de seu corpo sem cabeça e tomou uma forma humanoide, eu cai de joelhos vendo a cena. As pessoas ao redor que antes brigavam tão furiosas umas com as outras agora caíam no chão parecendo fracas e desnorteadas. O príncipe segurava sua espada e seus olhos agora estavam com um intenso vermelho, suas presas eram evidentes, a coisa avançou contra ele com uma bocarra aberta com dentes afiados e fazia um som completamente agourento do qual eu jamais me esqueci, Nickolas a transpassou com a espada e seu corpo se desfez. Ele me encarou e deu algumas ordens aos guardas que começaram a ajudar as pessoas e correu até mim.Eu ainda me sentia fraca e sem equilíbrio. — O que era aquilo? — balbuciei quando ele se ajoelhou na minha frente. — Um Thymós. — respondeu ele e eu o encarei sem saber o que era um Thymós. — Um daemon do mal, Nina onde ele passa possui alguém e ca
Encarei os olhos avermelhados do vampiro a minha frente, sua voz na minha mente era nítida e muito familiar.Tudo ao redor começou a ser destruído pela tempestade que só aumentava, eu via as pessoas sendo atingidas e feridas, mas não sabia como parar tudo aquilo, Ravi ainda mantinha o dedo em minha fronte com a outra mão se segurava em mim, eu podia sentir machado encostado em minhas costas, sua mão firme em volta dele.— Ir com você? PARA ONDE?- gritei.— Para o verdadeiro rei de Athenas, para Alexandre! — respondeu ele e só o som do nome me causou ânsia e ódio ao lembrar o que esse rei fez com o pequeno Heitor e sua mãe, como os machucou e eu mesmo após ter jurado protege-los não pude salva-los.— Você está com um rei que mata crianças! — esbravejei para ele e agora ele fechou as duas mãos ao meu redor me impossibilitando de mover as mãos.— Você não conhece o príncipe regicida, ele manipula você.Ravi falava com total convicção e me pergu
— Vingança? — repeti olhando para ele.O príncipe vampiro me encarou, seu olhar azul profundo era intenso e parecia ver muito além.Aqui estava eu em outra época, uma vampira diante de outro vampiro que me prometia algo impossível de me dar.Vingança.— O que te faz pensar que eu quero vingança? — perguntei.— Você teve uma vida muito difícil, eu vi. — respondeu ele.Sim, ele viu graças a seu dom inconveniente de ver lembranças ruins.Ele parecia de alguma atraído pela escuridão, tudo que eu mais me envergonhava, que me enojava ele podia ver.Ninguém deveria poder ver.— E quem não teve?Ele se aproximou e seu rosto ficou a poucos centímetros do meu, antes que eu pudesse recuar suas mãos seguraram em meus ombros, se fecharam me puxando mais para ele.Tentei resistir, mas ele era mais forte.— Fique parada. — exclamou ele.Ele forçou sua fronte contra a minha de um jeito que minha única visão era ele, sua bo
Ele me encarou ao ouvir minha pergunta, eu mesma me surpreendi ao fazer uma pergunta tão direta como aquela, sobre os motivos de ter matado o pai. — O que leva você a acreditar que eu o matei? — perguntou. — É o que todos dizem. — respondi e me ocorreu jogar por inteiro todas as perguntas que eu havia guardando para mim há muito tempo, olhei no profundo azul daqueles olhos e resolvi perguntar. — Porque você quer reuni todos os vampiros com uma chama, tudo isso é por poder? — Você quer saber minhas motivações, é justo mas agora temos assuntos mais urgentes. — ele estendeu a mão para mim, eu encarei ele sem saber o que deveria fazer. O vampiro deixou sua mão cair depois de um tempo, ele levou a mão ao bolso e retirou um saco de couro preto e estendeu para mim, quando eu não me mexi ele jogou o pequeno saco em mim.Ele fez um barulho inconfundível de moedas. — Pegue, espere o meu sinal e você vai poder fugir. Olhei para ele confu
Não havia nenhum som exceto o de nossos pés sobre os degraus de pedra, a escuridão estava amenizada pela luz da chama que vinha da tocha do homem que me guiava, Angelos descia os degraus cauteloso e atento.Eu podia ouvir seu coração, batia fora de ritmo acelerando a cada passo que dávamos em direção a escuridão, a luz da tocha tremeluzia e deduzi que era sua mãe que estremecia de vez em quando, avaliei o modo como caminhava, ele claramente estava fraco, com aquele ferimento havia perdido muito sangue, estava me guiando pela escuridão debilitado.Eu pousei a mão em seu ombro, sobressaltado ele se virou para encarar meu rosto na luz decrépita, o suor em sua testa era um grande indicativo de que seu corpo estava exausto.Mas eu sabia que ele não iria reclamar, ou fraquejar.Gentilmente puxei sua mão que segurava a tocha, ele me entregou sem oferecer resi
Alexandre estava marchando de volta para Atenas, meus pensamentos foram imediatamente para Ravi que é claro viria com ele.Eles tomariam a cidade então, sem muitas esperanças de conseguir deter o avanço do exército do irmão Nickolas estava fugindo, deixando todos os seus seguidores para trás, olhei para ele enojada.— Você está abandonando eles, para lutarem uma batalha perdida, enquanto você foge.— Enquanto eu fujo com o prêmio que ele está vindo buscar. — respondeu ele.Eu o encarei chocada com sua traição, porque eu era o prêmio, não sabia o motivo do rei Alexandre me temer ao ponto de matar inocentes para me intimidar para não me colocar contra ele, mas olhando para ele percebi que ele sabia muito mais do que revelou.— Porque realmente Alexandre tem medo de mim? E porque você me quer ao seu lado?Ele estava deixando para trás todos os seus seguidores, sua guarda de vampiros, seu amigo Angelos...Mas estava fugindo comigo, eu precisa
Encarei o príncipe vampiro parado no centro da cabana, seu rosto branco com seus olhos azuis profundos, sua expressão determinada.O cabelo negro caindo revolto ao redor do rosto cimetrico, o seu olhar era firme ao pronunciar.— Não deixarei que eu seja feito de refém por eles de novo. — seu olhar se desviou para o corpo do garoto nocauteado, em sua testa uma mancha arroxeada, os indícios da agressão que sofreu de si mesmo.Suas palavras estavam carregadas de ódio, seu olhar azul ardia, sua voz estava diferente também.Seu corpo estava completamente rígido, voltou seu olhar para mim, e eu comecei finalmente a entender seu real interesse em mim.Todo aquele tempo ele estava planejando estar nessa cabana, impedir esse dia de transcorrer como estava previsto, foi como se eu tivesse sido golpeada com toda a força no estômago, eu não precisava de oxigênio, m