Era tudo uma loucura, eu realmente estava morta.
Agora era uma vampira sugadora de sangue alheio.Tantos anos em cativeiro para morrer sendo arremessada contra uma árvore.A garota que eu tentei salvar? Morta também, mas não morta como eu que Ravi me transformou em vampira, ela estava morta mesmo sem nenhum sangue em suas veias.Ravi a enterrou na floresta.O homem que eu vi ter a cabeça arrancada era um vampiro.- Porque não tenho nenhuma marca de mordida? Foi você que me mordeu certo?- perguntei enquanto voltávamos para meu quarto.
Ele me olhou.
- Para alguém que não via muita TV você tem uma visão muito hollywoodiana dos vampiros.- respondeu ele e só consegui me deter em ele saber que eu não assistia muita tv, como sabia?
- Como sabe que eu não tinha acesso a TV?- questionei quando paramos em frente a porta do quarto.
- Eu vejo lembranças e desejos quando toco em
Eu sabia que ela escondia algo difícil, aqui parado na porta eu conseguia ouvi-la chorar baixo, de forma que não quisesse ser descoberta e sua expressão assustada ao entender que eu teria acesso a quaisquer memórias esquecidas, perdidas definitivamente ela tinha um segredo que planejava a todo custo proteger.Mas todos tínhamos no final das contas, a deixaria em paz com o seu.Me afastei da porta e andei pelo longo corredor, ao descer as escadas pensei na reunião que iria hoje, o que seria decidido dessa reunião? - Irmão!- Odara surgiu a minha frente.- Estou com pressa Odara.- me apressei a dizer, não queria ouvir suas mesmas reclamações que me eram muito cansativas, depois de tantos anos vivendo em sua condição já deveria ter se conformado.- O que acha da indiazinha? Bonita não é? Foi uma boa idéia nos estabelecermos aqui.- perguntou maliciosamente enquanto me seguia desc
Olívia e Ravi saíram da sala carregando o garoto ferido, agora estavamos só eu e Odara que não sorria.Estava sentado apreensivo, sua expressão era de terror.Mas o seu terror com certeza não se igualava ao meu, os homens lá fora carregavam uma marca muito conhecida para mim.Uma tatuagem da fênix, assim como o fênix que matou Sara.Seria só uma coincidência? Ou talvez ele fosse um vampiro.- Odara, quem são esses lá fora que querem nos matar?- perguntei me aproximando dele.- Fazem parte do clã negro liderados pelo príncipe exilado, se denominam filhos da fênix, que iriam ressurgir sempre das cinzas, devem ter usado uma magia negra para estarem aqui, não é possivel esse tipo de viagem.- respondeu.Por isso a marca da fênix na mão, pensei.- O que eles querem??- perguntei.- Todos os vampiros que controlam a chama.
Era exatamente o que parecia ser.Uma viagem no tempo.Olívia seguiu com Ravi para inspecionar a área para se certificar de que estavamos sozinhos no vale, eu e Odaro permanecemos no mesmo lugar esperando os dois, parece que haviam ido buscar alguém também.- Como viemos parar aqui?- perguntei.- Lembra-se da chama que falei?-assenti.- Eu tenho a chama do tempo.Encarei-o.- A chave que você usou para formar aquele redemoinho, ela nos trouxe pra cá? - Sendo manipulada por mim, mas só viajo para lugares onde tenho uma âncora emocional, ou que eu tenha alguma possibilidade de ter...- seu olhar recaiu sobre mim.- acho que descobri o motivo de ter conseguido viajar para o seu tempo.- Eu era sua âncora do futuro? - perguntei.Odara assentiu.Mas uma coisa
O dia amanheceu e Odaro se alimentou com o sangue trazido por Radesh, pelo o que entendi uma longa caminhada nos esperava até a cidade portuária de Pompéia.Descemos o monte Vesúvio caminhando pela região montanhosa.- Não disse seu nome ainda.- Radesh me lembrou caminhando ao meu lado atrás, Olívia e Ravi continuavam mantendo distância razoável de mim, e eu não os culpava, Odara caminhava ao meu lado mas não falava muito.- Nina.- Significa fogo, o que é uma ironia, não é nenhum pouco como fogo.- exclamou Ravi a frente sem olhar para trás.- E o que seria para você um nome adequado para ela irmão? - perguntou Radesh com expressão de diversão.Eu não iria responder a esse tipo de provocação.- Com certeza nada que signifique força ou coragem, é covarde demais.Olívia o repreendeu para que não me atormentasse mais.Ravi se calou e eu me perguntei s
Os dias se passaram até que Odara estivesse bem de novo para uma nova viagem, mas mesmo quando estava bem nos perguntamos se voltar para a época deles quando sabiamos o que acontecia lá era a decisão mais sensata.E uma pergunta também me atormentava, como eles sabiam o que acontecia naquela época? - Eu estava revisando os livros de história e vi a linhagem de Alexandre da Grécia e sobre um golpe do próprio irmão, li sobre o conselho ter estado em reunião.- foi a resposta de Olívia quando perguntei.- E como acabou toda essa disputa? E como você sabia que eles viriam? Tecnicamente só Odara detém a chama do tempo certo?- perguntei.- Odara detém a chama do tempo sim, mas existe outros meios não tão seguros para viajar no tempo...- foi a resposta de Radesh.Então havia um meio para que eu pudesse viajar de volta?- Ele vai caçar um por um se não de
Eu deveria saber que as coisas acabariam por dar errado de novo, veja bem, você ser sequestrada uma vez é um baita azar, mas sequestrar DUAS VEZES é surreal, isso porque eu não estava considerando quando Ravi me tirou daquela floresta tenebrosa.Agora eu estava em uma época completamente desconhecida para mim, não fui ensinada o suficiente sobre a história do meu próprio país o Brasil, nunca fui a uma escola de fato, o pouco que sabia era o que minha me ensinou em casa, então imagine sobre a história da Grécia, onde eu suspeitava estar.Me lembrava das palavras do vampiro para Odaro, iam me usar como uma isca para atrair Ravi, então isso me fazia presumir que aquele relógio tenebroso nos trouxe para a mesma época da qual eu já ia viajar...Afinal o que era aquele relógio? Seja o que fosse desejava nunca mais ve-lo novamente.Despertei em um quarto amplo, as paredes eram claras com pinturas de um tom azul clar
Achei que os guardas seguidores do príncipe exilado, que agora era não estava tão exilado assim não vieram atrás de mim.Eu não sabia onde estava, só sabia que estava em uma cidade grega, mas qual não fazia idéia.Que reino era esse afinal? E por qual razão ele tinha me deixado fugir?Corri por toda a cidade, as pessoas passavam por mim com suas tarefas domésticas, carregando comida, puxando carroças.O sol a cima estava alto, a cidade barulhenta e eu sedenta de sangue no meio de milhares de pessoas.Era um pesadelo aquilo tudo, um grupo de crianças corria por uma rua, uma delas apontou para mim, gritando.- Vampira!- foi quando eu senti que minhas presas estavam perigosamente amostras, minhas garras ameaçadoras.Todos ao redor ouviram o menino e olharam na direção de onde seu dedo indicava, ou seja para mim.Seus olhares eram todos hostis e temeros
A casa ficava em um terreno isolado do restante da cidade para meu alívio, havia um campo ao redor e algumas plantações.Caminhei com o corpo o mais longe possível da casa e ao encontrar uma superfície de terra longe o suficiente coloquei com cuidado o cadáver no chão.Então me dei conta que não tinha nada para cavar uma cova para o homem.- Porque não esperou?- a voz de Lara me surpreendeu, olhei para trás e ela vinha carregando duas pás, seu rosto não demonstrava nenhum luto.Na verdade eu diria até que seu semblante era de alívio.- Ninguém irá sentir falta dele!- comentou enquanto nós duas cavamos.- Você não é daqui certo?Era uma boa pergunta.Onde aqui era?- Qual o nome dessa cidade?- perguntei.- Athenas.Athenas, não sabia quase nada sobre essa cidade.- Quem é o